Presidente da Andrade Gutierrez diz que operador do PMDB pediu doação oficial

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, preso na semana passada na 14ª fase da Operação Lava Jato, disse no último dia 19 que sua empresa não participou de formação de cartel para vencer licitações de obras da Petrobras. Segundo o depoimento publicado pelo Estadão, Azevedo admitiu que foi procurado por Fernando Baiano, considerado operador do PMDB no esquema de caixa 2 com recursos da estatal, e que este lhe solicitou doações oficiais para o partido, o que teria sido “rechaçado”. O executivo afirmou que mateve “relações institucionais” com caciques do PMDB como Michel Temer e Eduardo Cunha, e negou qualquer irregularidade.

Operador do PMDB pediu doação, segundo presidente da Andrade Gutierrez

Do Estadão

O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo – preso na 14ª etapa da Lava Jato na última sexta-feira, 19 -, admitiu à força-tarefa da Operação Lava Jato ter sido procurado por Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, para que a empreiteira fizesse doações de campanha ao PMDB.

Esse depoimento do empreiteiro foi dado à Polícia Federal no dia 19 de maio. Fernando Baiano também está preso e já é réu em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é apontado como operador do PMDB na Petrobrás.

“Que Fernando Baiano, em uma oportunidade, abordou o declarante, solicitando doação oficial de campanha, possivelmente para o PMDB, o que foi prontamente rechaçado, haja vista que já existia um critério pré estabelecido de doação para o diretório nacional sem a existência de intermediários”, afirmou o executivo.

Ao ser questionado pela força-tarefa da Lava Jato, Otávio Marques de Azevedo declarou que manteve “relação institucional” com pelo menos seis políticos do PMDB, incluindo o vice-presidente da República Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ). “Que conheceu e teve relação institucional com os seguintes políticos do PMDB: Michel Temer, Eliseu Padilha (ministro da Aviação Civil), Eduardo Cunha, Eduardo Paes (prefeito do Rio), Sergio Cabral (ex-governador do Rio e alvo de inquérito na Lava Jato), Aloisio Vasconcelos, dentre outros”.

O executivo, contudo, não deu mais detalhes sobre o relacionamento institucional que manteve com estes políticos, e negou que a Andrade Gutierrez tenha participado do esquema de cartel em obras da Petrobrás. “Que prova de não ser beneficiado pelo alegado cartel é o fato de, apesar de ser a segunda maior empreiteira do País, a Andrade Gutierrez ficou na 12ª posição na participação de contratos com a estatal”, afirmou o executivo.

Mesmo negando envolvimento com as irregularidades apontadas nas investigações, Azevedo explicou que foi apresentado a Fernando Baiano por volta de 2009 ou 2010 pela equipe da área industrial da Andrade Gutierrez (que posteriormente passou a ser chamada área de Óleo e Gás). Segundo Azevedo, Baiano esteve cinco vezes em seu escritório, sendo quatro vezes para tratar de propostas de “parcerias para obras de infraestrutura”, incluindo estudos para o túnel Santos-Guarujá, projeto do governo do Estado de São Paulo, há 20 anos sob comando do PSDB, e até obras em outros países como a ampliação do canal do Panamá. Na ocasião, segundo Azevedo, Baiano representava a empresa Acciona, que atua em projetos de água, Energia e infraestrutura. Nenhuma das propostas discutidas entre Baiano e Azevedo foi adiante.

Além disso, explicou o empresário, Baiano também foi ao seu escritório em uma ocasião para negociar a compra de uma lancha que Azevedo colocou para vender em 2012 e que foi adquirida por Baiano por R$ 1,5 milhão. O executivo, contudo, negou que tinha uma relação de proximidade com o operador de propinas.

Azevedo também relatou aos investigadores ter se encontrado com o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa por volta de 2009 ou 2010 na sede da Petrobrás para “retomar a participação da Andrade Gutierrez no rol de contratos que a Petrobrás celebrava com as grandes construtoras nacionais”.

