Ministro que garantiu impeachment de Dilma recebeu R$ 1 milhão em propina, diz delator

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes recebeu R$ 1 milhão em propina para não “criar empecilhos” em cima de um contrato para construção de plataforma para a Petrobras. A informação teria sido repassada por Renato Duque, ex-diretor da estatal, à força-tarefa da Lava Jato, numa terceira tentativa de fechar acordo de delação premiada.

Nardes é o ministro do TCU que apoiou na imprensa a rejeição das contas do governo Dilma por causa das pedaladas fiscais, criando um motivo para fomentar o impeachment da presidente que acabou afastada em 2016. Ele foi o relator da análise das contas.

Da Revista Fórum

Augusto Nardes (foto), o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) responsável por condenar as contas de Dilma Rousseff e escancarar as portas para o processo de impeachment, foi acusado pelo ex-diretor da Petrobras Renato Duque, em delação premiada, de ter recebido R$ 1 milhão entre 2011 e 2012 para não criar empecilhos em procedimentos contratuais de uma plataforma.

Em anexo que integra a proposta de acordo, Duque relata, segundo a Folha apurou com pessoas ligadas à investigação, que se reuniu com Nardes em um jantar na casa do ministro para acertar o pagamento. No encontro, chegaram ao montante de R$ 1 milhão, que corresponderia a um percentual do contrato.

Os valores, segundo o ex-diretor da Petrobras, foram repassados por Pedro Barusco, na época gerente de Serviços da estatal e braço direito de Duque.

Em 2005, quando Nardes foi nomeado para o TCU, foi destruído um recibo que comprovava o pagamento da propina para não “prejudicar sua nomeação”, segundo Corrêa.

Esta é pelo menos a terceira vez que Duque tenta fazer um acordo de delação

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Basta olhar …

    para a cara deste “Ministro” e ver como tem sido o seu comportamento, p/ acreditar piamente na delação.

    E eu pergunto, quanto terá ou ainda leva de grana, o mais famoso Ministro do STF?

  2. Proprineiro

    Vai acontecer alguma coisa com ele, Sr. Moro e Sr. Dallagnol? Ou não vem ao caso, pois colocou a Dilma fora do governo junto com os golpistas quem não ganham no voto? E quem mais está levando ou levou proprina “honesta” para livrar a cara do PSDB, PMDB e etc para que o governo golpista fique no poder? Vergonha nacional, é o pior é quem acredita neles porque vale tudo para acabar com o Lula e um governo do povo para o povo, não o da casa grande para a casa grande. Povo desrespeitado por governo fascista, pelos ignorantes com complexo de vira-lata. Realidade deplorável, e a Globo continua podendo tudo.O Renato Duque que evite aviões pequenos,  ao que parece virou um perigo mortal.

  3. Prêmio para o T-CU

    Não foi o TCU quem disse que merecia a vaga do Teori no STF como prêmio pela viabilização do  impeachment ?

    Situação surreal . É a corrupção que tomou conta de dentro para fora , e criou-se a ilusão de combate à corrupção com a destruição do PT , ao mesmo tempo em que a corrupção se amplia , se solidifica e ocupa todos os espaços do estado . 

  4. Não sei porque membros desse

    Não sei porque membros desse órgão do legislatico chamam-se ministros? Aliás nem sei porque esse órgão chama-se tribunal de conta da união. Devia se chamar orão tecnico de parecer do legislativo. É só um nome para dar imponência a plutocracia que sempre sangrou este medíocre país.

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