MPF faz nova denúncia contra Lula

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça Federal, denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula se tornou réu por lavagem de dinheiro em pois que teria recebido R$ 1 milhão do grupo brasileiro ARG. Esses valores foram doados ao Instituto Lula.

Segundo o MPF, o pagamento teria sido feito depois que o ex-presidente ‘influiu’ em decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, o que pemitiu a ampliação dos negócios da empresa no país africano. A denúncia foi apresentada em novembro pela Força-Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo.

A defesa do ex-presidente, em nota, aponta que ‘a abertura de uma nova ação penal contra Lula com base em acusação frívola e desprovida de suporte probatório mínimo é mais um passo da perseguição que vem sendo praticada contra o ex-presidente com o objetivo de impedir sua atuação política por meio da má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos (lawfare)’.

Também responderá ao processo o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, que foi denunciado por lavagem de dinheiro e tráfico de influência em transação comercial internacional. Os fatos, segundo a denúncia, ocorreram entre setembro de 2011 e junho de 2012. Como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele, mas não para o empresário.

Leia a nota da defesa a seguir.

A abertura de uma nova ação penal contra Lula com base em acusação frívola e desprovida de suporte probatório mínimo é mais um passo da perseguição que vem sendo praticada contra o ex-presidente com o objetivo de impedir sua atuação política por meio da má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos (lawfare).

A denúncia não aponta qualquer ato concreto praticado por Lula que pudesse configurar a prática de lavagem de dinheiro ou tráfico de influência.

A doação questionada foi dirigida ao Instituto Lula, que não se confunde com a pessoa do ex-presidente. Além disso, trata-se de doação lícita, contabilizada e declarada às autoridades, feita por mera liberalidade pelo doador.

Os equívocos do Ministério Público Federal na nova ação contra Lula serão apontados ao longo da ação, que deverá resultar na absolvição do ex-presidente.

Cristiano Zanin Martins

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

13 Comentários

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  1. Data

    Os fatos relatados na denúncia irresponsável ocorreram, segundo a matéria, entre 2011 e 2012. Lula já não era, então, ocupante de cargo público. Isto prova a má fé dos denunciantes. E é inacreditável que “juiz” tenha acolhido a denúncia fajuta. 

  2. Assumindo que tudo seja

    Assumindo que tudo seja verdade: Lula, depois de deixar a presidência, conseguiu um negócio para uma empresa privada em Guiné Equatorial e foi pago por isso.

    Algum advogado pode me dizer onde está o crime nisso? Pergunta sincera, alguém poderia me esclarecer?

    Tráfico de influência entre um ex presidente e uma empresa privada, existe isso? Se é lavagem de dinheiro qual foi o dinheiro ilícito lavado?

  3. Fico imaginando o que

    Fico imaginando o que aconteceria com procuradores americanos que denunciassem o Clinton, o Bush ou o Obama por fazer lobby a favor de empresa americana. Ainda mais num ambiente de sangrenta guerra comercial.

    Acho que seriam internados num hospício. Procurador que faz isso nos EUA só pode ser louco de pedra. Nem para Guantânamo iria.

    Isso lembra aquela história dos executivos da Odebretch que estavam comemorando o contrato com o governo chileno, isso nos anos 80. O Reagan que tinha acabado de ganhar as eleições ligou para os chilenos e disse: “Sabe esse negócio do governo americano (leai-se Carter) ficar com esse papo de tortura, direitos humanos na AL? Pois então, vamos esquecer essa bobagem. Nossa empreiteira mandou lembranças, by the way”  

    O contrato com a empreiteira brasileira foi rasgado com indenização e tudo. 

  4. justiça em metástase fecal

    as denúncias dos dementes juizes contar o Grande Presidenet Lula tem agora um impresso padrão para facilitar a vida destes idiotas funcionais.

  5. Lawfare

    Essa história parece inverossímil…

    Mas terá consequências reais, mesmo que ainda seja lawfare!

    O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, mencionado de “favorecer” pode ser incriminado e até condenado em seu país por maus feitos!

