Lava Jato: Os equívocos de Sérgio Moro e MPF segundo Paulo Roberto Costa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Na petição enviada ao juiz federal Sergio Moro nesta quinta-feira (9), a defesa do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores da Lava Jato, reafirma tudo que foi dito às autoridades da operação que investiga os casos de corrupção na estatal – embora a Folha de S. Paulo tenha noticiado que Costa “mudou” o depoimento dado em 2014.

O objetivo da petição é o perdão judicial a Costa, mas a defesa aproveitou para listar 17 itens na denúncia apresentada pelo MPF e nas informações colhidas por Moro que precisam de “pontuação”. Em alguns casos, os advogados rebatem informações prestadas por outros investigados.

O primeiro item repercutiu na mídia nesta sexta-feira (10), pois o tema já havia rendido manchetes escandalosas sobre a destinação de 1% a 3% de “propina” a partidos políticos da base governista.

Segundo a Folha, Costa “recuou” da informação de que a propina aos partidos era fruto de “superfaturamento” em contratos assinados pela Petrobras com o cartel de empreiteiras. Segundo o delator, não é correto falar em “sobrepreço” nos contratos porque os valores saiam, na verdade, da “margem de lucro” das empresas.

“Os valores dos contratos assinados pela Diretoria de Serviços variavam entre 15% e mais 20%. As empresas repassavam em média até 3% (1% para o PP e 2% para o PT) . Estes valores eram retirados da margem das empresas. Assim, se uma empresa oferecia uma proposta de 15% acima do orçamento básico e repassava os 3% ela ficava com o lucro de 12%, no caso de não repasse, ficaria com um lucro de 15%. (…) Assim não se pode dizer que houve sobrepreço.”

Ao contrário da Folha, o Estadão sustentou que, com essa observação, Costa esclareceu esse ponto específico das denúncias. De qualquer maneira, a fala tem potencial para impactar na Operação Lava Jato. As autoridades envolvidas terão de apurar se resta prejudicada a versão de que o cartel combinava sobrepreço com o envolvimento de políticos e funcionários da Petrobras, lesando os cofres da estatal com obras superfaturadas. 

Propina x dinheiro não declarado

Outro item corrigido pela defesa de Paulo Roberto Costa diz respeito à interpretação equivocada por parte do juiz Sergio Moro de que o dinheiro apreendido na casa do ex-diretor era fruto de propina. Segundo a correção, o montante foi obtido de maneira legal, ao longo de seus anos na Petrobras, mas não foi declarado à Receita Federal. Na denúncia, Moro transformou “valores não corretos” em “propina”. A petição contém trecho de interrogatório sobre a origem dos recursos:

— E esses valores que foram apreendidos na sua residência, que era setecentos e sessenta e dois mil reais, cerca de cento e oitenta mil reais e mais dez mil euros, qual que era a origem desses valores – perguntou o juiz federal.

É, a parte de euros e de dólar eram valores meus. De dólar que eu tinha durante a vida toda guardado, e euros tinha dez mil euros lá de uma viagem que eu fiz à Europa, tinha feito há pouco tempo. Os valores, os outros, era setecentos e poucos mil reais, eram valores não corretos – respondeu Costa.

A defesa de Costa ainda corrigiu a denúncia de que o cartel de empreiteiras atuava na Petrobras “de forma plena e consistente, ao menos de 2004 a 2013”. “(…) os contratos, desde o orçamento básico do projeto à licitação em si, eram enviados para aprovação e assinatura da Diretoria Executiva, para somente após ser conduzido pela Diretoria de Serviços. Antes do final de 2006 não havia nenhuma obra de grande porte na área de atuação do defendente [Costa].”

Nos itens restantes, há as seguintes ressalvas:

– Paulo Roberto Costa não conhecia as empresas de fachada de Alberto Youssef
– O delator desconhece também os trabalhos da Labogen e da Petroquímica
– Costa não operava lavagem de dinheiro
– Costa não tratava de valores com Julio Camargo nem com ninguém. Esse papel era José Janene e, depois, de Youssef
– Nada se concretizou no que tange o recolhimento de fundos, com ajuda de Costa, para a campanha do senador Lindbergh Farias (PT). E Costa também não teve tratativas com Mateus Coutinho, da Construtora OAS
– Nas obras dos gasodutos Pilar-Ipojuca e Urucu-Coari participaram as diretorias de Gás e Energia (à época, com Graça Foster) e Serviços (Renato Duque), e não da Diretoria de Abastecimento, ao contrário do que consta na denúncia
– Costa não conhecia Rogério Cunha, da Mendes Junior
– Ao contrário do que consta na denúncia do MPF, não é correto dizer que a Petrobras admitia “funcionários inexperientes”. “O processo interno sempre foi muito rígido e seu quadro de funcionário sempre foi muito bem qualificado e com experiência.” “(…) as normas da Petrobras eram seguidas à risca. O processo [de contratação] passava pelo Jurídico e somente seguia para a Diretoria Executiva depois de aprovado pelo órgão jurídico”. E ao contrário do que diz a denúncia, a estatal segue “o processo licitatório nos termos da Lei 8.666/93.” Quanto a contratos aditivos, a Diretoria Executivo só deliberava após a aprovação da Diretoria de Serviços.
– Costa, em várias oportunidades, aprovou a participação de empresas de menor porte nas licitações da Petrobras, mas foi “criticado pelas empresas do cartel”, que diziam que ele iria “quebrar a cara”
– A informação constante na denúncia do MPF de que Costa e Youssef recebiam com antecedência uma lista com as empresas que venciam as licitações é uma “inverdade”. O que Costa sabia é que as empresas que integravam o cartel certamente participavam do certame

Como Paulo Roberto Costa foi o primeiro a firmar o acordo de delação premiada na Lava Jato, os advogados pedem que seja concedido a ele o perdão da justiça ou a redução da pena. Costa está em prisão domiciliar, no momento.

A petição, na íntegra, está disponível aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

69 Comentários

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  1. Propina x dinheiro não declarado

    Propina x dinheiro não declarado

     

    Não há como diferenciar

    O sábio que se cala

    Do idiota que não fala.

     

    Propina x dinheiro não declarado — Qual a diferença?

     É tudo ilegal, mesmo.