Ele alegou ter tomado a iniciativa após constatar que a empreiteira representava apenas 2,4% dos contratos da Petrobrás e afirmou que manteve outros encontros com o ex-diretor, preso na Lava Jato e que revelou o que sbe sobre o esquema de propinas na estatal para abastecer partidos políticos em troca de benefícios como redução de sua pena.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

25 Comentários

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  1. O Estadão traz a notícia que

    O Estadão traz a notícia que sem dúvida é a mais importante do ano –

    Moro e sua equipe vão aos Estados Unidos pedir que os órgãos de espionagem americanos façam (ou continuem a fazer) uma espionagem em regra na Odebrecht, já que ele não consegue com seus procuradores e policiais encontrar nenhuma prova para condenar aquela que é a maior de todas as empresas brasileiras, orgulho da engenharia nacional. Para a causa política de Moro, para sua ideologia, a soberania nacional fica sendo coisinha de somenos importância. Ou então isto está a  acontecer porque ele já considera o Brasil como uma colônia oficial dos EUA e apenas está apelando para a ajuda de instituições de grau hierárquico maior, já que na província ele se declara, com seu gesto, ser incapaz de investigar o que ele tem certeza de que existe e está oculto. Como ele tem tanta certeza? Será que  não foram os próprios americanos que antes, lá nos inícios deste pesadelo jurídico-ditatorial já lhe haviam dado certas pistas que construiram sua inabalável certeza? E agora ele vai apenas pedir que os americanos aprofundem mais aquelas pistas já dadas? Evidente que esta situação inédita na História do Brasil transfere subitamente a Lava Jato para a esfera da Defesa, já que se torna assim assunto de segurança nacional e diz respeito à guarda da nossa soberania. Será que um aval da justiça brasileira será dado também para a invasão de nossos segredos militares mais bem guardados? A Odebrecht, como se sabe, está construindo com a Marinha nosso primeiro submarino atômico. Que mais fará o senhor Moro? Vai pedir aos americanos que investiguem a própria Marinha de Guerra do Brasil?

    1. Deixa de ser mentiroso

      O juiz Moro não tem nada a ver com isso.

      Quem vai pedir a colaboração de órgãoa americanos é o Miniatério Público.

      Mas quer dizer então, que quando o Ministério Público da Suíça ou da Holanda pedem ajuda ao MP brasileiro para investigar as suas empresas por aqui, já que óbviamente eles não tem jurisdição para isso, estão renegando sua soberania.

      Benza Deus !

      Há tratados internacionais de colaboração mútua entre os ministérios públicos.

      1. Pois não, amizade. Não seja

        Pois não, amizade. Não seja por isso. Gente do Ministério Público vai viajar também, como integrantes da comitiva comandada pelo Doutor Moro. E delegados de polícia, que também compõem a República do Paraná, talvez também irão à sua matriz imperial. Vai negar você que o comandante de toda a operação Lava Jato não é o Doutor Moro? Não é ele, é o tal ministério público? Deixa de ser mentiroso você, indivíduo deletério que opera nos sites contra o nosso país.Você põe a sua mão no fogo sobre que a viagem de Moro não esteja ligada ao caso Lava Jato, embora disfarçada de viagem de férias? E que eles todos de Curitiba lá vão pedir a bênção e a ajudinha, “pelo amor da justiça”, para investigar este “antro de monstruosidades morais” que seria para eles a Odebrecht? Esta “falsa empresa que é na verdade um conluio de bandidos que só fazem na vida roubar e que nunca fizeram nada de bom ou de útiil para o país a não ser ameaçar a pureza da dignidade nacional sem dar nada de positivo em troca”, como gritariam agora as redes sociais de propaganda fascista? Pois é isso que a falsa obsessão  de Moro faz pensar que seja. Falsa obsessão porque não dá para acreditar que o Moro seja doido. Ele, ao que tudo indica, é apenas um razoável cumpridor de suas terríveis missões.

