MP-SP pede indenização e dissolução de empresas envolvidas no cartel dos trens

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Pouco alardeada, a investigação em torno da formação de cartel e fraude em licitações dos trens da CPTM e do Metrô durante gestões do PSDB em São Paulo ganhou um novo capítulo. O Ministério Público pediu à Justiça uma indenização ao erário no valor de R$ 2,5 bilhões por danos causados na reforma dos trens das Linhas Azul e Vermelha, no estado hoje governado pelo tucano Geraldo Alckmin. 

Na última segunda (26), a promotoria  entrou com ação por improbidade administrativa contra 11 empresas envolvidas no cartel de trens metropolitanos e três ex-diretores do Metrô. O argumento é que as companhias cometeram gesto fraudulento ao combinarem preços para os contratos de reforma de equipamento, em 2009, enquanto José Serra comandava o Palácio dos Bandeirantes.

Na ação, o MP solicita ainda a dissolução das companhias, a quebra de sigilo bancário e fiscal e o bloqueio de bens dos ex-diretores do Metrô. As empresas Alstom, Siemens, Bombardier, Tejofran, Temoinsa, Iesa, MPE, TTrans, Faiveley, Knorr Bremse e FVL são citadas na apuração. 

O ex-presidente do metrô José Fagali e dois ex-diretores, Sergio Corrêa Brasil e Conrado Grava, são suspeitos de agir com omissão para facilitar a fraude à companhia estadual e obter vantagens ilegais.

Segundo o promotor Marcelo Milani, a reforma dos trens antigos ficou mais cara do que a compra de novas composições. A indenização solicitada à Justiça é superior ao valor movimentado no esquema do mensalão – cerca de R$ 101 milhões, segundo relatórios da polícia. O caso que atingiu o Partido dos Trabalhadores foi delatado em 2005, enquanto o trensalão tucano eclodiu em 2013, a partir de relatos de dirigentes da Siemens. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Deu na Grobo

    Jornal Nacional  – 26.05.2014

    http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/05/promotores-investigam-combinacao-de-precos-nas-obras-do-metro-de-sp.html

     

    Promotores investigam combinação de preços nas obras do Metrô de SP

     

    Promotores que investigam a combinação de preços entre empresas que participaram de obras do Metrô de São Paulo, em governos do PSDB, afirmam que ficou mais caro reformar trens usados – do que comprar composições novas. O Ministério Público, pediu, na Justiça, a dissolução de 11 dessas empresas.

    ……………………………………………………………………………………………………………………….

    O promotor Marcelo Milani afirma que a denúncia não aponta a responsabilidade do ex-governador José Serra. Na ação, relata “houve ajuste prévio entre as empresas, sem disputa licitatória”.  E acusa o ex-presidente do metrô José Jorge Fagali e os ex-diretores, Sérgio Correa Brasil e Conrado Grava Souza de serem “omissos” e “de agirem com intenção de fraudar o metrô e obter vantagens ilegais”.

    …………………………………………………………………………………………………………………………..

    O MP também pede a dissolução das empresas que teriam participado do suposto cartel, a quebra dos sigilos fiscal e bancário das empresas e dos ex-diretores do metrô, e uma indenização de quase R$ 2,5 bilhões.

  2. Impressionante….como esses

    Impressionante….como esses tucanos escapam, sempre ilesos, de seus rombos.  Os trens do Metrô…..o mensalão tucano, a falta d’água, as privatizações das estradas, o Rio Pinheiros/Tietê e sua despoluição que já consumiu uma fortuna e o rio continua poluido, cada vez mais……o Banespa e por aí vai….são tantos os casos que nem dá mais para acompanhar……Enquanto isso, nossa mídia venal se cala total……..cadê o Jabor para se indignar?  E aí Boris Casoy…..isso não é uma vergonha?  Cadê os Mervais, Demétrios e outros serviçais?  E cadê o nome do José Luiz Lavorente??  Homem de confiança do Alckimin e diretor da CPTM??  Há relatórios que dão conta que ele era o responsável por pegar o dinheiro e sair distribuindo aos “da panela”.  Cadê o nome do André Matarazzo também?  Tá faltando gente nessa denúncia….muita gente!! 

  3. Se há DISSOLUÇÃO não há quem

    Se há DISSOLUÇÃO não há quem vá pagar a indenização.

    É como impor multa a um condenado a morte.

  4. kkk agora é o contrário, sumiram os corruptos

       Até mecher com governos tucanos não se ouvia falar nos corruptores, agora só tem eles e os corruptos tomaram doril.

  5. Essa ausência do polo passivo da corrupção ai: Só rindo!

    Só há empresas nesse rolo? Não entendi, onde já se viu um esquema que desviou bilhões de reais dos cofres públicos existir apenas corrupção ativa? Isso é muito surrealista, os tucanos deveriam ao menos disfarçar um pouco, que tal entregar pelos um agente público metido no esquema, sim, tem o Conselheiro do TCE. Mas somente ele fez tudo? Só ele embolsou uma boa grana destas empresas? Risível não fosse trágico

  6. Formação de cartel acontece

    Formação de cartel acontece com frequencia em todas as economias, nunca ouvi falar de pena de dissolução das empresas,  a pena costuma ser multa. Uma empresa dessas emprega 2 a 3.000 pessoas, vai desempregar todas?

    Expulsa-la do Pais?  Não entendo qual a formção desses promotores, penas fantásticas, da Inquisição?

    As penas precisam ser razoaveis, proporcionais aos delitos mas o que se vê todo dia são aberrações, penas de 500 mil Reais por dia para sindicatos, o MP esta delirante, é melhor ser razoavel e cobrar a multa do que multas estratosfericas

    que nunca serão pagas.

  7. O Ministério Público

    já decretou que os tucanos foram apenas as “pobres” vítimas diante da sanha por lucros dos empresários corruptores???

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