PGR ouve Youssef sobre irregularidades na campanha de Richa

Jornal GGN – O doleiro Alberto Yousseff, delator da Operação Lava Jato, foi ouvido na última quinta-feira pela Procuradoria Geral da República sobre a relação do governador paranaense, Beto Richa, com o suposto esquema de desvios no Paraná.

O Ministério Público investiga a ligação entre fraudes na Receita do Estado, dentro da Operação Publicano, e a campanha à reeleição do governador Beto Richa em 2014. Luiz Antônio de Souza, auditor fiscal suspeito de integrar o esquema, afirmou em delação que arrecadou até R$ 2 milhões para a reeleição de Richa no ano passado, via caixa 2.

Enviado por Cri Kelvin

Da Gazeta do Povo

Procuradoria ouve Youssef da Lava Jato sobre irregularidades na campanha de Beto Richa
 
O Ministério Público investiga a ligação entre fraudes na Receita do Estado, dentro da Operação Publicano, e a campanha à reeleição do governador Beto Richa em 2014

 
O doleiro Alberto Youssef, pivô do escândalo da Petrobras preso desde março de 2014 pela Operação Lava Jato, foi ouvido na manhã desta quinta-feira, 9, pela Procuradoria Geral da República sobre o suposto esquema de desvios no Paraná que podem ter relação com o governador do Estado, Beto Richa (PSDB).

Youssef é ouvido por representante da PGR, em Curitiba, onde está preso. Há duas semanas o doleiro, acusado de operar a lavanderia de dinheiro do PP no esquema de corrupção na Petrobras, foi sondado por promotores de Justiça do Estado e por equipes federais para saber se ele poderia colaborar com informações sobre o escândalo de desvios no Paraná.

O Ministério Público investiga a ligação entre fraudes na Receita do Estado, dentro da Operação Publicano, e a campanha à reeleição do governador Beto Richa em 2014. Auditor fiscal suspeito de integrar o esquema que atuava no fisco paranaense, Luiz Antônio de Souza afirmou em delação premiada que ele e seus colegas arrecadaram até R$ 2 milhões para a reeleição do tucano no ano passado, via caixa 2.

Segundo o delator, os auditores que atuavam na Receita de Londrina, cidade do norte do Paraná, reduziam ou anulavam as dívidas tributárias de empresas em troca das contribuições. Ainda segundo o depoimento de Souza, um ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita coordenava o esquema sob as ordens do empresário Luiz Abi Antoun, primo de Richa e figura influente na gestão tucana.

Abi Antou foi preso na segunda fase da Operação Publicano. Por meio de seu advogado, Antônio Carlos Coelho Mendes, ele tem negado.

No mês passado, o ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), havia negado pedido do governador para levar à Corte Superior um caso em tramitação na Justiça Federal em Londrina e que supostamente pode envolver o tucano.

A defesa de Richa pediu suspensão das investigações na Justiça do Paraná, argumentando que o caso seria de competência do STJ, instância na qual governadores têm prerrogativa de foro, de acordo com a Constituição Federal. O caso Publicano corre na 3ª Vara Criminal de Londrina, com investigações iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual do Paraná. A defesa de Youssef não foi localizada para comentar o caso.

O governo do Paraná informou que apoia as investigações. Desde que a delação de Luiz Antônio de Souza foi divulgada, o governador Beto Richa tem negado reiteradamente qualquer irregularidade.

Na ocasião, a direção estadual do PSDB emitiu uma nota oficial na qual afirmou que “refuta de forma veemente as declarações do sr. Luiz Antonio de Souza”. “O partido ressalta ainda que todas as doações para a campanha do governador Beto Richa ocorreram dentro da legalidade e foram realizadas voluntariamente, sendo registradas e atestadas pelo Comitê Financeiro. As contas foram apresentadas e aprovadas integralmente pela Justiça Eleitoral”, afirmava a nota.

 

Redação

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Como assim?

    Yousseff virou consultor?

    Logo, logo ele terá um programa na globo. Só falta definir o estilo: Jô ou ana maria.

    Ou é o país da piada pronta. Ou é uma triste realidade.

     

  2. mas será que ele vai colaborar??

    se ele falar, teremos muitos tucanos abatidos em pleno vôo. não sei qual razão o mouro não aperta o falcatrua para falar dos tucanos.não entendo como pode uma coisa dessas na mente do juizinho. em que as empreiteiras roubam de toda forma a petrobrás, mas tratem os contratos do trensalão, metro de salvador e outras como perfeitamente legais.

  3. Cobertura da mídia corporativa sobre o Richagate.

    No PIG, caso haja alguma cobertura será assim: “fulano de tal, executivo da empresa tal, será investigado por irregularidades em doações eleitorais. Também é investigado o PT, o seu tesoureiro, o José Dirceu, condenado pelo STF no processo do “mensalão” e o cachorro de estimação da filha do José Genoíno, suspeito de ser “laranja” do petista condenado no processo do “mensalão”. Respondendo de forma indignada aos que ligam sua amizade com fulano de tal ao escândalo, o governador Beto Richa, com o apoio de toda a cúpula do PSDB, negou que tenha cometido qualquer irregularidade.”

  4. Houve tambem um trelele em sp

    Houve tambem um trelele em sp com o icms, está passando batido, incrivel que não teve nenhuma ´prisão espetacular nem no pr nem em sp, mas com certeza devem estar preparando algo para o dia 16 de agosto para incendiar ainda mais os coxinhas, se fosse parlamentar do PT já estaria metendo a boca no mundo e colocando o guizo no pescoço do gato, agora se ficarem quietos vão ver outra espetacular prisão de algum figurão petista numa dessas sextas feiras monotonas, tudo pelo republicanismo, claro.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador