Toffoli: É hora do Judiciário se “recolher” e devolver o protagonismo à política

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação/CNJ
 
Jornal GGN – O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, disse em um seminário entre operadores do Direito, segundo relatos de repórter da Folha de S. Paulo, que é hora do Judiciário recuar e devolver à classe política a condição de protagonizar a resolução de crises. “É hora de o Judiciário se recolher. É preciso que a política volte a liderar o desenvolvimento do país e as perspectivas de ação”. 
 
Segundo reportagem da Folha divulgada neste sábado (12), Toffoli e outros juristas estiveram reunidos numa espécie de seminário promovido por um professor de Direito aposentado. A declaração do ministro sobre o STF se recolher não foi um indicativo de que a Corte deverá se omitir diante de impasses que nascem da judicialização da política. O que Toffoli quis dizer, segundo o jornal, é que cabe ao Supremo, agora, “voltar a seu papel tradicional —garantir os direitos individuais e coletivos.”
 
O seminário envolveu “personalidades do Direito”, reunidas para discutir a “conjuntura da Justiça e da democracia”, na residência de praia de Tercio Sampaio Ferraz Junior, professor aposentado da Faculdade de Direito da USP. Ele promove este encontro batizado de “Seminária da Feiticeira” – em referência ao nome da praia  – há 13 anos.
 
Toffoli pediu para falar no terceiro e último dia de reuniões e debates, para poder processar e dar uma resposta às críticas que ouviu ao longo das exposições. 
 
Ele concordou que “a judicialização da política ė um dado da realidade. O Judiciário se transformou, seu papel mudou. Suas decisões se espraiaram para além dos casos concretos e passaram a se irradiar para toda a sociedade”, afirmou o presidente do STF.
 
“Esse quadro, continuou, acentuou-se com as crises políticas dos últimos anos. O ministro elencou os principais pontos: corrupção exposta pela Lava Jato, impeachment de Dilma Rousseff (PT), duas denúncias do Ministério Público contra Michel Temer (MDB), prisão de Lula (PT), greve de caminhoneiros, eleição presidencial conturbada.” 
 
Na visão de Toffoli, o descrédito das demais instituições levou o Supremo a “dar perspectivas para a sociedade”. “A realidade nos obrigou a isso, e acho que não faltamos à sociedade. O produto final foi positivo. O Supremo foi o fio condutor da estabilidade.”
 
Leia a matéria completa aqui.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. A ocasião faz o politico !

    Ele já tinha dito isso antes , mas bastou Celso de Mello , cumprir o que está escrito na constituição ,para ele tomar a decisão politica , e não tecnica de anular a decisão de outro ministro  e manter o cara que arrumou a vida dele preso !

  2. Em outras palavras: como já

    Em outras palavras: como já está tudo dominado, eleito o segundo presidente do golpe, Jair Bolsonaro, através de eleições livres, mas  fraudadas com beneplácito do Judiciário, que as  Forças Armadas sairam do armário, assumiram seu protagonismos no golpe, passando a dirigir as ações, até segunda ordem (o gneral do STF) a Suprema Corte deve deixar de atuar na política, com viés partidário. Agora, é tentar cozinhar o galo até 2022, quanto será tentado eleger o terceiro presidente do golpe de 2016. É só a oposição continuar considerando possível chegar ao poder, a Pressidência, através de eleição, sem antes desestruturar , implodir o castelo golpista com a participalão do povo.

  3. É hora…

    … de o Judiciário se despolitizar e cumprir o seu papel. Começando pelo respeito incondicional aos preceitos constitucionais, sobretudo por parte do Supremo Tribunal. Quando isso vai começar, ministro?

  4. “Mission accomplished!”: justiça e democracia avacalhadas

    Uma história em 6 atos:

    A campanha oposisionista-legislativo-midiática do mensalão®

    A campanha jurídico-midiática da AP-470

    A campanha fascipopular-midiática de 2013

    A campanha policial-jurídica-midiática da lava-jato

    A campanha legislativo-midiática do impeachment

    A campanha eleitoral rede-fake-TSE-empresarial-midiática da inacreditável eleição de Bozo

    Em comum, além das “ordens superiores” (vide mapa mundi), o que temos?

  5. Ao dizer que o judidiário

    Ao dizer que o judidiário precisa se recolher da politcia, ele reconhece que até agora o que o jucidiário fez foi política. Estamos deixando a área do sadismo e adeentrando a áreo do cinismo jurídico. Ou então vejamos: o presidente da suprema corte o país reconhece ao protagonismo político da justiça, mas não reconhece os erros(estes tão cobrados do Pt) cometidos. Quais? impedimento presidencial sem crime de responsabilidade  (propositalmente esquecido por a. morais), gravações da presidente e do ex-presidente feitas e divulgadas à revelia da lei (como punição o autor é elevado a ministro da justiça do atual governo), manobras descaradas da pauta do supremo para não só impedir um candidato favorito de concorrer, como para mantê-lo preso… e paremos pora aqui, senão teremos que ter um mês para escrever tantas barberagens jurídicas. Já disse antes, quando um dos representanes da lei e da justiça chegar ao poder, a mídia e o judiciário exigirão a cumprimento da lei.Cinismo pouco é bobagem. E ainda pagamos horrores pra estes caras de toga posarem de heróis. Apesar do autor da frase, tenho que reconhecer DEUS TENHA PIEDADE DESTA NAÇÃO!!

  6. Nas entrelinhas…

    “Depois de darmos um golpe de Estado, rasgarmos a constituição e cometermos uma série de crimes, podemos relaxar e gozar do governo fascista que empossamos junto com os militares”.

  7. Uma das melhores….

    Piadas do ano até aqui………

    Cabe ao Supremo, agora, “voltar a seu papel tradicional —garantir os direitos individuais e coletivos.

    Agora chefia?Depois de fazer todas as merdas possiveis e imaginaveis?Cara de pau não tem limite….

    Proponho um teste:Anulem o aumento de salario da juizada, e vamos ver como vai ser o tal “recolhimento”.

     

  8. herói de fancaria

    A paquinha ca#%#-se de medo, olhou na esplanada confundiu um velho fusquinha com jipe, os verdes alfaces da carga como soldado e cabo, redigiu o testamento: este na hora de etc., já está nos livros de historia!

  9. muito me impressiona…

    a criatividade linguística dos traidores do povo

     

    porque tomar de um da paz e devolver para outro da guerra, não é se recolher, é se encagaçar

  10. Sr Tóffoli e demais…

    Membros do STF. O que eu gostaria mesmo de saber é quem dá as ordens nesta tão “cara” instituição. Pode ser , ou está difícil ?

     

  11. toffoli é o supremo cara de

    toffoli é o supremo cara de pau…

    ajuda a dar o golpe e ainda

    segura a barra-cagadas-infamias  dos golpístas….

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