      2. O que você falou é perfeito –

        O que você falou é perfeito – “Mas quer dizer então, que quando o Ministério Público da Suíça ou da Holanda pedem ajuda ao MP brasileiro para investigar as suas empresas por aqui, já que óbviamente eles não tem jurisdição para isso, estão renegando sua soberania.”. Mas com isto você está tentando borrar a questão.E mais do que claro que o que vão buscar não é que a Odebrecht seja investigada lá, apenas em território dos EUA, para dirimir alguma dúvida que reste à República do Paraná sobre seu desempenho naquele país. Isso seria dar um belo tiro na água. O que falaram à imprensa foi que lá  vão à procura do auxílio de alta competência na apuração de corrupção (Pudera. Superespionagem global exige supertecnologia e supercompetência) para investigar a Odebrecht. Onde? Pelo mundo inteiro, é claro, inclusive no Brasil.

        1. Pelamordedeus sujeito

          Você não se informa e fica escrevendo besteira.

          A cooperação será no nível de informações de transações de empresas off-shore utilizadas pela Odebrecht para pagar as propinas.

          Se os caras já podem ter todas as informações, todo rastreamente, porque diabos o MP brasileiro vai gastar tempo e dinheiro fazendo tudo de novo.

          A isso se dá o nome de colaboração. 

          Benza Deus !

          1. Seà lavagem cerebral de uma

            Seà lavagem cerebral de uma mídia americcanófila.rá no nivel de quê? Você está se fazendo de ingênuo? Assim não dá para discutir, meu chapa. E sujeito é você. 

    1. Seria melhor que fosse,

      mas muito pior que isso ele decretou prisões ilegais, por prazo indeterminado, ou até que digam o que a Globo, a Vesga e o Estragão querem ouvir. 

  2. “Além disso, explicou o

    “Além disso, explicou o empresário, Baiano também foi ao seu escritório em uma ocasião para negociar a compra de uma lancha que Azevedo colocou para vender em 2012 e que foi adquirida por Baiano por R$ 1,5 milhão. O executivo, contudo, negou que tinha uma relação de proximidade com o operador de propinas”:

    “Executivo” e “empresario” sao a mesma pessoa?!  So duas sentencas e 5 “sujeitos”, empresario, Bahiano, Azevedo, executivo, e operador de propinas!  Nao da pra parsear uma coisa dessas!

  3. Depende de quem é o réu: Amigo ou Inimigo?

    Problema não são ‘pedaladas’, mas quem ocupa o cargo quando as usa

     
    Agora ficou mais interessante. As prisões dos presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez conferem uma melhor dimensão do apodrecimento do “pacto” que há séculos emperra o crescimento do Brasil.

    Registre-se, a propósito, que a operação seguiu o roteiro agente 86 tão a gosto do juiz Sérgio Moro. Na exposição de motivos para encarcerar os milionários, pode-se ler frases como “não é possível afirmar, nem afastar” a possibilidade de que terceiros podem ter pago algo “que se constitui em pagamento de propinas”. Alega, ainda, por antecipação, a possibilidade de delitos numa licitação que nem sequer aconteceu!

    A mesma peça (no sentido amplo) faz referência a um email supostamente enviado ao presidente da Odebrecht. Não há notícia da resposta; em Londrina isso não faz diferença. Imagine a situação: um sujeito entra numa lan house, monta um perfil num portal qualquer e passa a disparar mensagens. Por exemplo: “Caro Sérgio, tudo acertado. Os pés de alface combinados serão entregues em breve. São tenros e verdes do jeito que você queria. Sempre na caixa, como encomendado. Não se preocupe que a plantação é grande. Lembranças ao Beto pelo bom trabalho.”

    O email acima é fictício. Até por isso inexiste reply do destinatário. Mas vaza propositalmente. Um investigador astuto da turma de intocáveis poderia dizer: Bingo! Sérgio é o juiz Moro, alfaces são dólares, o pagamento é em cash e há muito mais em estoque. Beto, claro, é aquele famoso doleiro premiado. Caso resolvido. Só falta mandar prender alguém.

    Isso quer dizer que o pessoal do cimento é inocente? Jamais. Mostra apenas que a Justiça pode ser manipulada ao sabor do momento, como arma política em vez de instrumento de apuração da verdade.

