Portugal confirma extradição de Raul Schmidt para o Brasil

Preso na primeira fase internacional da Lava Jato, brasileiro é investigado pelo pagamento de propinas a Duque, Zelada e Cerveró
 
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(Reprodução imagem de vídeo)
 
Jornal GGN – Foram esgotados todos os recursos de Raul Schmidt Felippe Junior na Justiça de Portugal para não ser extraditado ao Brasil. O operador financeiro foi preso em março de 2016, em seu apartamento, em Lisboa, na primeira fase internacional da Lava Jato. 
 
Para não ser extraditado, sua defesa entrou com pedido no Tribunal da Relação de Lisboa que decidiu pela extradição do Schmidt. Os advogados recorreram ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de Portugal que, em setembro de 2017, confirmou integralmente a sentença. Em seguida a defesa ajuizou uma reclamação no STJ que novamente indeferiu o pedido.
 
Schmidt ainda recorreu ao Tribunal Constitucional de Portugal que, por decisão sumária em novembro de 2017, manteve a pena. A defesa ajuizou reclamação na mesma Corte, mas no dia 9, o pedido foi indeferido. Por fim, o caso chegou ao Tribunal da Relação de Lisboa, que determinou a execução.
 
Segundo informações da Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (PGR) o Ministério da Justiça de Portugal também autorizou a extradição, o que significa que se houver dificuldades para encontrar o brasileiro, o país poderá realizar a emissão de mandado europeu de detenção. 
 
O operador financeiro é investigado pelo pagamento de propinas para agentes públicos da Petrobras, entre eles os ex-diretores Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada. Schmidt foi considerado foragido a partir de julho de 2015, até que as autoridades conseguiram prendê-lo em março de 2016. 
 
Antes de ir para Lisboa, Schmidt viveu em Londres onde gerenciava uma galeria de artes. A mudança se deu após o início da Lava Jato, por conta da sua dupla nacionalidade. A justiça portuguesa concordou com o julgamento na condição de que lhe fossem imputados apenas os atos praticados antes da obtenção da nova nacionalidade, em dezembro de 2011. 
 
*Com informações do Estado de S.Paulo 
Redação

2 Comentários

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  1. A justiça portuguesa não está

    A justiça portuguesa não está ciente de que ela está entregando Schmidt para criminosos ao invés de outro órgão judicial soberano?

  2. Salazarismo

    A justiça prtuguesa está ainda sob o dominio de Salazar.

    Se o tal Schmidt trabalhava para a Odebrecht, com certeza era bandido ou inocente útil, mas a decisão da justiça portuguesa envia um cidadão com cidadania portuguesa para Auschwitz e faz cara de dever cumprido.

    Todo mundo sabe que em Auschwitz 13, todo mundo é bem tratado, a não ser que não assine o que vier pronto.

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