Outra sentença de Sergio Moro é corrigida por juízes de 2ª instância

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação

Jornal GGN – Os desembargadores do Tribunal Reginal Federal da 4ª Região corrigiram mais uma sentença do juiz Sergio Moro na Lava Jato, agora em condenação do doleiro Raul Henrique Srour. Segundo reportagem do Conjur, Moro errou na pena-base do réu e o condenou a mais de 7 anos de prisão. O TRF, contrariando João Gebran Neto, decidiu reduzir a sentença para pouco mais de 5 anos.
 
Além disso, o TRF-4 decidiu na quarta (9) manter o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na Lava Jato. Mesmo tendo sido absolvido pela maioria dos desembargadores, Vaccari ainda tem prisão preventiva relacionada a outra ação penal, na qual os juízes entenderam existir provas materiais de corrupção.
 
TRF-4 vê erro em sentença de Moro e diminui pena de doleiro em 2 anos
 
Do Conjur
 
A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região diminuiu, nesta quarta-feira (9/8), a pena do doleiro Raul Henrique Srour, um dos operadores de câmbio condenados em Curitiba na operação “lava jato”. Por maioria de votos, a corte entendeu que o juiz federal Sergio Moro elevou demais a pena-base ao considerar duas circunstâncias negativas contra o réu: atuar profissionalmente no crime e continuar as práticas depois de fechar acordo de delação premiada.
 
A pena fixada em primeiro grau, de 7 anos e 2 meses de prisão, passou para 5 anos, 5 meses e 5 dias. O relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, não via problema na sentença, mas venceu a divergência apresentada pelo desembargador Leandro Paulsen. Essa é a 15ª apelação criminal julgada pela 8ª Turma.
 
Segundo Moro, Raul Srour era um “grande operador do mercado de câmbio negro”, especialista em movimentações fraudulentas por meio de empresas de fachada e contas em nome de laranjas. Até março de 2014, efetuou mais de 800 operações desse tipo, no valor de ao menos US$ 1,3 milhão, com apoio de um grupo de auxiliares, de acordo com a condenação, assinada em maio de 2016.
 
Moro disse ainda que o acusado atua há longa data no mercado de câmbio negro, pois já foi citado no caso Banestado (evasão de divisas na década de 1990). O réu colecionava obras de arte, como Mulata, de Cândido Portinari, e Manequins, de Iberê Camargo.
 
Destino de tesoureiro
Também nesta quarta, o TRF-4 manteve preso preventivamente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Embora a 8ª Turma tenha absolvido o réu em um processo, o próprio colegiado disse que ele deveria ficar atrás das grades por outra ação penal em andamento. O ex-tesoureiro está preso desde abril de 2015.
 
Para o relator, Gebran Neto, “os fatos são absolutamente distintos, como são distintos os contratos e o período investigados nas duas ações penais”. O revisor, Leandro Paulsen, disse que no segundo caso há indícios materiais de que Vaccari fez depósitos em contas secretas dos publicitários que atuaram para o PT em campanha eleitoral.
 
O desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus acompanhou o entendimento. Ele disse que o tribunal ainda fará análise mais profunda quando julgar o mérito do processo. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Bad cop, good cop

    Olha o Gebran aí gente, cupincha do Moro, a quem pertence esse doleiro?

    Tenho que pegar no pé, pois a esquerda internetica comemora esse tipo de jogo de cena. O doleiro é petista? Claro que não! Então teje solto!
    Olhem quem soltou o doleiro, o melhor amigo do Moro, óbvio que não está “corrigindo” sentença do amado, estão brincando de “good cop”, “bad cop” (aperta aí que eu relaxo aqui) como nos enlatados americanos de onde aprenderam o “direito” que aplicam aqui.

    Enquanto todos se concentravam no linchamento de Dodge ontem, inclusive parlamentares petistas, o Janot veio e patrolou o PT e hoje tá todo mundo com cara de tacho.

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