    1. Mesma coisa que dizer que não

      Mesma coisa que dizer que não há como diferenciar um homicídio de um estacionamento em local proibido: é tudo ilegal mesmo…

    2. Mesma coisa que dizer que não

      Mesma coisa que dizer que não há como diferenciar um homicídio de um estacionamento em local proibido: é tudo ilegal mesmo…

  2. ““Os valores dos contratos

    ““Os valores dos contratos assinados pela Diretoria de Serviços variavam entre 15% e mais 20%. As empresas repassavam em média até 3% (1% para o PP e 2% para o PT) . Estes valores eram retirados da margem das empresas. Assim, se uma empresa oferecia uma proposta de 15% acima do orçamento básico e repassava os 3% ela ficava com o lucro de 12%, no caso de não repasse, ficaria com um lucro de 15%. (…) Assim não se pode dizer que houve sobrepreço.””:

    Em outras palavras, as empreiteiras tinham toda razao do mundo para…  o que mesmo?

    Para um sobrepreco!

    Que fala de asno eh essa?!

    1. Sobrepreço

      Bastante simples: o tal “sobrepreço” estava cartelizado. Ou seja, mesmo sendo preço superior, seria cobrado por qualquer das empresas, sendo a ganhadora. E assim, o preço superfaturado tornava-se o “preço normal” do produto. As empresas calculavam o custo, lucro e sobrepunham as propinas desse pessoalzinho aí e por estarem em cartel, nenhuma saía fora da curva, todas com valores parecidos e a vencedora determinada. Dessa maneira, a Petrobras não tinha condições de avaliar se o preço era real (o produto era raro, senão único) e todos os preços estavam dentro da realidade natural.

      O sistema de licitação era por carta-convite e aí residia o poder do diretor em pressionar a empresa. Se a tal emp´resa não contratasse sua “consultoria”, não vencia a concorrência. O sobrepreço era delas, não do diretor. E para pagar propinas de 2%, 3%, sobrepunham lucros de mais 12%, 13%. Porém, nessa mudança redical de argumentação, o Paulo Roberto não vê que ele fez “desaparecer” muitos dos crimes e deixa apenas o “achaque” às empresas a ser resolvido (comprovado) pelo MPF. Se o MP não comprovar achaque, não há como argumentar que a propina ia para este ou aqule diretor (eles confessaram) ou mesmo para este ou aquele partido ou candidato. Se não comprovarem as exigências diretas e ameaças, não vejo como algo, além das propinas confessas deles mesmos, possa ser considerado crime.

    2. Sobrepreço

      Bastante simples: o tal “sobrepreço” estava cartelizado. Ou seja, mesmo sendo preço superior, seria cobrado por qualquer das empresas, sendo a ganhadora. E assim, o preço superfaturado tornava-se o “preço normal” do produto. As empresas calculavam o custo, lucro e sobrepunham as propinas desse pessoalzinho aí e por estarem em cartel, nenhuma saía fora da curva, todas com valores parecidos e a vencedora determinada. Dessa maneira, a Petrobras não tinha condições de avaliar se o preço era real (o produto era raro, senão único) e todos os preços estavam dentro da realidade natural.

      O sistema de licitação era por carta-convite e aí residia o poder do diretor em pressionar a empresa. Se a tal emp´resa não contratasse sua “consultoria”, não vencia a concorrência. O sobrepreço era delas, não do diretor. E para pagar propinas de 2%, 3%, sobrepunham lucros de mais 12%, 13%. Porém, nessa mudança redical de argumentação, o Paulo Roberto não vê que ele fez “desaparecer” muitos dos crimes e deixa apenas o “achaque” às empresas a ser resolvido (comprovado) pelo MPF. Se o MP não comprovar achaque, não há como argumentar que a propina ia para este ou aqule diretor (eles confessaram) ou mesmo para este ou aquele partido ou candidato. Se não comprovarem as exigências diretas e ameaças, não vejo como algo, além das propinas confessas deles mesmos, possa ser considerado crime.

      1. “O sistema de licitação era

        “O sistema de licitação era por carta-convite e aí residia o poder do diretor em pressionar a empresa. Se a tal emp´resa não contratasse sua “consultoria”, não vencia a concorrência. O sobrepreço era delas, não do diretor”:

        Comentario otimo, mas ate agora nao ha caso documentado de DIRETOR da Petrobras dirigindo ou teleguiando licitacoes.  Eles simplesmente nao tinham esse poder la dentro: seria imprudente de parte da Petrobras, e francamente seria amador demais.

        Concordo com o resto do seu comentario, como ja disse:  otimo.

      2. Isso funciona na 8666, não

        Isso funciona na 8666, não Petrobras, pois ela trabalha com preço referencia e bandas e não apenas preço.

        Além do que a Petrobras abre a proposta e compara com a sua referencia. 

  3. Acusar o PT é UNICA coisa que

    Acusar o PT é UNICA coisa que a defesa NÃO PODE MUDAR, pois se o fizer serão trucidados pela mídia IMPIEDOSAMENTE e alcançando seus parentes sem NENHUM PUDOR!

    Quem não sabe disto?

    Bandido que não souber disto, é bandido morto!

    1. Não conseguiram

      A acusação contra o pt é que recebeu contribuição legal e contabilizada. Os outros partidos receberam o mesmo. A acusação é para lá de ridícula. E olhe que em 6 meses de procura com lupa!

      O pt saiu ileso mesmo como este tipo de denuncia que agora se desfaz em fumaça.

      Uma perguntinha: quem quer melar o lava jato? Nós nem o pt é que não somos? Tá estranho.

       

       

  4. MISTERIOS DA LAVA

    MISTERIOS DA LAVA JATO

    1.Youssef foi delator no caso Banestado há 20 anos, portanto é conhecidisso da Policia Federal, da JF e do MPF. Volta a operar com total desenvoltura com as maiores empreiterias do Pais, sem ser incomodado.

    2.Como essas mega empresas tem coragem  a operar com um elemento JÁ RASTREADO E CARIMBADO? Não avaliaram o risco? O personagem já era muito conhecido nesse ramo , o fim do caso BANESTADO foi obscuro, ninguem sabe bem como terminou o rombo de us$105 BILHÕES que é CEM VEZES MAIOR que as propinas da Lava Jato, a historia da BANESTADO começa com a CC5, contas de não resildentes, o modelo foi inventado no governo tucano, por um dos

    personagens do Real, a coisa terminou sem punição de ninguem em meio a nuvens cinzentas, não deu cadeia, multa,

    danos morais, nada. Parte do dinheiro de brasileiros no HSBC Suiça sai do dinheiroduto do BANESTADO, parece que algumas autoridades preferem esquecer o assunto e só falar dia e noite da Petrobras, isso é que dá midia.

    3.A impressão que se tem é de um AGENTE DUPLO, opera para o aparelho policial-judiciario e opera para a corrupção,

    uma especie de Kim Philby paranaense, personagem esquivo, típico do ambiente enfumaçado de Londrina.