    Depende apenas do nível politico da oposição em seu país!

    E ele terá de “comprovar” que não houve nenhuma “tramoia” armada por influência de LULA!

    O fato concreto é que, fazer negócios com empresas brasileiras, ainda que tenham contrato, que passe por análises jurídicas, por todo tipo de análise, sempre haverá o risco de 4 anos depois, esse negócio feito ser declarado como “Irregular”!

    Fosse eu presidente de pais estrangeiro, colocaria empresas e fornecedores brasileiros no fim de qualquer fila para fazer qualquer negócio!

    1. Reserva de mercado
       

      Editando para incluir:

      “O fato concreto é que, fazer negócios com empresas brasileiras, ainda que tenham contrato, que passe por análises jurídicas, por todo tipo de análise, sempre haverá o risco de 4 anos depois, esse negócio feito ser declarado como “Irregular”!

      Fosse eu presidente de pais estrangeiro, colocaria empresas e fornecedores brasileiros no fim de qualquer fila para fazer qualquer negócio!”

      E não será essa a idéia?

      As estratégias de empobrecimento e inviabilização de países estão se sofisticando e se tornando mais baratas.

       

  6. O que interessa são os

    O que interessa são os “fatos” e não os “boatos”, ou será o vice-versa?.

    “Fato” é que: cada vez mais é difícil encontrar entre a população alguém que tenha votado no recém-antigo “mito”. A euforia cedeu lugar ao silêncio. O que rola e roda na boca do “populacho” é a quase certeza de que “aquela coisa” (agora desprezível) nem assumirá o governo. E, se assumir, nele alguém dará um “jeito”, o que é dito com sensação de alívio. Mas, como sagrado é o direito do povo errar, sem que lhe espezinhe alguém por fazer autocrítica, seja pela direita ou pela “esquerda” especializada em espezinhar o PT em especial, a nave vai ao sabor dos delinquentes golpistas, da boca de quem Bolsonaro sofre ameaças de morte sérias. Fato ou boato? Pouco lhes interessa. Interessa saber é que o povo, seu inimigo principal, morde a isca e “raciocina” com alívio que o mal cometido de eleger o “mito” (agora coisa ruim) poderá ser sanado por alguém, expiando-se assim as suas próprias culpas.

    “Boato” é: aquilo que o judiciário partidarizado oferece à inteligência golpista, e por tabela ao populacho, que é apontar para que identifiquem, os maiores interessados no insucesso do governo a assumir, quais sejam os “corruptos”, alguns presos, mas todos derrotados, Lula, Dilma e o PT. Este “boato”, sem provas e consistências jurídicas, é o velho “fato” de que o mal maior precisa ser extirpado radicalmente, sem o que o naufrágio do golpe poderá se consolidar. Lula, Dilma e o PT mais uma vez serão os “bois de piranha”. E tantas outras vezes quanto necessárias o serão.

    E o “populacho”?

  7. Equívocos do Ministério Público
     

    Se equivoca quem pensa que o ministério público se equivocou, inclusive a ingênua defesa do Lula.

    A ordem é Delenda Lula!

     

     

  8. É o fim do mundo!

    Ora, Lula não era mais presidente, ao tempo dos fatos.

    Se usou de seu prestígio pessoal, que ainda existe no mundo  todo, para convencer o presidente da Guiné Equatorial a contratar uma empresa brasileira, isto não é crime, inclusive é interesse do  nosso País que empresas brasileiras firmem contrato no exterior, pois, com certeza, legam divisas para o Brasil. 

    Se Lula ganhou recurso para o Istituto Lula – e mesmo que fosse para ele próprio – nunca seria delito pois foi uma prática legal. Onde está a ilegalidade nesta ação, quando não houve nenhum dano à administração pública em nosso País. E se existisse ilegalidade, caberia a Guiné Equatorial apurar e processar, jamais autoridade de nosso País. É o fim do mundo, mas poderia ser da picada.

    Os ex-presidentes dos EEUU fizeram lobby para empresas americanas, em dezenas de países pelo mundo a fora. Éuma prática legal.

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