PF faz uma campanha de massacre midiático, responde Lula

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A assessoria do ex-presidente Lula disse, nesta quarta (5), que a Polícia Federal não promove investigações sérias contra ele, mas sim uma campanha midiática com o intuito de destruir a imagem do político mais popular do país.

A avaliação do petista é uma resposta à reportagem da revista Época informando que a PF indiciou Lula por corrupção no caso em que seu sobrinho postiço teria recebido propina da Odebrecht em contratos por obras em Angola. A defesa argumentou que vazar essa informação para a imprensa  – duas horas após a Lava Jato anunciar investigação no governo FHC – é uma prova de que a PF não quer uma apuração isenta e correta, mas um espetáculo e julgamento pela mídia.

Abaixo, a nota na íntegra.

“O ex-presidente Lula tem sua vida investigada há 40 anos, teve todas as suas contas e de seus familiares devassadas, seu sigilo bancário, fiscal e telefônico quebrado e não foi encontrada nenhuma irregularidade. Lula não ocupa mais nenhum cargo público desde 1º de janeiro de 2011, e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois de ocupar dois mandatos eleitos como presidente da República. A defesa do ex-presidente irá analisar o documento da Polícia Federal, vazado para a imprensa e divulgado com sensacionalismo antes do acesso da defesa, porque essa prática deixa claro que não são processos sérios de investigação, e sim uma campanha de massacre midiático para produzir manchetes na imprensa e tentar destruir a imagem do ex-presidente mais popular da história do país.”

Leia mais: Lula é indiciado 2 horas após Lava Jato chegar ao governo FHC

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

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  1. Mesmo assim Lula têm a preferência de 1/3 do eleitorado.

    O gangsterismo da PF, da FT da Fraude a Jato em geral, já atingiu o ponto de saturação em relação a Lula. Se fossem mais inteligentes e menos nazifascistóides, os integrantes da ORCRIM da Frude a Jato já teriam tomado simancol, e percebido que está clara e cristalina, para  amioria dos brasileiros com mais de dois neurônios, a atuação político-partidária e persecutória apenas contra um partido, o PT, contra o maior líder desse partido, Lula, e contra a Esquerda Política Brasileira em geral. A cada vazamento que prova o conluio criminoso entre a ORCRIM da Fraude a Jato (PF, MP e PJ) e a ORCRIM midiática (PIG/PPV), a credibilidade da PF, do MP, do PJ e do PIG/PPV mergulha cada vez mais em fétida e sulfurosa lama.

    Mesmo que Lula venha a ser condenado e preso, o PT e a Esquerda sobreviverão. E ao contrário do que pensam as ORCRIMs judiciária e midiática citadas, o encarceramento de Lula pode ter efeito oposto ao que prevê e deseja a direita golpista, oligárquica, plutocrática, escravocrata, cleptocrata, privatista e entreguista.

    O dilema da direita golpista, oligárquica, plutocrática, escravocrata, cleptocrata, privatista e entreguista e das ORCRIMs judiciária e midiática que a apoiam é o seguinte:

    Como é que um sujeito massacrado durante mais de uma década, líder de um partido também massacrado e dizimado durante esse mesmo período, ainda figura como o preferido nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2018?

    Outra questão que deixa de cabelos em pé os direitas golpistas e nazifascistóides:

    Será que algum dos nossos líderes resistiria a metade do massacre que impigingimos ao Lula?

  2. Enquanto isso notórios

    Enquanto isso notórios ladravazes continuam soltos, lépidos e fagueiros por aí. Só um rematado idiota, burro,acéfalo, ou, como diria meu finado avô, um supimpa “Fio duma Égua”, pode olvidar ou negar essa infame perseguição contra Lula. 

    Longe de mim inocentar quem quer que seja a priori. Entretanto, mais longe de mim ainda aceitar sanhas persecutórias contra quem quer que seja. O indiciamento, merce,como a própria palavra indica, ser a fase inicial de um inquérito, no qual somente indícios podem ampará-lo, não pode ficar ao alvitre de meras ilações e deduções como o é o caso.