    4.A delação de Youssef é inesgotavel. ele delata há na Lava Jato mais de um ano e continua delatando. Isso NÃO é normal. Parece perdigueiro da policia, vende informação, já não se sabe onde começa uma coisa e termina outra.

    O enigma da Lava Jato está em Youssef, de suas relações com o aparelho policial judiciario, tem material para um bom livro.

     

    1. Mistérios da Lava Jato.

      Concordo, daria um bom livro!   E esse seu comentário, AA, com toda certeza merece um post no dia de amanhã!  Perfeito!

      1. Não podemos esquecer que o

        Não podemos esquecer que o Relator do BANESTADO Deputado José Mentor do PT/SP, que “detonou” com o Yossef, foi premiado com uma “delação isolada”, que acarretou sua “inclusão ” na “lista do Janot”……..recordar é viver!!!

    2. perfeito, é isso aí…

      e sabe como é que se consegue, qualquer um, ser Youssef?

      sabendo de antemão como a sua delação será interpretada pelo juiz

      em comentário anterior

      coloquei que Moro estava sendo ludibriado mais uma vez pelo Youssef, mas agora vejo que me enganei.

      Moro está apenas interpretando

      é por isto que só podemos identificar e entender esta operação num só momento, o da condenação

      não é aprova que leva à condenação, é a interpretação da delação

      podemos identificar em vários pontos, mas principalmente em dúvidas que não cabe, tê-las, no recebimento de uma delação sem ser forçado, e muitas vezes por desejar ou ou por já ter a condenação em mente, a concluir com uma interpretação extensiva e, como não poderia deixar de ser, sempre incriminadora

       

       

      1. ou melhor…

        interpretação extensiva, sempre incriminadora, até para os procedimentos e recebimentos ganhos financeiros normais

        veja bem, “normais” não significa que são legalmente justificáveis

        mas aí são outros os procedimentos de investigação, não podem seguir como vem acontecendo, como uma coisa só

    3. Se o que li hj estiver

      Se o que li hj estiver correto, a punição do Youseff no caso Banestado foi PECULIAR. De operador regional, ampliou sua atuação no territóriio nacional, herdando clientes dos concorrentes que delatou. FICOU MAIS RICO. Difícil não imaginar que tem algo muito, muito estranho no reino do Paraná, envolvendo esse doleiro de estimação e de mil e uma utilidade. Dizem que na “missão” atual com a Lava Jato, a sua estada na prisão é mais confortável,  tem regalia. O tratamento VIP deve ter suas razões. Por enquanto, TOP SECRET. 

      Vou aguardar o livro…

    4. Muito bom o comentário. Esse

      Muito bom o comentário. Esse é o ponto que nunca consegui entender. Será que faltam doleiros no Brasil depois que Youssef dedurou todos no Banestado e assim eliminou a concorrência ?

      É exatamente essa lógica, creio que a chave de tudo nessa história, que fica muito difícil eu entender, Como explicar homens que de bobos nada teem contratarem um “…elemento JÁ RASTREADO E CARIMBADO? ” 

    5. Mais um comentário impecável

      Mais um comentário impecável do AA. Essa operação e todos os podres por trás dela não pode ser entendida sem se buscar lá atrás no Banestado.

      Está cada vez mais claro que há promiscuidade entre o aparelho jurídico-policial do Paraná, Moro a frente, e o doleiro. É algo que não tem nada a ver com justiça. É uma outra coisa. Só esse fato da primeira delação do Youssef, ser “premiada” com a eliminação da concorrência, e a corrupção do Banestado ter ficado impune é estranhíssimo.

      Não foi só a CPI do Banestado que assou uma pizza. O Moro também assou a sua.

    6. Partindo do presuposto que a

      Partindo do presuposto que a Lava Jato é uma peça armada para atingir o governo, com a mistura de componentes reais de corrupção, ilações e direcionamento de investigações:

      1) Youssef foi escolhido a dedo para servir aos interesses de acusação. Por fazer parte do esquema, ser partidário (aliado) da oposição e confiável na acusação. Cachoeira também continua operando e a PF não o investiga, nem incomoda.

      2) Impunidade… As empreiteiras não esperavam que a midia e a Justiça lhes retirara a proteção. Mas devem estar sendo convencidas que servem ao mesmo propósito e o final será “feliz” para todos.

      3) Youssef é uma agente duplo, está claro. Tratado como bandido “pero no mucho”;

      4) Essa novela deverá durar tanto ou mais que o Mensalão, servindo como combustível para criminalizar o PT e manter a indignação alta da patuléia, enquanto necessária para derrubar o governo ou desgastar com vistas a 2018.

  5. A pergunta é: por que diabos

    A pergunta é: por que diabos as empresas dividiam sua margem de lucro com os políticos ou partidos ? Se já tinham ganho a licitação cujo processo ocorreu sem nenhuma anormalidade, podiam cobrar da Petrobras na justiça o cumprimento do contrato sem a necessidade de acionar políticos para isso. Qual a necessidade que as empresas tinham de “compartilhar” sua margem de lucro com os políticos ?

    1. Experimenta cobrar na justiça

      Experimenta cobrar na justiça algo quando a outra parte tem grana e contatos para turbinar sua defesa e motivação para querer te ferrar…

      Sem contar os rabos presos por conta de contratos anteriores, indisposição com outras empresas da área (algo particularmente ruim quando certos contratos são tão grandes que precisam de consórcios), e por aí vai.

      Não que eu queira defender os empreiteiros, mas eu não acho que tentar forçar o pagamento, sem delatar o esquema todo para a justiça, pudesse ter sucesso na prática.

  6. Sobrepreço de 3% (podemos tirar se achar melhor).
    Trecho da delação do Paulo Roberto Costa: … sobrepreço de 3% (podemos tirar se achar melhor)…que conveniente, não? Incoerências no texto:  “…As empresas repassavam em média até 3%…”. Que raio de média é esta “até 3%”?  ” …variavam entre 15% e mais 20%…” que faixa de valores é esta? 15% até 20% ou 15%+20%  ?  

  7. Relendo, essa “peticao” ta

    Relendo, essa “peticao” ta com cara que veio de advogados de defesa que nem te conto…

    Pagina 4:

    “A tabela constante na página 25, demonstra valores de 8,49%,18,83% e 10,30% acima do orçamento básico; assim não se pode dizer que houve sobre-preço”

    Tem alguem aqui com background suficiente pra comparar esses precos com precos praticados internacionalmente?  Isso vai com o que eu falei antes a respeito da razao embutida para o sobrepreco nas “negociacoes” DO CARTEL.

    Ou voces querem me dizer que no pais onde o iPad custa 1300 dolares e carros “nacionais” de merda custam 60 mil dolares nao ha pratica institucionalizada de sobrepreco?

    A propria defesa NAO nega que houve cartel embora insista em usar ambos “empresas” (9 vezes) e “cartel” (3) e “Clube da Petrobras” (1).  Mas nega que as propinas foram propinas!

    Tem varias outras coisas que nao batem com o que eu conheco e sei.  A defesa nao pode simultaneamente afirmar a existencia de cartel, confirmar que Costa era seu contato (ou um dos contatos), que recebia dinheiro nao declarado, que foi o primeiro a assinar o acordo de delacao, E TAMBEM dizer que isso tudo invalida o processo contra ele e merece perdao!  Por exemplo, a sentenca que eu negritei menciona uma “pagina 25” que nao tem “valores” nenhuns, isso nao merecia uma especificacao mais detalhada -com nome de empresa, por exemplo?

    Ponto 14:  “os valores cita os valores” (sic) que Costa simultaneamente era sonegador e que nao recebera propina.  So que o que o documento tem pra mostrar a respeito das centenas milhares de “dinheiros” em especia aprehendidos na casa dele eh…  10 mil euros que “sobraram” de uma viagem aa Europa no passado proximo, o resto era o que?  Ora…

    Eles estao ficando doidos.  Moro fez e vai continuar fazendo varios erros, sim, e deveria ser frito e assado e fervido, mas dos que eu li no documento ate agora…  ele tava certo.

    A denuncia do MP, infelizmente, apezar de todas as cachorradas deles tentando derrubar o governo -e apezar de todos os delegados de merda do mundo- tem credibilidade judicial e penal.

    A que nao tem e nunca vai ter vai ser a do tesoureiro do PT.  A que teria muitissimo mais credibilidade judicial e penal foi a que nao foi feita, era a denuncia de Aecio Neves.

    E TODOS eles sabem disso tanto quanto voces.

    1. Não materiais comprados em

      Não materiais comprados em lojas, a dificuldade é essa.

      Cada obra muda-se o preço, o que não significa que tem ou não superfaturamento.

      Quem conhece as compras na Petrobras sabe do que estou falando.

      Uma duvida que tenho é se esta mudança não tem haver com a mudança para ajudar o patrão maior do Paulo.

  8. Eu como advogado, sinto

    Eu como advogado, sinto vergonha de colegas se prestarem à este tipo de serviço, mas todos tem direito à ampla defesa.

    Esta petição lembra bem as Defesas Prévias do Fernando Beira Mar, rapaz arrependido e enojado também, simples agricultor….

    1. Entendo:

      Quando ele acusa ele esta falando a verdade, quando des-acusa os advogados é que estão mentindo. A minha vergonha alheia é mais ampla.

    2. Prezado Giovanni
      E ainda

      Prezado Giovanni

      E ainda dizem que existe um tal de oab para fiscalizar o exercicio da profissão.

      Pra mim, ela não deveria nem existir, pois alem de praticar reserva de mercado com suas provinhas/concursos, ainda tem a cara de pau de cobrar a maior anuidade de todas as entidades de classe.

      Oab, a vergonha do Brasil.

      Abração

       

  9. Nassif
    e agora, como fica o

    Nassif

    e agora, como fica o balanço da petrobras, uma vez que fizeram ajustes com base nestes valores informados na lava jato. Se não houve superfaturamento. Se o dinheiro saia do lucro das empreiteras…..
    Sempre pensei que não era possível mecher no balanço. O balanço estava correto. O dinheiro foi pago para os fornecedores, tudo conforme os contratos. Matematicamente e contabilmente estava correto. Por pressões escuras resolveram fazer “ajustes”.

    E agora como fica?

  10. Mas só isso destroi o lava jato.

    Se alguem faz uma delação premiada e despois desmente, acabou tudo. Foi tudo para o lixo. Nada vale nada. Zera tudo. Claro como a agua.

    Outro dia uma advogado que entende de lei, os outros não entendem nada, disse, aqui mesmo, que delação só se for voluntária. Este fato confirma sua tese e derrota inapelavelmente os acusadores do lava jato.

    E gora??????

  11. Confirmada a versão de

    Confirmada a versão de Gabrielli: as propinas eram tiradas dos lucros das empresas.

    “A corrupção se deu em prejuízo das empreiteiras. Foram atos externos à companhia. O dinheiro foi desviado do lucro que as empreiteiras obtinham com os negócios”  disse (em várias passagens) na CPI

    Os negócios respeitavam a “realidade de mercado, portanto não estavam superfaturados” disse na CPI

    http://www.conversaafiada.com.br/politica/2015/03/13/a-surra-que-gabrielli-deu-na-cpi/

     

     

  12. Delação premiada… A hora das provas!

    Pois é… A Lava Jato entra na sua fase decisiva embora Moro queira eterniza-la agregando outras denúncias que não Petrobras. Nada contra; mas que se inicie operações específicas para situações específicas. Cedo ou tarde Moro terá que elaborar seu relatório final e, em seguida, ele ou quem de direito, documentar com PROVAS todas as denúncias. A expressiva alta que as ações da Petrobras registraram nas últimas semanas pode ser um indicativo da dificuldade em encontra-las. E este passo atrás do Sr.  Paulo Roberto Costa também pode ser visto como uma forma de Moro tentar contornar as enormes dificuldades que terá em transformar em realidade o “sonho” que ele criou. Aguardemos…

  13. Propinas x desvios x responsabilidades

    Um empresário iniciando no mercado com tecnologia inovadora e extremamente competitiva buscava clientes de referência para consolidar e expandir seu negócio.

    Como a concorrência praticava preços múltiplos com produtos piores, a margem dele era muito grande, mesmo vendendo bem mais barato, pois a tecnologia empregada possibilitava uma fração do custo da concorrência.

    Buscou e conheceu pessoas que conheciam pessoas importantes em clientes de referência em seus segmentos (todos PRIVADOS). Combinou comissões que variavam entre 10 e 25% do valor dos negócios com os bem relacionados representantes (alguns até querendo se associar).

    Alguns desses clientes (referências em segmentos diferentes) se interessaram e acabaram fechando, graças ao bom acesso, reuniões obtidas, etc.

    Durante as negociações das propostas (projetos, produtos) e serviços), invariavelmente os representantes traziam a necessidade de “lubrificar” (eu diria “desengripar”) o fechamento que estava sempre “quase” fechado.

