MG: Justiça decide que criança deve ser devolvida aos pais biológicos

Do G1

Justiça decide que criança deve ser devolvida para pais biológicos em MG
 
Desembargador derrubou liminar que mantinha menina com pais adotivos. Famílias brigam por guarda de garota de 4 anos.
 
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou, no início da noite desta quinta-feira (24), que a menina de quatro anos – em processo de adoção – deve ser devolvida aos pais biológicos, que moram em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No último fim de semana, uma decisão, em caráter liminar, mantinha a menina com a família adotiva. De acordo com o TJMG, o desembargador relator do processo, Belizário de Lacerda, manteve sua decisão inicial, derrubando a liminar.

O magistrado, segundo a Justiça, também decidiu não alterar o cronograma para a volta da garota à casa da família biológica. O prazo para o processo, que deve ocorrer de forma gradativa, foi estipulado em cerca de cinco meses.

O mérito do recurso proposto pelos pais adotivos, denominado agravo de instrumento, ainda deve ser julgado pelos desembargadores da 7ª Câmara Civil. Não há data prevista para ocorrer este julgamento, segundo o TJMG.

Um dos advogados dos pais adotivos, Rômulo Mendes, disse ao G1 que não esperava por esta decisão do desembargador. “Não acreditava que o relator teria coragem”, falou. Segundo Mendes, a equipe de defensores vai se reunir para traçar uma nova estratégia. Eles ainda precisam ter acesso ao conteúdo da decisão.

Caso o processo para devolução da criança aos pais biológicos não seja revertido, o advogado afirmou que a família adotiva vai cumprir a decisão da Justiça. Mendes disse que o casal – Liamar e Válbio Silva – ficou muito abalado com a decisão e não deve falar nesta quinta-feira.

G1 tenta contato por telefone com os representantes da família biológica. Até as 20h15, ninguém havia atendido as ligações.

Entenda o caso
Em 2009, os sete filhos de Maria da Penha Nunes e do marido foram levados pela Justiça para um abrigo depois de denúncias de maus-tratos. A dona de casa confirmou as suspeitas.

Segundo o processo, laudos apontaram que ela sofria de depressão, e o marido tinha problemas com álcool. No ano passado, o casal entrou com um processo para ter de volta a guarda das crianças, alegando que tinha se recuperado. Seis filhos voltaram para eles.

A mais nova, que foi encaminhada para adoção vive hoje com a família que recebeu a guarda provisória. Liamar e Válbio Silva ficaram cinco anos na fila de espera para adotar uma criança. A menina mora com a família adotiva há pouco mais de dois anos.

 

Redação

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