    Mais importante. As sucessivas acusações de envolvimento da plutocracia com o Estado expõem uma relação secular; variam os protagonistas. Marcelo Odebrecht, por exemplo, cerca de um mês antes de ser preso, era festejado em convescotes com Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff.

    Vamos além: com o escândalo da Fifa, barões da mídia sobem ao palco de suspeitos de roubalheira generalizada e fingem que não têm nada a ver com isso. Quer mais? Grandes bancos, dia sim, outro também, aparecem na berlinda de malfeitos. Às vezes como escoadouros de sonegação internacional, outras como pagadores de propina a agentes da Receita para burlar o pagamento de impostos. Belos exemplos da nossa prezada elite.

    A lista, na verdade, é interminável. A cada enxadada, uma minhoca. Erra, no entanto, quem pensa ser suficiente um Torquemada tabajara para debelar o assalto ao erário. Em questão está o sistema que propicia a proliferação da rapinagem. Má notícia: no fim deste túnel por enquanto surge apenas o breu, a escuridão.

    PEGO NA MENTIRA

    “O governo federal usa recursos da Caixa Econômica Federal para o pagamento de benefícios sociais desde o governo Fernando Henrique (1995-2002), mas foi no governo Dilma Rousseff que a prática aumentou de maneira mais acentuada”. (texto de manchete da Folha, 26/04/2015).

    Com base na série histórica, o Tribunal de Contas da União decidiu iniciar um movimento de pressão sobre o Planalto. Deduz-se que o problema não são as chamadas pedaladas fiscais, mas seu uso “mais acentuado”. Ou então quem ocupa o cargo quando o expediente é utilizado.

    Ricardo Melo,Colunista da Folha

  4. Vamos reagir..

    Publicado em 22/06/2015

    PML: Moro, 
    não chegue perto do Lula !

    Já que o PT e a Dilma não se mexem … – PHA

     

     

    O Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Moreira Leite, extraído de seu blog:

     

    É HORA DE REAGIR EM DEFESA DE LULA

    Ameaças de prisão de ex-presidente repetem comportamento da ditadura de Figueiredo em 1980 e ameaçam 2018

    A ideia de que a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva será a próxima etapa da Operação Lava Jato encontra-se em todas as mentes. O que falta para a prisão de Lula, pergunta-se, depois da absurda prisão do presidente da maior empreiteira brasileira?

    Simples: falta reagir.

    Falta deixar claro que toda iniciativa para colocar Lula atrás das grades vai além de toda decência e representa um ataque inaceitável à liberdade e à democracia. É o ponto culminante de uma investigação que teve início com um prova ilícita, avançou por medidas que não respeitam o direito de defesa nem a presunção da inocência, através de delações premiadas e prisões provisórias destinadas a quebrar a resistência dos detidos, técnica condenada pelos mais respeitados juristas do Brasil e do mundo, inclusive da Suprema Corte dos EUA.

    Vamos abandonar determinadas ilusões, também. Fazendo uma simples análise para ajudar a pensar: se Lula for feito prisioneiro, correrá alto risco de uma condenação criminal. Neste aspecto, cumpre recordar, a Polícia Federal, o Ministério Público e o juiz Sérgio Moro permanecem invictos. em matéria de condenação. Num processo onde as partes não demonstram isenção nem distanciamento das próprias convicções, não perderam nenhuma. Mesmo quem fez delação premiada não escapa de ser condenado, ainda que a uma pena menor. Alguém tem o direito de pensar, assim, em Lula em 2018? Na boa?

    Vamos acordar, gente.

    Vamos mostrar que uma eventual prisão de Lula se trata uma medida absurda e injusta que irá representar o primeiro passo para um retrocesso que todos sabem como começa e, ao contrário do que é costume dizer, também sabem como termina.

    Basta ler os trabalhos do professor da PUC-SP Pedro Serrano – já escrevi sobre eles aqui neste espaço – mostrando que vivemos um tempo de golpes de Estado sem tanques nem fuzis. Os regimes de exceção, hoje, tem aparência de normalidade. São produzidos por medidas judiciais disfarçadas em cumprimento da lei e da defesa da ordem, quando não passam de uma tentativa de se fazer política por outros meios – sem voto, é claro.