    O empresário, ex-executivo que nunca levou algum por fora (embora soubesse dele em outras áreas) negava-se a acrescentar o pagamento extra e dizia ao representante que se quisesse ou precisasse pagar propina, que tirasse de sua comissão, pois ele estava sendo remunerado para vender (e não conseguir negócios via propina) um produto melhor e mais barato.

    Em vários negócios, apesar dos resmungos e discussões, foi exatamente isso que aconteceu. Rolou propina tirada da (boa) comissão do agente negociador.

    Como no caso agora (re)delatado pelo indignado Costa, os clientes não teriam pago um centavo a menos do que o preço proposto e fechado, com ou SEM propina. Quem “perdeu” (pagou) parte da sua comissão (prevista e combinada com o empresário) foi o intermediário propineiro, numa relação direta e pessoal dele.

    Se preço fosse problema (mas não era), poderia até ter havido negociação, tanto pela empresa como da comissão.

    Portanto, não houve NENHUM “desvio” de dinheiro das empresas. 

    Óbvio que as empresas clientes (repito: PRIVADAS e de referência) têm um comprador, gerente, diretor ou mesmo presidente ou superintendente (casos reais) corruptos, que estão se beneficiando de suas posições para, no mínimo, deixar de tentar conseguir preços ainda melhores para suas empresas. 

    Mas, a menos que seja empresa de um ou alguns poucos donos, ou mesmo nestes casos, eles (TODOS da cúpula) sabem perfeitamente que isto ocorre ou pode ocorrer. Alguns até pagam salários menores por conta desta suspeita quase certa (“benefício intangível tangibilizável”…).

    Conheci também um executivo (multinacional privada) que rejeitou, dentre outras, grana viva, veleiro e até uma “humilde casa” em nairro nobrepara decidir compras que, invariavelmente definia os requisitos que queria e repassava a negociação para a diretoria de suprimentos.

    O que acontecia lá (a menos da qualidade do produto ou serviço) ele nem queria saber. Alguns fornecedores (também de grandes empresas) ficavam até desconfiados, mas acabaram até tornando-se respeitosos amigos.

    No lado fornecedor, há empresas que já pagam valores bem altos aos seus vendedores ou representantes, sabendo que parte destes valores poderão ser empregados em “desengripar” vendas…

    Isto é assim (desde sempre) em todo o mercado, público ou PRIVADO.

    Esta realidade, em maior ou menor grau, não é só brasileira, é mundial. Quanto maior o negócio mais complexas as “relações”. Descendo os valores, aí sim, cairemos nas viagens, almoços e brindezinhos.

    Portanto, o que me surpreende (além da indevidíssima, cínica e hipócrita escandalização e seletividade jurídica, cuja discreta investigação é sim devida) é que a própria Petrobrás (motivos de imagem?) passe recibo e assuma valores em seu balanço sem esclarecer ou comprovar o que foi efetivamente desvio ou prejuízo.

    No máximo (deveria) apenas provisionar até que isto aconteça. No futuro sim, transforma(ria) as diferenças em eventuais perdas ou ganhos.

    De resto, adianto que se alguém insinuar que o executivo ou o empresário acima citado sou eu …

    Eu nego.

  14. Nó em pingo d’água

    O que FOLHA disse:

    “Em depoimento em 2 de setembro de 2014, ele dizia que “empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos”.

    Agora ele diz que os valores entregues aos partidos “eram retirados da margem [de lucro] das empresas”. Na sequência, afirma: “Não se pode dizer que houve sobrepreço”.

     

  15. não a impunidade…

    mas seguir acorrentado, qualquer juiz, a sua própria mente através do desejo incontrolável de punir petistas, é algo mais baixo, vil e vergonhoso do que a própria impunidade em si

  16. para fechar com chave de ouro…

    basta alguém provar que a ordem foi punir a Petrobras…………………..

    se não era dinheiro dela, e sim das empresas, basta dar nomes às interpretações

  17. Inacreditável

    As declarações são cheias de lugares comuns que, quem participa de obras públicas conhece como se dá o jogo, por ex:

    “A informação constante na denúncia do MPF de que Costa e Youssef recebiam com antecedência uma lista com as empresas que venciam as licitações é uma “inverdade”. O que Costa sabia é que as empresas que integravam o cartel certamente participavam do certame”

    Nove entre dez empresas participantes em licitação se conhecem e trocam informações.

    E o carnaval continua…

    1. Não apenas em
      Não apenas em licitações.

      Alguém ainda acredita que nas empresas privadas e multinacionais este tipo de coisa não ocorre?

      Alguém acredita que concorrentes não “trocam figurinhas” em um processo de cotação de fornecimento?

      1. O mesmo acotece.

        A mesma coisa acontece quando um representante laboratório visita um médico para lhe deixar amostras grátis, canetas personalizadas,vinhos, viagens para congressos etc. etc. Isto não me contaram, trabalhei nesta área por alguns anos.  que nome poderiamos dar a isto?.

  18. … não houve corrupção na Petrobrás…muito pelo contrário…

    Há muito digo que não houve corrupção na Petrobrás…muito pelo contrário.

    A empresa poderia ter acabado com toda esta especulação desde o início, se tivesse apresentado ao público o estórico dos BDI(s) de seus contratos com estas construtoras,

    Antes dos governos do PT, era um pequeno grupo que se cartelizava e impunham o BDI da vencedora, que depositava no HSBC a propina aos agentes do tucanato para manterem o status quo, sem a necessidade da participação de nenhum elemento da empresa, por isto tanto empenho em fortalecer o HSBC no Brasil.

    Nos governos do PT, abriu-se o leque de concorrentes, acabou o cartel, passou-se à concorrência aberta, diminuindo-se os BDI(s), restando às empresas procurarem os favores dos dirigentes das diretorias para lhes darem mais obras, a fim de aumentarem em escala os seus faturamentos, retribuindo-lhes com “presentes”, que nada tinham a ver com superfaturamento de obras, coisa que nenhum dirigente pode fazer sòzinho.

    Os políticos entraram nesta, após serem procurados por estes dirigentes para os manterem nos cargos que agora lhes davam rendas extras.

    Só um idiota imagina que um governo corrupto, deixaria que dirigentes da empresa ficassem com tamanha bolada se este governo era o dono destes cargos.Pra que faria isto se podia simplismente o mandar direcionar os contratros para esta ou aquela construtora  ???

