Morre, aos 74 anos, o advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Do Conjur
 
Morreu nesta terça-feira (25/12), aos 74 anos, o advogado e ex-deputado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas (PT-DF). Nascido em Niterói (RJ) e formado em Direito na Universidade Federal Fluminense (UFF), Seixas fez parte da Assembleia Constituinte de 1988, foi deputado federal por outras duas vezes seguidas, disputou — e perdeu — o cargo de vice-governador do Distrito Federal e retomou um assento na Câmara dos Deputados de 2003 a 2007.
 
A atuação mais importante dele sempre foi à margem do poder oficial. O advogado foi uma figura de destaque no enfrentamento ao regime militar na capital federal. Nas décadas de 1970 e 80, auxiliava presos políticos, sindicalistas e estudantes perseguidos pela ditadura.
 
Além de bom negociador, Sigmaringa Seixas sempre foi conhecido por ser uma pessoa moderada. Em 1991, a convite do ex-governador Mário Covas, Sigmaringa ajudou a fundar o PSDB do Distrito Federal. Quatro anos depois, deixou o partido por não aceitar a filiação de José Roberto Arruda, recém-eleito senador, à sigla. Só então migrou para o PT.
 
Em 2016, em gravação interceptada pela Polícia Federal, o ex-presidente Lula pediu ao advogado Sigmaringa Seixas, próximo ao PT, que conversasse com o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre as investigações contra ele. Na conversa, Lula quer que o advogado diga a Janot que ele deseja doar todos os bens e itens ao Ministério Público.
 
Veja a repercussão da morte no Conjur.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Gratidão eterna
    Defensor dos estudantes da UnB nos tempos da ditadura e quando a OAB era fiel escudeira das liberdades democráticas e do Estafo de Direito.
    Solidariedade aos familiares e amigos.
    Luz, paz e gratidão para o Sigmaringa.

  2. Acabo de perder um grande

    Acabo de perder um grande amigo,fiel, solidário, generoso. Desde os anos de chumbo, caminhamos juntos na vdefesa de presos políticos, e, depois, na tarefa de recolher, clandestinamente, no arquivo do Superior Tribunal Militar, cópias dos processos a que responderam os presos políticos desde 1964 até a Anistia em 1979. 

    Luiz Carlos vai fazer muita falta, principalmente nesse momento que o Brasil atravessa. Ficará, com certeza o amor que ele semeou. Daqui, de longe, envio meu abraço à família e aos tantos amigos que ele soube construir.

  3. Abaixo a ditadura, viva a democracia!

    Defensor de presos politicos e demais perseguidos pela ditadura que se foi e agora voltou. Quem sabe do outro lado, se é que existe, a vida seja mais suportavel que sobre o tacão de uma nova ditadura, por mais infernal que seja o outro lado.
    Abaixo a ditadura, viva a democracia!

  4. Mês passado perdi

    Mês passado perdi definitivamente o contato com duas pessoas amadas: partiram pro outro plano um irmão e uma grande amiga, ambos primeiro sofrendo como se tivessem numa cruz como Jesus Cristo. 

    São essas paradas muito difíceis, incomuns às crianças e aos jovens, com exceções, claro. Mas, quando atravessamos os 60, os 70, ficamos mais ligados aos obituários, por circunstâncias que a idade nos impõe. Porque a gente quer poder se despedir, porque a gente tem fé em Deus, ou apenas para registrar na memória que mais um parente, amigo ou conhecido de peso partiu para nos deixar uma saudade profunda, às vezes confusa, e geralmente inquietante, até que o tempo cure essa tristeza horrível, ou a gente também entre no mesmo processo que eles todos, se a morte foi feita para todos, indiscriminadamente.

    Vejo o impedimento da justiça para Lula, que somente gostaria de poder estar ao lado do seu grande amigo, num momento tão sagrado, como mais uma desumanidade grande, inexplicável. 

    Enquanto escrevo estas linhas, vejo uma foto de Toffoli ao lado do caixão de sigmaringa Seixas. Como Presidente do STF, conhecendo, como poucos, o relacionamento de Lula com o companheiro morto, no alto de seu cargo, indicado por justamente Lula, fica mais incompreensível esse impedimento, e mais claro que Toffoli é um homem muito covarde, mal-agradecido, sem compaixão, embora esteja representando, como bom ator, um ato de gente, que parece não mais ser. 

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