Marisa pede ressarcimento por triplex e danos morais por vazamento de áudio por Moro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva entrou com pedido de restituição de valores investidos em cota-parte do apartamento 141 no condomínio Solaris, no Guarujá, que ganhou o noticiário por ter sofrido uma reforma bancada pela OAS. Para a Lava Jato, a família Lula é dona oculta do apartamento e a reforma foi feita em troca de favores feitos pelo ex-presidente à companhia.

Segundo o Estadão desta terça (26), a defesa de Marisa ajuizou ação na 34.ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo contra a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e a OAS cobrando R$ 300.817,37 “em parcela única e imediata”.

O tríplex 164-A foi reformado por mais de $ 700 mil após a Bancoop, a cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT, entrar em dificuldade financeira e repassar a OAS empreendimentos inacabados.

Na ação, Marisa afirma que, em abril de 2005, assinou Termo de Adesão e Compromisso de Participação com a Bancoop e adquiriu “uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico”, previsto para ser entregue em 2007. Marisa pagou a entrada de R$ 20 mil, as prestações mensais e intermediárias até setembro de 2009. Naquele ano, a Bancoop repassou o empreendimento à OAS e deu duas opções aos cooperados: solicitar a devolução dos recursos financeiros ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pré-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor já pago à Cooperativa.

A defesa de Marisa só se manifestou sobre o tema em 2015, quando pediu a restituição dos valores colocados no empreendimento. A Bancoop “não realizou a devolução do valor investido ou forneceu qualquer justificativa” e, por isso, “esgotados os meios amigáveis e suasórios, a presente ação de restituição de valores tornou-se necessária.”

Danos morais

Nesta terça, Marisa também teve rejeitada pela Advocacia Geral da União (AGU) uma ação de indenização por danos morais com a divulgação de suas conversas pela Lava Jato. Num dos trechos, Marisa manda os “coxinhas” que foram às ruas protestar contra o governo “enfiarem suas panelas no c…”, lembrou o Estadão.

Marisa, o filho dela, Fábio Luís Lula da Silva, e a nora, Renata Moreira, pedem R$ 100 mil cada um. A AGU defendeu a legalidade dos atos de Sérgio Moro, juiz que vazou os áudios para a imprensa. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

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  1. 2005 para 2015….2016…..demorou!

    Essa ação é uma conversa mole; armação de advogados. Acho que vai dar errado. Não há litígio com a OAS e nem com a Bancoop. Particularmente, acho que o apê era um presente (que não pôde ser aceito) e o sítio tbem tem todos os indícios de mutreta. Não adianta. É só dar tempo ao tempo. Tudo se provará.

    1. “acho que o apê era um

      “acho que o apê era um presente”:

      Finalmente…  ja posso morrer: ja vi pelo menos uma merda de comentario seu!

    2. Agora só faltam as contas na

      Agora só faltam as contas na Suiça, a sociedade na Friboi, a Fazenda, o jato de 50 milhões, o iate….

      Que decepção heim mané. Só sobrou mesmo pra vocês um apê mequetrefe e uma reforma num sitiozinho meia boca. Se eu fosse coxinha mandava esse juizinho incompetente da globo pra pqp.

      1. Mané responde

        É pra vc ver. Um apê mequetrefe e um sitio meia boca. Perfeitamente condizentes com o nível do beneficiário. E já que tomou a liberdade de me chamar de “mané” apenas por uma questão de opinião, recomendo: não seja otário e imoral.

  2. Assim, o desMoronado divulga

    Assim, o desMoronado divulga o que não podia divulgar; grampeiam (pf, mpf e juiz) o que não deviam grampear: daí, a pessoa prejudicada vai em busca de justiça e a agu (do temer, do temer) é que entra pra dizer que está tudo certo? Assim (se) (desen)caminha a humanidade brasileira. Vergonha é pouco.

    Agora, querer que algo seja de alguém que não é e nunca foi proprietário das mesmas é, em si, o kafkiano julgamento político: polícia política, ministério público político, justiça politizada: ou encontram provas materiais (agora, creio, a tal literatura já não permite) ou vão catar coquinhos. Chega de encher o saco de quem não tem nada com isso.