    Ninguém perguntou aos diretores acusados o que eles fizeram de concreto para as construtoras para serem merecedores destes “presente”, suas respostas conprovariam o que disse aqui:

    …não houve corrupção na Petrobrás,…muito pelo contrário, as propinas apareceram quando ela, justamente, passou a pagar menos por seus contratos.

     

  19. Sério isso? As empresas

    Sério isso? As empresas formavam um cartel, combinavam quem iria ganhar a concorrência e praticavam preços normais de mercado, sem superfaturamento? E ainda pagavam propina? Para que então a propina? Acredita quem quiser.

  20. Neste jogo viciado e montado

    Neste jogo viciado e montado premeditamente, o doleiro Youssef e o juiz Moro são parceiros de longa data. Desde o Banestado, que deu desfalque muitas vezes maior do que o caso Petrobras. E os dois personagens lá estavam envolvidos: um como delator, e o outro como juiz. Só que naquele caso envolvia outros personagens protegidos ou ligados aos donos do PIB brasileiro e sua mídia sempre golpista. Por isso o caso praticamente foi abafado. E agora esses mesmos personagens – o doleiro delator que havia rompido o acordo que lhe garantiu prêmios – e o juiz Moro, que transformou o caso Petrobras na grande oportunidade da sua carreira, ressurgem como heróis da mídia. Isto porque desta vez, os alvos são aqueles que enchem de alegria os donos do PIB do mundo, do Brasil e sua mídia golpista: a Petrobras, o PT e o governo federal. Tudo o mais é perfumaria para distrair a platéia. A Operação Zelotes e o caso HSBC deram prejuízos muito maiores do que as propinas das empreiteiras ligadas a Petrobras. E nem de longe têm a importância para a economia do Brasil como tem a Petrobras, que movimenta milhares de empregos, dinamiza outros setores da economia, enfim, a Petrobras é estratégica para o Brasil. Ainda mais com o Pré-sal. Por isso eles querem destruir a Petrobras, e derrubar o governo que mantém esse movimento positivo para o Brasil. Ao invés de herois, o juiz, seus procuradores e delegados federais do Paraná, o doleiro delator e a Globo com suas filiais (Band, Veja, Itatiaia, Folha, etc), deveriam ser considerados traidores do povo brasileiro. Simples assim.

    1. cassação sumária

      das Concessões das Rádios e Tvs envolvidas. Este desprezo e desrespeito à Democracia pelos grupos de midia SIP/Instituto Millenium acima citados deveria ser duramente punido.

      Pra isto teriamos que possuir um governo Valente… temos?

       

      Saudações Vôzísticas…

  21. Um ano, ou quase, de

    Um ano, ou quase, de “investigações”, isto é, de interrogatórios exóticos feitos assim: voce prende alguem, deixa meses no xilindró, sem marcar o interrogatório e depois diz para ele dedurar quem voce quer que seja dedurado. É o metodo Moro. Um juiz, uma dúzia de procuradores e dezenas e dezenas de delegados e investigadores da PF. E durante esse tempo o que eles produzem como “relatório” é um diz-que-diz-que inconsistente em que um delator-premiado desdiz o que o outro delator-premiado diz. Acho que até os roteiristas de séries americanas ficariam envergonhados com essa estória. Fulano diz que ciclano teve dezenas de reunioes com empresários X, Y, Z. Nenhuma evidência de tais reuniões – nenhuma testemunha, nenhum depoimento, nenhuma camera de vigilancia nos locais. Fulano diz que X milhões foram dados para ciclano para financiar isto e aquilo – nenhuma transferencia bancaria, nenhum cheque, nenhuma comprovação das malas e caixoes de dinheiro transportados. E esse juiz, seus procuradores, delegados e investigadores ganharam um ano de remuneração, diárias, custas e o escambau. Para produzir isso. Acho que estou meio rabujento, mas esses caras são desperdiçadores do dinheiro público. Ou não: vai ver eles receberam tudo isso como cachê artístico. Parece mesmo. O juiz Moro e seus meninos de ouro vão receber seu cachê artístico e concorrer ao oscar de melhor produção ou efeitos especiais. E tem gente que me diz para levar a sério o chamado mundo jurídico. Só se eu for muito louco.

  22. Então tudo o que se falou

    Então tudo o que se falou saiu da cabeça de quem?

    Do Moro ou dos procuradores?

    A Petrobrás está refazendo os cálculos e s Justiça vai refazer o processo?

    É pros cocos??

  23. A “PROSTITUTA” DAS PROVAS

    A prova testemunhal é conhecida no Direito como A “PROSTITUTA” DAS PROVAS.

    E é assim denominada porque dentre todas as provavas aceitas no Direito é a mais insegura, a de menor credibilidade. Nesse caso concreto sua precariedade é flagrante.

    Não se sabe quantas vezes os delatores vão alterar seus depoimentos e quais deles são verdadeiros ou falsos.

    Para a doutrinadora Agathe Elsa Schmidt da Silva:

    “A inverdade de um depoimento pode provir: 

    a) da vontade consciente da testemunha em mentir; 

    b) da afirmação sobre fatos controvertidos sobre os quais não tem certeza, quando então pode mentir ou não; 

    c) da desarmonia entre a realidade e o que a testemunha depõe, certa de que diz a verdade. As ilusões de percepção conduzem a erros involuntários, inconscientes, oriundos da falta de correspondência entre a sensação e a imagem.”

    Portanto, há na prova testemunhal um universo de possibilidades. 

    Em grande parte os interesses envolvidos dão o norte do testemunho.

      

     

  24.     O tenho achado

        O tenho achado interessante como o pessoal da Petrobras está escondido e só apareceram quando o Athos criticou a atuação de um deles. Parece que este caso não atinge a todos da instituição. Muito estranho… 

       Nassif, para melhor entedimento do que mudou na declaração do Paulo, seria interessante a busca junto aos funcionários as diferenças das contratações de obras na Petrobras e as contratações pela Lei 8666/93.  Tentei resumir mas acho que não ficaria claro, seria melhor um especialista interno.

       Esse é o ponto mais importante, a midia dominante de proposito( ou por desconhecimento) confunde a população em geral. Por exemplo:  Quando Paulo fala em BDI e porcentagens esta falando de que?

     Veja que (o juiz, promotores e PF) estão tendo que migrar para outras empresas,  pois  não estão conseguindo os valores que fizeram a propaganda.

       

        

      

    1. Ele está falando de assuntos

      Ele está falando de assuntos referentes a como uma grande empresa como a Petrobras é conduzida. Mas tem muito sabichão que insiste em tratar a empresa como padaria. É risível ver o questionamento de alguns parlamentares ao ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

  25. Acabou

    Desmentiu o dito. E a premiação? Ou a nova declaração diferente da primeira também merece premio. Isto destroi a lava jato.

