Marcos Valério vai admitir que fraudou dados bancários para ajudar Aécio

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O senador Aécio Neves (PSDB) foi beneficiado por uma “maquiagem” feita no Banco Rural na época em que comandava o governo de Minas Gerais. Segundo informações do Valor, nesta terça (19), o empresário Marcos Valério pretende entregar provas disto no acordo de delação premiada que negocia com o Ministério Público do Estado.

O MP mineiro aguarda a Procuradoria-geral da República, comandada por Rodrigo Janot, dizer se tem interesse em parte do que Marcos Valério tem a dizer.

De acordo com o jornal, Valério admitiu que participou diretamente da adulteração de dados no Banco Rural, que teria servido à proteção, também, do ex-vice-governador Clésio Andrade.

Condenado a 37 anos de prisão no mensalão do PT, Valério decidiu propor um acordo de delação premiada para reduzir sua pena e ter outros benefícios, entregando o que sabe sobre o chamado mensalão tucano.

A iniciativa ocorreu após o senador Delcídio do Amaral dizer à força-tarefa da Lava Jato que a fraude no Banco Rural foi feita para não comprometer Aécio, Clésio, a Assembleia Legislativa de Minas e o próprio Valério. A delação do empresário, portanto, acrescenta detalhes ao que foi dito por Delcídio.

De acordo com o Valor, fontes próximas a Valério garantem que ele vai dizer que foi ordenado a fazer pessoalmente a maquiagem em dados do banco antes de remetê-las a Brasília. “As duas fontes ouvidas pelo Valor não quiseram informar a quem Valério pretende atribuir a ordem para realizar o suposto serviço.”

A PGR já pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito para investigar o papel de Aécio na CPI dos Correios. Gilmar Mendes foi sorteado para o caso, e determinou, em junho passado, que os arquivos da CPI fossem totalmente lacrados.

Em nota, a assessoria de Aécio disse que “qualquer vinculação do nome do senador a fatos indevidos ocorridos no âmbito da CPI dos Correios é absurda”.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. “… dizer se tem interesse

    “… dizer se tem interesse em parte do que Marcos Valério tem a dizer.” Não, não tem. É assim como os vários delatores terem dito a Sérgio Moro que o esquema criminoso na Petrobrás já existia no governo do imaculado FHC. Como diz PHA, não vem ao caso.

  2. O beijo da morte no caso:

    “O MP mineiro aguarda a Procuradoria-geral da República, comandada por Rodrigo Janot, dizer se tem interesse em parte do que Marcos Valério tem a dizer”:

    Tchau, Valerio.

  3. Não vem ao caso

    Não só não vem ao caso, como também seriam altamente inconvenientes quaisquer revelações sobre isso.

    Quaisquer benefícios a Marcos Valério somente se revelações envolverem o PT; de preferência Lula. Fora isso, Marcos Valério pode se complicar ainda mais.

     

  4. POÑRA, ATÉ O MARCOS VALÉRIO TÁ COMENDO O AÉCIO NEVES.

    POÑRA, ATÉ O MARCOS VALÉRIO TÁ COMENDO O AÉCIO NEVES.

    Desse jeito, o Aecim vai acabar virando Teresa Batista Cansada de Guerra.

  5. Continuo invicto

    NInguém do PMDB, PSDB e PFL vai ser preso. Ninguém.

    Nem o Cunha? Não.

    Os 3 tenores?

    Não.

    Temer? Tá esfriando…

    Invicto, aceitando apostas e contando (Cunha tá em promoção, aproveitem).

    Estou nessa ladainha há 1 ano e meio.

    Até agora ninguém me desmentiu.

    Ah, Dilme aerá impichada.

    Por que?

    Não vem ao caso.

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