Os empregadores que figuram na lista suja do trabalho escravo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O programa Fantástico, da Rede Globo, divulgou no domingo (22) a última edição da chamada lista suja do trabalho escravo, que o governo deixou de divulgar ainda no final do período Dilma Rousseff. O documento [em anexo] mostra o nome de 132 empregadores do setor de mineração, produção de itens derivados de cana-de-açúcar, restaurantes e outros segmentos que foram autuados por explorar mão de obra análoga à escravidão.
 
Na semana passada, o noticiário foi marcado pela polêmica portaria editada por Michel Temer, que dificulta o acesso à lista suja. Agora, apenas o ministro do Trabalho pode divulgar o documento. Além disso, as empresas só passam a figurar no rol de empregadores abusivos quando esgotam-se todos os recursos em instância administrativa.
 
A portaria ainda produziu uma mudança mais grave: reformou o entendimento do que é trabalho escravo no Brasil. Agora, apenas trabalhadores flagrados com violenta restrição de ir e vir podem ser enquadrados nessa categoria. Três dias após a portaria, a secretaria do Ministério do Trabalho responsável por fazer auditorias e fiscalização nos locais denunciados disse que iria recorrer da decisão de Temer e orientou seus profissionais a ignorar a medida.
 
“A mudança foi condenada pela Organização das Nações Unidas. A Organização Internacional do Trabalho disse que a medida pode interromper a trajetória de sucesso que tornou o Brasil modelo no combate ao trabalho escravo no mundo. O Ministério Público Federal quer a revogação da portaria. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entregou ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ofício onde fala em “retrocesso nas garantias básicas da dignidade humana”, publicou o Fantástico.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Trabalho escravo

    Um dos relacionados é a CCM Construtora Centro Minas (ja mudou de nome e foi desmembrada.

    Por incrível que pareça, de acôrdo com os portais de transparência, é o maior recebedor de recursos federais, até mais que Odebrecht ou outra das grandes construtoras metidas na lava-jato e claro, enterrada até o pescoço no Dnit juntamente com o PR.

  2. Reais donos

    Olá,

    Algo que fica oculto nessa lista, e que não sei a posíbilidade de vir à tona, são os reais donos destas fazendas e empresas flagradas.

     

  3. Todas pequenas empresas,

    Todas pequenas empresas, resgatam os empregados, fecha-se a empresa e os “resgatados” ficam desempregados.

    A ONU e a OIT tem grande atuação nos paises que tem as piores condições de trabalho do planeta, como China, Malasia, Bangladesh, India?  Em Sri Lanka e Bangladesh estão estaleiros especializados em desmonte de navios para sucata, os

    trabalhadores não usam botas ou luvas, trabalham descalços, em Bangladesh há predios com 3.000 trabalhadores em confecções, dormem e comem no local e ganham quase nada, lá se confeccionam roupas de grifes europeias caras,

    onde está a OIT e a ONU e seus “Altos Comissariados” de direitos humanos?

    Agora se joga o nome do Brasil AO MUNDO como pais de trabalho escravo, já estão pintando BARREIRAS a toda pauta de exportações brasileiras,  esse escandalo vai colocar o nome do Brasil na LISTA SUJA do mundo.

    Enquanto isso Juan Sommavilla, diretor-geral da OIT se orgulhava de ter a maior adega de vinhos caros de Genebra, um

    Lorde dirigendo a Organização Internacional do Trabalho a partir de um Palacio em Genebra, escandalos desse tipo criados pela midia brasileira são otimos para a OIT, um organismo caduco em busca de assunto.

  4. O Sr. André Araujo está

    O Sr. André Araujo está coberto de razão.

    Um dirigente da OIT que a comanda de um

    palácio em Genebra,  que por dever de ofício

    é contra o trabalho escravo, não pode se orgulhar

    de ter uma adega de vinhos caros. Realmente,

    uma heresia. Quanto aos escravagistas…

     

    1. o….

      Condições Degradantes devem ser coibidas. Mas rotular a maioria destas condições a Trabalho Escravo é rotular o país, apenas por interesses ideológicos. Mas algo deve ser dito: ALELUIA, ALELUIA !!! Até que enfim uma foto e matéria sobre TRABALHO ESCRAVO ligado às cidades e indústrias. E não ligado ao campo e atividades agropecuárias onde é uma excepcionalidade. E onde nossa Esquerdopatia e Interesses Internacionais e Comerciais querem que sejam mostradas. São nas grandes cidades governadas por petistas e tucanos que está a maciça maioria de serviços degradantes. E nas obras destes governos pseudo-progressistas, omissos no combate desta pratica. Omissos e comparsas. E grandes marcas internacionais que depois gastarão milhões com ong’s e publicidade afirmando ssermos um único mundo buscando sua melhoria. A mascara caiu. E como diz André Araújo, estamos embarcando num barco furado. E os donos do barco, a indústria e o capital multinacional estrangeiro quer que embarcamos. Acorda Terra de Inocentes !!.  

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