    Lembrando: O adv. Nélio, parece, disse que delação premiada só quando de arrependimento, sicera e voluntária. Está ai a razão.

    Lembro que parece que o dr janot na sua denuncia se baseou na primera versão. E agora? Volta atrás?

    Destruirama lava jato.

     

  26. Relembrando os Italianos, ..

    que são mestres nos assuntos juridicos, quando referem-se a pessoas que dão depoimentos em juizo: “MENTE COMO UMA TESTEMUNHA OCULAR”.

  27. Reparo que sempre o juiz

    Reparo que sempre o juiz serjo moro aparece nas fotos fazendo pose e com um sorrisinho no canto da boca. Não saber a diferença entre sobrepreço e margem de lucro das empresas, ou é asneira ou má fé. Se fosse caso de propina a empresa Petrobras teria sido lesada. Sendo o valor margem de lucro proveniente da empreiterira o problema é dela. As empresas prestadoras de serviços têm o hábito de presentear com garrafas de vinhos e outras cositas mais os funcionários das empresas com as quais negociam. Se um funcionário colabora com a empresa ao arrepio da lei, será acionado por corrupção. Se não move uma palha em favor da empresa, não comete crime algum. 

    Essas poses e sorrisinhos de sérjo moro indicam que ao ser fotografado pela globo está desejando ser convidado para o elenco dos atores das horrorosas telenovelas globais. Ora, ele está se aproveitando de uma situação e agindo com intuitos escusos.

  28. Havia interesses…

    Na delação de Costa havia interesse com a Petrobrás. Quais as pessoas que queriam ver Petrobrás privatizada? Pensa… Parece que tudo se encaixa. A Petrobrás destruída, o governo de Dilma enfraquecido, um juiz tucano, um PGR tucano que acusa só o PT, PP. PMDB e deixa o PSDB numa boa. Dizer que houve um rombo na Petrobrás seria o início o resto ficaria por conta dos ratos… Esses fizeram bom trabalho…

    Mas Costa ficou com peso na consciência, alguém disse que o que ele estava fazendo não era certo. Que era melhor dizer realmente a verdade do que se lambuzar mais ainda, além disso, ele viu que, pessoas inocentes estavam perdendo os seus empregos e a culpa que sentia era tão grande que resolveu desistir da delação e tentar ser perdoado pela justiça. Veja o que a defesa diz com o consentimento de Costa:

    “O item corrigido pela defesa de Paulo Roberto Costa diz respeito à interpretação equivocada por parte do juiz Sergio Moro de que o dinheiro apreendido na casa do ex-diretor era fruto de propina”. Será que o juiz S. Moro um juiz formado inteligente é tão tapado a ponto de não entender o que ele disse a primeira vez, foi preciso desenhar?

    Quem sabe tudo é o Youssef até a história de Furnas é verdadeira, mas Moro não sai para investigar… Eu não confiava no juiz Moro, depois que ele se enfiou na, Globo ai que deixei de acreditar mesmo. Vcs se lembram do J.Barbosa com Mensalão? Foi a mesma coisa e deu no que deu. Moro já não tem tanto crédito com os seus métodos investigação e continua cometendo os mesmos erros, e com ajuda da tucana indigesta Eliane Cantanhêde a burguesa da Globo estão envolvendo de novo  o PT e isso tudo por conta das novas manifestações que vai haver.

    Se muitos já não acreditavam no juiz Moro agora tem mais motivo para desconfiar. Janot idem porque até agora ele não mandou ninguém investigar as tramóias dos tucanos depois de todas as provas que já teve. Eles estão protegendo o PSDB e só não vê que não quer e sairão queimados junto com eles. Ainda o juiz Sergio Moro e o PGR Janot irá sair pela porta dos fundos igual ao baba veneno Joaquim Babosa.

  29. Puro Jogo do Contente, Faz se Necessário apontá-los Nús

    O Brasil é tão absurdamente prisioneiro de um judiciário mancomunado com a mídia monopólio, auto declarada líder da oposição, e patrocinados pela elite do atraso, que considera-se dona do pais, que não bastando armarem um pastelão jurídico de nome “Mensalão do PT”, onde inventaram uma tal de quadrilha, para poderrem designar o estrategista mor do partido como chefe da mesma e assim tirá-lo do tabuleiro político, quadrilha essa que não sustentou-se no correr do processo fazendo com que não pudesse haver o tal chefe de quadrilha, e daí por falta cabal de provas para condena-lo e cumprir o objetivo político, tiveram que importar o tal domínio do fato e rosa weber votar, da lavra de moro, a condenação sem provas baseada na permissão da literatura jurídica, agora armam uma nova novela, “Petrolão do PT”, onde montados na delação premiada e prisão dos selecionados a mesma, cronogramam com os eventos políticos as ações necessárias para alimentar a parceira mídia e assim tentarem derrotar o governo através do golpe paraguaio, a conta gotas, já que no voto não conseguem. E há quem tente levá-los a sério, analisando os atos de um juiz de relações e família, atolados até o queixo nas tramas políticas contra esse partido que seletivamente acusa, vaza a jato e acusa, sob a luz do direito e da democracia que inexistem no caso. É puro jogo do contente, faz se necessário apontá-los nús.     

  30. Vamos condenar o judiciário

    De repente parece que os réus da Lava Jato viraram vítimas e o Juíz e Promotores são os culpados. Quando Lula fala que os delatores da Lava Jato viraram heróis pela mídia ele está sendo extremamente manipulador, ninguém defende os acusados, todos torcem para que quem participou do crime seja condenado. Claro, é importante ajudar a Justiça Federal, Ministério Público e Policia Federal a fazer seu trabalho. Sobre as empresas que podem fechar, minha opinião é que se o propósito da empresa era só atender obras públicas ela provavelmente terá problemas. Se ela dependia de BNDES para funcionar, me desculpe, mas é uma empresa que funciona já as custas do dinheiro do brasileiro. Neste caso, deve fechar as portas.

  31. Vamos condenar o judiciário

    De repente parece que os réus da Lava Jato viraram vítimas e o Juíz e Promotores são os culpados. Quando Lula fala que os delatores da Lava Jato viraram heróis pela mídia ele está sendo extremamente manipulador, ninguém defende os acusados, todos torcem para que quem participou do crime seja condenado. Claro, é importante ajudar a Justiça Federal, Ministério Público e Policia Federal a fazer seu trabalho. Sobre as empresas que podem fechar, minha opinião é que se o propósito da empresa era só atender obras públicas ela provavelmente terá problemas. Se ela dependia de BNDES para funcionar, me desculpe, mas é uma empresa que funciona já as custas do dinheiro do brasileiro. Neste caso, deve fechar as portas.

