Assembleia Legislativa de Minas abastece helicóptero de Perrella

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O helicóptero que transportou 445kg de cocaína é abastecido pela Assembleia Legislativa de Minas. O deputado Gustavo Perrella (SDD) gastou R$ 14.071 com querosene para avião, entre janeiro e outubro deste ano, segundo dados do relatório do Portal da Transparência do Legislativo. Além disso, a Assembléia também custeava R$ 1.700 de salário para o piloto Rogério Almeida, desde abril.

O piloto e copiloto do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG) continuam presos. Enquanto isso, os dois e o próprio deputado afirmam desconhecer que transportavam a droga. O helicóptero, que pertence à família do senador Zezé Perrella (PDT-MG), foi apreendido, no domingo (24), pela Polícia Militar, em uma fazenda no interior do Espírito Santo. A PF (Polícia Federal) investiga o caso.

Na segunda-feira (25), o deputado negou envolvimento e disse que o piloto, Rogério Antunes, usou sem autorização a aeronave, demitindo-o e denunciando-o por furto. Mesmo informando que não tinha conhecimento sobre a cocaína, Perrella declarou que usava verba indenizatória para abastecer a aeronave Robinson R-66 e reconheceu que usa o helicóptero para deslocamentos pessoais da sua empresa, a Limeira Agropecuária.

Nos próximos dias, o filho do senador será intimado a depor na Polícia Federal. Sua irmã, Carolina Perrella, e seu primo, André Almeida Costa, também prestarão depoimento. Os dois são sócios, ao lado do deputado, da empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda, proprietária do helicóptero.

O advogado de Gustavo Perrella, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que o deputado “julgou que a aeronave terminaria a vistoria [no final de semana], e, na segunda, ele faria uma viagem para São Paulo para levar alguém”.

Já o advogado do piloto, Nicácio Tiradentes, contou que Rogério Antunes não sabia que transportava drogas, pensando que eram insumos agrícolas e que havia pedido autorização ao deputado para fazer o frete. O copiloto, segundo seu advogado Alexandre de Oliveira, acreditava que eram “muambas”.

Com informações do Uol, Folha de S. Paulo e O Tempo

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. Solidariedade

    Agora que eu quero ver a “solidariedade” marinista com o deputado poeirento.  Tá vendo Dudu, onde amarraste seu cavalo?  Será que este monte de pó tem certificado “verde”?

  2. Circula na internet foto de

    Circula na internet foto de Perella, Alckimin e Aécio, todos sorridentes. 

    O PT é favorável ao financiamento público de campanha. O PSDB procura uma alternativa cocaínica para financiar presidência de Aécio Neves?

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