Partidos querem esperar Moro “sangrar” antes de derrubá-lo, diz Mônica Bergamo

Os principais partidos de oposição e de centro têm feito reuniões para decidir como vão agir no caso do escândalo das mensagens entre Moro e procuradores da Lava Jato

Jornal GGN – Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, os partidos de oposição de centro têm feito reuniões, desde que veio à tona o escândalo das mensagens trocadas entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e os procuradores da Operação Lava Jato.

O objetivo dos encontros é decidir a melhor hora de agir para derrubar de vez o ex-juiz da Lava Jato, hoje no comando de uma das principais pastas do governo Bolsonaro.

“Há um consenso: é preciso ter paciência e esperar Moro “sangrar” ainda mais antes de abrir guerra total contra ele, criando uma CPI”, escreve Bergamo.

“A ordem é esperar por novas revelações do site The Intercept Brasil, que publicou as primeiras reportagens no domingo (9)”, completa a colunista.

No domingo, o site de notícias, dirigido pelo prêmio Pulitzer 2014, Glenn Greenwald, divulgou três reportagens baseadas em um material que receberam de uma fonte anônima com a troca de conversas em redes sociais entre Moro, Deltan Dallagnol e os demais procuradores que formam a equipe da Lava Jato do Paraná, entre os anos 2015 e 2017.

O portal disse que tem um material que ocupa 1.700 páginas implicando outros atores do judiciário, políticos (como ex-presidentes da República) e meios de comunicação, incluindo a Rede Globo. Por isso, outras matérias serão divulgadas nos próximos dias.

A expectativa, portanto, dos parlamentares é que as novas reportagens piorem ainda mais a situação de Moro. Assim, consideram mais inteligênte aguardar pela ampliação do desgaste.

O clima no Congresso é de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar Sérgio Moro. Em entrevista ao blog de Tales Faria, do UOL, o líder da Rede no Senado, partido que sempre defendeu a Lava Jato, Randolfe Rodrigues (AP), chamou de “escândalo” a notícia sobre a atuação promíscua entre o então juiz Sérgio Moro e o Ministério Público Federal (MPF) para conseguir a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Randolfe disse que as gravações apontam que Moro atuou de duas formas: como aliado de uma das partes, o Ministério Público e, segundo, nas eleições à presidência do país, “em seguida assumindo uma vaga no governo que se sagrou vitorioso”.

“Ele [Sérgio Moro] preferiu servir a governos. Resolveu promover a sua carreira, tentando ser no futuro, talvez, ministro do STF ou presidente da República“, concluiu.

Leia também: Lula propõe à Globo um debate entre ele, Moro e Dallagnol ‘na hora que quiser’

Redação

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