Mônica Iozzi revela que sofreu assédio de “senador candidato a presidente”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: Reprodução

Jornal GGN – Ex-repórter do programa CQC, Mônica Iozzi revelou em vídeo que já sofre assédio por parte de um senador que já foi candidato a presidente, mas acabou sendo derrotado nas urnas. Iozzi não quis citar o nome do político, mas afirmou que recebeu flores, vinho e jóias. Além disso, o ex-presidenciável tentou desmoralizar sua vida profissional cobrando reação aos “agrados” na frente de outros jornalistas.
 
A revelação foi feita por Iozzi durante um debate promovido pela revista TPM sobre feminismo. Ela disse que os anos de CQC foram um desafio e momento em que ela se identificou como feminista, principalmente porque foi forçada a se posicionar firmemente em meio a um ambiente tradicionalmente machista, como o Congresso.
 
Ela disse que um dos episódios mais marcantes foi quando passou a ser assediada pelo senador. “Um candidato à Presidência começou a me mandar flores. Eu nunca respondi. Aliás, eu ia embora dos hotéis e deixava as flores lá. Aí as flores se transforaram em flores com vinho. Depois, em flores com vinho e brincos da Vivara.”
 
“Aquilo foi me incomodando mas eu nunca falei com ele a respeito. Até que um dia encontrei com ele para fazer uma matéria e ele me chamou em off e disse: ‘Pô, morena…'”, continou.
 
“Eu disse: ‘Oi senador?…”, porque na época era senador. Ele disse: ‘você não tem recebido meus agrados?’ Eu disse: ‘as flores, os vinhos, o brinco?’ Ele disse: ‘é’. Eu falei que não tinha recebido. Ele deu risada e disse: ‘mas que grosseria, eu tenho tanto apreço por você…’ Ali eu perdi a medida, mas me orgulho tanto dessa história. (…) Eu me lembro que ele disse ‘mas você não está gostando dos meus agrados?’, e eu respondi para ele: ‘não são agrados, né, senador, é assédio.'”
 
Segundo Iozzi, “a gente estava cheio de jornalista em volta, jornalista da Folha, do Estadão. Ele estava falando tranquilamente. Uma coisa é importante: ele não fez isso para ser agradável e não necessariamente porque queria me comer. Ele fez isso porque, em Brasília, o assédio sexual funciona como assédio moral”, dosparou.
 
“A partir do momento em que você desqualifica uma mulher dando a entender que ela está ali para você, na verdade, está fazendo assédio moral.”
 
Assista a partir dos 11 minutos:
 
https://www.youtube.com/watch?v=z7SumajQ5MU
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

18 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      1. Parece Mas Não é, Esse do Nato é Outro Assédio.

        O ACM nato nunca foi candidato a presidente, esse assédio é outro e tratou-se de tentativa de enlaçar a Iozzi, pela cintura, não com flores, vinhos e jóias.

        Essa turma é eclética, quando não estão sacaneando o Brasil, estão tentando sacanear as mulheres no entorno. 

    1. Mandar flores continua sendo
      Mandar flores continua sendo apenas mandar flores. Como estratégia de flerte foi até um bom começo do rapaz, a clone de Simone Beauvoir é que não entendeu o limite.

  1. Apesar dela trabalhar naquela

    Apesar dela trabalhar naquela pocilga, tenho a maior simpatia por esta moça…

    Como não assisto tv aberta, não a conhecia, até ser obrigado a tomar este xarope na sala de espera do dentista (é inapelável, mesmo que a gente desvie o olhar, acaba vendo). Ela participava de um programa ao lado de um boboca desses e me chamou a atenção pela sua vivacidade e sensualidade. Depois vim saber que era humorista. Pensei até que ela era cearense, devido à simpática carinha redonda…

  2. Conivência

    Para mim, um detalhe importante, Mônica foi assediada por um senador, o qual “passou recibo” na frente de um monte de jornalistas, provavelmente homens, e só agora, através dela soubemos desse fato.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador