O caso Polansky

Por Celso Lungaretti

Humildemente, eu me considero o articulista que mais aprofundou este assunto. Vide meu artigo desta semana no site Consciência Net, p. ex.

Uma modelo de 13 anos, que já não era virgem, foi deixada pelos pais à mercê dos figurões de Hollywood, numa festa do tipo em que rolam álcool e drogas em profusão.

O Polanski transou com ela.

Nunca houve estupro da forma como utilizamos o termo no Brasil (subentendendo coação). Foi relação mais do que consentida.

Para mim, criminosos foram esses pais, usando uma menor como isca para depois extorquirem um ricaço.

Como qualquer poderoso, Polanski aceitou conselho de advogado caro para se livrar do processo com penitências e indenização. Deveria ter lutado para esclarecer o que realmente houve.

Quando percebeu que a burocracia judicial dos EUA pretendia aprontar com ele, colocando a cabeça empalhada de um famoso na galeria de troféus, foi embora.

Na eternidade que transcorreu desde então, a presumível vítima retirou as acusações que seus pais haviam apresentado.

Tudo estava no mais morto dos arquivos mortos quando os EUA exumaram essa besteirinha. Deveriam é indenizar o Mick Tyson por terem praticamente acabado com a carreira dele, ao ajudarem outra chantagista a o depenar.

Pior: mandaram à Suíça autos expurgados do processo, excluindo partes que favoreciam a defesa. O juiz chegara, inclusive, a declarar que aquilo por que Polanski já passara era suficiente para satisfazer o tribunal.

Os advogados do Polanski pediram a remessa das atas que faltavam. Os EUA negaram, alegando confidencialidade.

Aí a ministra da Justiça tomou a única decisão plausível nas circunstâncias, recusando o pedido dos EUA.

Como ela poderia extraditar um homem sem ter um quadro completo do processo em nome do qual pediam sua extradição?

Finalmente: é o mesmíssimo caso do pedido italiano de extradição do Cesare Battisti. O ministro da Justiça de lá admitiu num encontro com associação de vítimas da ultraesquerda, e o “Corrieri della Sera” publicou, que não há hipótese de a Itália reduzir a pena do escritor para adequar-se à exigência da lei brasileira, e que ele só prometera isso para viabilizar a extradição, sem nenhuma intenção de cumprir. 

Luis Nassif

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