Moro condena ex-tesoureiro do PT a 9 anos de prisão e pega leve com pretensos delatores

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Lula Marques

Por Felipe Pontes

Da Agência Brasil

Moro condena ex-diretor da Petrobras e outros 12 na Lava Jato

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal da Curitiba, condenou Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, por corrupção passiva, bem como o e ex-presidente da empresa OAS, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, por corrupção ativa. O despacho foi assinado na data de ontem (13).

O processo é referente à 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo. Segundo a denúncia, um consórcio integrado pela OAS e outras empreiteiras pagou R$ 39 milhões em propina, entre 2007 e 2012, para fraudar e superfaturar a licitação de construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), da Petrobras.

A pena de Duque foi de dois anos e oito meses em regime semiaberto, enquanto a de Léo Pinheiro foi estabelecida em dois anos e seis meses em regime aberto. O ex-tesoureiro do PT Paulo Adalberto Alves foi condenado a nove anos e 10 meses de prisão.

Outros empreiteiros, como o empresário Ricardo Pernambuco, da UTC Engenharia, também foram condenados, a nove anos e seis meses em regime fechado. Outras nove pessoas também foram alvo da sentença, condenadas por diferentes crimes.

Na sentença, Moro voltou a defender as delações premiadas, instrumento que segundo ele foi fundamental para a elucidação do caso. O magistrado escreveu que “crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos”.

Confira as demais pessoas condenadas por Moro:
Adir Assad, condenado a cinco anos e 10 meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro.

Agenor Franklin Magalhães Medeiros, condenado a dois anos e seis meses em regime aberto por corrupção.

Alexandre Correa de Oliveira Romano, condenado a nove anos e quatro meses em regime fechado por lavagem de dinheiro associação criminosa.

Edison Freire Coutinho, condenado a cinco anos em regime semiaberto por corrupção ativa e associação criminosa.

Genésio Schiavinato, condenado a 12 anos e oito meses em regime fechado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

José Antônio Schwarz, condenado a cinco anos e seis meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Rodrigo Morales, condenado a seis anos e 10 meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro.

Roberto Ribeiro Capobianco, condenado a 12 anos em regime fechado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Roberto Trombeta, condenado a seis anos e 10 meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Equiparar a palavra do

    Equiparar a palavra do delator a de testemunha é, simplesmente, grotesco.

    Se é assim, marquem o depoimento do Tacla Duran.

     

     

  2. Só não serve o testemunho do
    Só não serve o testemunho do Tacla Duran. Pôr que será?
    Será que céu fica na 13° Vara de Curitiba, no escritório do Zucoloto e no MPF do Paraná?

  3. Tesoureiros de outros

    Tesoureiros de outros partidos, como PSDB, partido que recebeu mais grana que o PT, não foram importunados mesmo se sabendo que pintaram e bordaram com a grana, por exemplo, depositando em contas no exterior. O Vaccari não embolsou sequer um centravo da grana recebida de forma licita e declarada a Justiça Eleitoral. Mas há um juiz de piso que tem mais poder que o STF, isso porque tem costas quentes como EUA, Globo e Instituiões convertidas em organizçaões criminosas.

    E mais: os petistas estão sendo condenados a prisão perpétua, isso porque, para que gozem de alguma liberdade após cumprirem parte da pena, terão que pagar multas de milhões de reais, grana que não tem, aliás, o pouco que tem, que conseguiram de forma lícita, está sendo abocanhado pela máfia judiciária: De Zé Dirceu não escapou nem a casa da mãe…

    Já para os delatores é céu de brigadeiro: bastaram dizer qualquer coisa contra o PT, mesmo sem provas, que ganharam a lbierdade e milhões de reais….

    Enquanto a Senzala não se organizar prá colocar essa corja prá correr, será assim por um bom tempo…

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