PF tem indícios de que coronel Lima era arrecadador de Temer

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Fotos: Jefferson Coppola e Antonio Cruz/ABr

Jornal GGN – Se para o presidente Michel Temer o coronel aposentado João Baptista Lima Filho era apenas um amigo próximo que “auxiliava” em campanhas eleitorais, para os investigadores ele era o arrecadador de propinas de Temer.
 
Após o empresário Gonçalo Torrealba, do grupo Libra, admitir que o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo arrecadava montantes para as campanhas eleitorais do emedebista, ainda quando disputava um cargo na Câmara dos Deputados, há mais de 10 anos, a Polícia Federal encontra mais indícios da relação.
 
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, a PF encontrou planilhas que comprovariam a acusação de um executivo da Engevix, em proposta de delação, de que pagou R$ 1 milhão ao coronel, por meio de um contrato fictício da Alúmi com a PDA Projetos.
 
Um dos documentos, datado de abril de 2017, mostra o repasse de R$ 20,6 milhões em contas da PDA Administração e Participação. A empresa, segundo a reportagem, tem registro de sede ao lado da Argeplan na Vila Madalena, empresa de Lima e dona de vários contratos milionários com o setor público.
 
Para os investigadores, o decreto do setor portuário assinado por Michel Temer em maio de 2017 envolveu pagamento de propina de empresas que teriam sido favorecidas, como a Rodrimar e a Lira, por meio do militar aposentado. 
 
O coronel chegou a ficar preso alguns dias em uma operação da PF em março deste ano. A tese da PF inclui, ainda, que Temer teria lavado esse dinheiro por meio de investimentos imobiiários e a reforma na casa de familiares, como de sua sogra e de sua filha, Maristela Temer.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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