    O que se constata é a utilização de instrumentos legais de forma inapropriada para coagir, humilhar e expor a imagem de um homem público. Como sabem ser difícil a condenação ficará pelo menos esse gosto. 

    Isso explica muito o porquê do dito eleitorado de periferia ter abandonado o PT. Como resistir a essa massacre diário e diuturno há tanto tempo? Foi assim que Goebbels conseguiu encarnar nos alemães o ódio extremo aos judeus. 

  3. A Gestapo Brasileira

    A Polícia Federal era uma instituição que embora tivesse baixo índide de produtividade, haja vista o tráfico de drogas e armas que se alastrou vorazmente pelo Brasil, gozava de um certa popularidade, talvez  até imerecida.

    Hoje, claramente demonstra ser uma polícia partidária, afeita a holofotes midiáticos. A quantidade de armamentos utilizados para prender empresários e políticos é desproporcional à operação. Chega a ser risível. Pois nunca vi a Policia Federal utilizar do mesmo aparelhamento para subir aos morros cariocas para prender traficantes e apreender armas de guerra com as quais os deliquentes desfilam sem receber nenhum tipo de represália policial.
     

    1. …”nunca vi a Policia

      …”nunca vi a Policia Federal utilizar do mesmo aparelhamento para subir aos morros cariocas para prender traficantes e apreender armas de guerra com as quais os delinquentes desfilam sem receber nenhum tipo de represália policial.”

      Alvo Araújo, me desculpe. Não seja ingênuo. Nos morros, não temos traficantes de verdade. Ali, mourejam pequenos retalhistas. Pequenos empresários do pó. Aquelas espingardas de guerra, não são fabricadas ali, nos morros. Não me diga que vosmecê acredita nas lorotas do “divisionismo*” da nossa valorosa imprensa marrom, digo, “livre”.

      Os grandes traficantes de verdade, não são otários para ganhar montanhas de grana, e ao cabo, viverem arriscando a vida nas ruelas enladeiradas das favelas. Num tá vendo que não pode?  Se desejar, encontrará abundância de bandidos de colarinhos brancos, nos bairros da alta classe média, em resorts, etc. Os grandes importadores, via de regra, detestam pobres. Não cumprimentam pobres, pretos, putas, nem petistas. Jamais sobem o morro. Não andam à pé  nem carregam embrulho.

      Os homi de colarinhos brancos transportam suas mercadorias de helipópteros. Pousam suas “libélulas” abarrotadas de pasta base de cocaína em hotéis de luxo, onde mandam prepostos fardados recepcionarem sua valiosa muamba em segurança. Enquanto isso, aguardam  nas mansões construídas em áreas de preservação ambiental, esperando a chegada da criadagem pra prestação de contas. Outros preferem utilizar aeroportos construídos com dinheiro público em fazendas da própria família. Livres do faro dos perdigueiros da imprensa amiga.

      Orlando
       

       * O divisionismo não apenas como técnica pictórica, que separa as cores em pequenos pontos ou pinceladas de cor pura.  Cuja aplicação destes pontos na tela, leva a que seja o observador a misturar visualmente as cores e, assim, a “construir” a pintura.

      Os jornaleiros, digo, jornalistas perdigueiros empregados do oligopólio, globo, veja, band, etc…usam também em suas matérias encomendadas, técnica similar, muito parecida ao embaralhar tudo. Daí assistirmos tantos incautos, outros, açodados e desatentos, comem gato, crentes que estão comendo lebre.

  4. Presidente, vai embora do

    Presidente, vai embora do país. Suas qualidades humanitárias o qualificam para trabalhar em qualquer agência ou instituição de combate a fome, a desigualdade e a miséria no mundo. O Brasil de hoje não esta a altura do senhor. Acredite presidente: a hora que o senhor for preso haverá comemoração no Brasil inteiro.