  32. Colcha de retalhos

    Um processo completo, ainda mais da grandeza e complexidade deste, consta de inúmeros documentos, horas de escutas e videos, fartas provas, laudos periciais, etc, etc. Multiplique-se isso pelo número de envolvidos nessa operação.

    Se a cada ida e vinda de depoentes, testemunhas e operadores fazem-se retificações, imaginem a colcha de retalhos que resultará ao final.

    As únicas pessoas que tem controle global sobre os dados são o Sr. Juiz e seus comandados.

    Pergunto, podemos confiar no Moro? Um candidatura ao prêmio Innovare para quem responder que sim…

  33. O estrago já foi feito!

    Milhares de pessoas demitidas e fornecedoras em estado falimentar.

    Não foi bem aquilo que eu disse faz alguma diferença agora?

    E o pior…O estilo ‘Intocaveis’ continua bem ativo, principalmente antes de dias marcados para manifestações dominicais democraticas, sempre em questões envolvendo petralhas incautos que não usaram as contas do HSBC! A tabelinha é a de sempre!

    A corrupção foi detectada e deve ser punida, mas muita coisa está saindo do controle e passa a prejudicar o pais.

    Quem é o ‘cuiudo’ que vai peitar?

  34. Não quero ser profético, mas…

    Há algum tempo atrás, pelos meados de fevereiro deste ano coloquei para a postagem um texto em que estava literalmente escrito “O ministerio publico preparou a defesa da galvao engenharia“, na época muitos olhando o texto da denúncia do ministério público concordaram comigo sobre a fragilidade com que se processava o documento de denúncia as empresas envolvidas na Java com o Jato, outros mais preocupados com a mediatização dos fatos questionaram o que havia escrito e inclusive remetendo insistentemente (O Imparcial Desatento) as delações premiadas.

    Agora veremos passo a passo como se destrói um processo que esta baseado somente em provas testemunhais, as tais delações premiadas, o caminha da defesa de todos, que os escritórios de advogacia devem já estar amarrando uma as outras (excetuando a delação do doleiro, que deverá ser desmanchada por ser um mentiroso contumaz).

    Quando estes processos forem analisados já em segunda instância, a maior parte dos mesmos deverão ser demolidos por simplesmente não apresentarem provas reais. Vou antecipando que na realidade acho que existe a tal associação de empresários com o objetivo de maximizar seus lucros, porém a configuração desta como cartel, como já havia escrito há dois meses, é de difícil comprovação, principalmente devido a incompetência do Ministério Público e do Juiz Moro. Estes ficaram mais preocupados em lançar etapas da operação Lava com o Jato e dos belos infogramas produzidos para serem publicados para grande Imprensa.

    Uma operação desta envergadura, precisa antes de tudo de discrição e de TRABALHO, e parece que tanto um como o outro não existiram. Se tivesse um membro do Ministério Público, maduro, trabalhador e mais interessado em levantar fatos do que aparecer na imprensa, num período mais longo, sem a necessidade de lances teatrais e da divisão de etapas da operação, que simplesmente indicam que deixaram de lado a investigação anterior e procuram mais conexões, mostra a incompetência dos mesmos.

    Quanto o maior número de conexões estabelecidas, mais frágil fica o processo, pois se rompido um dos seus elos rompe-se toda a cadeia.

    A operação Lava com o Jato me parece um jogo de profissionais que é precedido por uma preliminar de sub 20, os dente de leite saíram agora estão entrando os profissionais!

    1. A ex -presidente da Petrobrás

      A ex -presidente da Petrobrás ,Graça Foster informou recentemente que a RNEST construída a um custo de  20 bilhões de dólares era um exemplo a ser estudado para que jamais voltasse a ser seguido  ,pois o seu custo por barril  ficou em 87 dolares ,ante uma média de 10 a 25 dolares em outras parte do mundo.Ficamos assim:

      Brasil 87 dolares por barril ,Índia 13 dolares por barril ,China 14 dolares por barril e Coréia do Sul ,18 dolares por barril.Tentar justificar isso ,é só conversa fiada .

  35. Realmente, o que existia era clube mesmo, pois cartel …

    Caros Senhores.

    Há uma coisa que ninguém se deu conta, cartel não se faz com o universo das empresas que podiam participar dos certames e principalmente quando eram convidadas mais do que dez empresas.

    Um cartel não é algo simples de se fazer, por exemplo é mais fácil achar um cartel na venda de aço para a construção ou de cimento do que em empresas de construção civil. Explico porque.

    Na indústria do aço para a construção há duas empresas que dominam mais de 90% do mercado brasileiro, logo se junta dois diretores numa reunião na casa de um dos dois e eles combinam a divisão do mercado. Por outro lado as empresas do dito cartel eram 23 empresas, e isto está mais para clube do que cartel.

    É impossível compatibilizar o interesse de 23 empresas sem que no mínimo uma dezena delas saiam prejudicadas. Podem criar consórcios, sub-contratar ou fazer manobras para diminuir os atritos, porém dentro destas 23 empresas com vários diretores em cada uma no mínimo haverão uma dezena de diretores que se acharão prejudicados.

    A operação Lava com o Jato, parte do pressuposto que os 23 se reuniam e repartiam os delicados de forma equânime e fraternal, isto para quem conhece o espírito humano sabe que é impossível, para mim foi relatado há uns vinte e cinco anos uma tentativa de cartelização com um número bem menor de empresas, funcionou duas vezes, na terceira uma das associadas baixou o preço e passou o pé na gang!

    Um cartel funciona com no máximo sete (número cabalístico) de participantes e isto mesmo enquanto o mercado está bom para todos, no momento que aperta é cada um por si e deus contra.

  36. Essa parafernália jurídica,

    Essa parafernália jurídica, parceria do Moro, o candidato a presidente dos paneleiros, com os intocáveis procuradores 171, só vai ter efeito político-midiático. O efeito jurídico será zero. No STF isso não se sustenta, não sem o Barbosão. Ainda mais que os executivos acusados terão acesso aos melhores advogados do país.

    Essa gororoba do dr. Moro, mistura de macarronada a la mãos limpas, com jabuticaba seletiva a brasileira, não passa pela garganta dos ministros do Supremo. Haja “pressão da opinião pública”. Será indigesto até para o Gilmar 

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