  3. Se é mutreta ou não ainda

    Se é mutreta ou não ainda cabe a quem acusa provar

    e não insinuar……………daqui a pouco os “paladinos” vão querer dez por cento daquilo ali tambem……

  4. Non sequitur

    A ação de Dna. Marisa é mais uma prova, afora muitas outras, de que o tal apartamento não é e nunca foi dela. Cadê a certidão do RGI comprovando a propriedade do imóvel? Onde está a prova de que ela tenha morado lá como proprietária? A quem ela alugou o imóvel?

    De que maneira a alegada reforma do apartamento sustentaria que Dna. Marisa é dona do apartamento? O que o c… tem a ver com as calças? Desde quando reforma de imóvel por construtora implica propriedade do imóvel por terceiros? Tem cada uma!

    Dna. Marisa é duplamente vítima nessa história, pois pagou parte do apartamento e o negócio gorou. Não teve acesso ao bem que pretendia e nem ao dinheiro que investiu. Além disso, teve sua intimidade violentada pelo notório Sérgio Moro. Dna Marisa é vítima e tem de recorrer ao Judiciário (que infelizmente é isto que está aí).

    O fato da AGU ter rechaçado a tese de Dna. Marisa não significa de forma alguma que não tenha direito a ressarcimento. A advocacia da União teria obrigatoriamente de assumir posição contrária à de Dna. Marisa, pois a ação é contra a União também.

    Ao que parece, Dna. Marisa tentou não acionar a cooperativa Bancoop, uma cooperativa de bancários (trabalhadores), e aguardou por alguns anos na expectativa de que a cooperativa cumprisse suas obrigações. A cooperativa, porém, não cumpriu. Outras podem ser as razões do aguardo, como, por exemplo, a esperança de completar o pagamento faltante junto a Bancoop/OAS, o que pode não ter sido possível por falta de renda. Pode ter sido, ainda, tentativa de poupar a Bancoop, por ser Lula líder dos trabalhadores e a Bancoop cooperativa de trabalhadores, dando à cooperativa todas as oportunidades para resolver a questão amigavelmente. Quanto a esta questão, a especulação estúpida é inegavelmente a de que Dna. Marisa retardou o impetração da ação porque seria dona do apartamento. O que uma coisa tem a ver com a outra? O que o c… tem a ver com as calças? Haja estupidez.

    1. Comentário irretocável

      Ramalho,

      É um alento poder ler comentários tão bem embasados na razão. A situação é desesperadora, mas você ainda consegue essa consciência e serenidade, em expor e explicar os fatos. Parabéns.

  5. O ap 141 não sofreu nenhuma

    O ap 141 não sofreu nenhuma reforma, a OAS vendeu pra outro porque o casal foi contra este prédio ser tocado pela OAS depois da  “invasão”  do MP/SP no Bancoop em meados dos anos 2000/10. 

    O ap que sofreu reforma foi o 164, e que foi oferecido para o casal em contrapartida, desde que pagasse a diferença.

    O casal não quis. Fez bem em requerer a devolução.

    (este é meu entendimento depois de vefericar toda a documentação)

  6. AGU, sérgio moro, tudo um antro de criminosos

    Prezados,

    O que vocês esperam de uma AGU em que os chefes são indicados por Eduardo Cunha? 

    Essa AGU e esse juiz do PR são o mesmo caldo, aquele que emana das granjas suínas.

    Ségio moro comete crimes continuados porque está certo da impunidade.

    Houvesse tribunais superiores dignos de assim ser chamados, sérgio moro já teria sido destituído, processado, julgado, condenado e preso. Mas os TSs, assim como o STF se mostram não apenas covardes, mas golpistas e criminosos.

  7. A corrupção do outros

    Estão há meses investigando uma “reforma em troca de favores”, enquanto em São Paulo estão falando de roubos por bilhões e ninguém parece ser nem investigado. Para não falar em Minas, os desvios da saúde, os aeroportos, a cocaína viajando nos helicóptero do senador amigo do Aécio, etcetera. E todos estão babando em cima de uma reforma de apartamento… (esquecendo também a reforma por parte de “amigos” do apartamento do FHC). Mas esta parece ser a Justiça “imparcial” do Brasil.

     

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