    E como o senhor gosta de contar histórias vou te contar algumas histórias. Começo com a que se passou comigo na semana passada. Eu tenho uma micro empresa de peças de vassoura. Estava esperando para carregar uma  carga de plástico reclicado em Jaú e o motorista que chegou e também tinha que esperar, puxou conversa:

    – As coisas estão ruim, não?

    – Estão e vão ficar piores porque o governo que está aí vai reduzir salários e consequentemente reduzir o consumo, respondi. Fora o descaso com que esta sendo tratado a questão do desemprego.

    – O Lula acabou com o Brasil, ele retrucou

    – Não, eu disse. O Lula projetou o Brasil,  aumentou os salários consequentemente expandindo o consumo e permitindo que empresas como a minha crescessem.

    – Como? O Lula é um ladrão, ele respondeu. E você nem tente defender o Lula perto da polícia porque vai presa porque é corrupta como ele. E quer saber, eu vou sair daqui porque não converso com pessoas do seu tipo.

    Agora vou relatar as outras conversas que tive sobre o senhor. Essas fora do país. No ano passado eu estive na Argentina e no saguão de um hotel em El Calafate entrei em conversa com um grupo de argentinos de classe média. Todos, presidente, todos eles manifestaram admiração pelo excepcional presidente que o senhor foi e que segundo eles, colocou o Brasil em condição muito superior a Argentina e como um dos grandes países do mundo.

    Outros episódios ocorreram em março passado quando eu estava na Itália e o senhor foi preso. Diversas pessoas com quem eu cruzei me perguntaram o que estava acontecendo no Brasil. Eles não foram envenenados pela mídia brasileira e não conseguiam entender como se prendia, a troco de nada, um líder como o senhor. Isso aconteceu com três estrangeiros: um catalão na estação de Pompéia, uma dona de casa residente numa aldeiazinha chamada Casaleto Spartano, que fica no meio dos Apeninos, onde eu estive visitando conhecidos. O outro episódio eu não participei, só assisti num café de Siena. Acredite que  eu vi um italiano perguntando o que estava acontecendo com um líder como o senhor enquanto um brasileiro que o chamava de bandido.

    O Darcy Ribeiro dizia, presidente Lula,  que suas derrotas na vida; onde se incluiam a salvação dos indios brasileiros, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária; eram suas vitórias. “Horrivel, dizia Darcy, seria ter ficado ao lado dos que me venceram nessas batalhas”.

    Momentaneamente o senhor está sendo vencido,  mas a guerra o senhor já ganhou. A guerra da história, a guerra dos que não cometem o pecado  moderno da  indiferença com a fome, a doença e exploração humana, como recentemente se referiu o Papa Francisco. E é por isso, presidente, que o senhor tem que trabalhar também para outros povos que o reconhecem como o ser humano excepcional que o senhor é.

    Uma boa parte dos brasileiros agem atualmente como no mito grego de Prometeu. No mito, Prometeu rouba a luz de Zeus para entregar aos  homens e este o acorrenta e o condena a ter o fígado bicado por uma águia todos os dias.   Prometeu era um gigante e via lá em baixo o povo festejando,  indiferente ao seu sofrimento.  Mas aquilo não durou para sempre. O herói Hercules veio e o libertou.

    Não se deixe acorrentar pelos que o perseguem agora, presidente. Talvez o senhor seja mais útil ao Brasil lá fora do que neste país que momentaneamente foi tomado por homens públicos que tem a altura dos humanos do mito de Prometeu.

     

     

    1. Parabéns !

      Parabéns, belas palavras, o Brasil de hoje não está a altura de Lula. Deveriamos já fazer uma campanha para que algum cineasta estrangeiro de renome fizesse um documentário sobre a perseguição que Lula sofre aqui, a Lava Jato viraria piada internacional; a campanha para o Brasil siar do ódio talvez seja de fora para dentro.

  5. Luta política

    Lula, que tal você adotar uma postura mais política diante dessa perseguição política? Acho que se inspirar nas atitudes de outros perseguidos políticos mundo a fora seria um bom começo. Exemplos é que não faltam.

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