    A tentativa de criminalizar as relações entre Lula e os empresários, depois que ele deixou o governo, sugerindo aí qualquer demonstração de mau comportamento ou coisa pior, é apenas uma demonstração de subdesenvolvimento mental e ignorância política.

    Vamos falar claro: pela liderança internacional que conquistou, pelos espaços que teve competência de abrir para a venda de produtos e serviços brasileiros durante seus oito anos de mandato, quando mudou o eixo de nossa diplomacia comercial, Lula tem todo direito de fazer isso. Deveria ser aplaudido, até, pois chegou numa altura da vida na qual seria mais fácil descansar e se divertir — além de receber homenagens de vez em quando, não é mesmo?

    As viagens internacionais de Lula são um serviço que ele presta ao país e nosso futuro. Tem a ver com interesses nacionais, expressão que a maioria de seus adversários nunca soube o que significa mas é cada vez mais decisiva nessa época de globalização e interesses imperiais.

    Imagine se Barack Obama resolvesse fingir que nada tem a ver com a venda de aviões da Boeing.

    Será que Bill Clinton, fora da Casa Branca, será criticado por defender medidas de interesse de grandes corporações norte-americanas em suas viagens pelo mundo? Em fazer palestras onde defende ideias como solidariedade e colaboração?

    Detalhe: vamos criticar Lula porque ele fala do combate contra a fome? É oportunismo?

    Ronaldo Reagan e George Bush, pai, se mobilizaram na década de 1980 para defender a indústria de informática dos EUA. Abriram o mercado brasileiro, numa pressão violenta que incluiu sanções duras contra nossa economia – e foram aplaudidos, sem muito silencio nem o esperado pudor, pela mesma turma que hoje critica Lula.

    Pense nos alemães, grandes exportadores de tecnologia limpa – com auxílio de Angela Merkel, é claro. Ou no pacote de investimentos chineses.

    É sempre bom lembrar que não há prova nenhuma contra Lula. O que se quer é humilhar e ofender. Dar-lhe um tratamento indecoroso e mostrar que seus adversários tem força para isso. Enfim, o que se quer é, enfim, dar uma lição neste tipo que não conhece o seu lugar. Você sabe do que estou falando.

    Tudo o que se insinua a respeito de Lula pode-se demonstrar nas relações entre Fernando Henrique Cardoso e grandes empresários na saída do governo.

    O que há é uma vontade de mostrar que seus adversários estão acima da Lei e do Direito. Sim, meus amigos. Mais uma vez, é disso que se trata. Isso porque Lula não é uma pessoa física. É uma história, um personagem que ajuda a dar sentido para o Brasil.

    “Prendo e arrebento,” dizia João Figueiredo, o general-presidente da ditadura que mandou prender Lula, 35 anos atrás.

    Naquela época, as greves operárias que Lula comandava e inspirava serviram de teste político para uma abertura que queria uma democracia sem trabalhadores nem ao povo pobre. Em 2015, a situação se repete. As pressões contra Lula irão definir os direitos da maioria dos brasileiros definir seu destino pelos próximos anos.

    Em tempo: a Odebrecht emitiu comunicado em que enfrenta a decisão de Sérgio Moro:

     

    COMUNICADO ODEBRECHT – OPERAÇÃO LAVA JATO

    A Organização Odebrecht, em respeito a seus Clientes, Sócios, Investidores, Instituições Financeiras, Fornecedores, Usuários de seus Serviços, Amigos e Integrantes, expressa sua indignação com as ordens de prisão de cinco de seus executivos e de busca e apreensão em algumas de nossas empresas como resultado da 14a fase da Operação Lava Jato, ocorrida nesta última sexta-feira (19/06).

    A decisão que decretou as prisões de nossos executivos e deferiu as buscas e apreensões, evidencia que passado mais de um ano do início da Lava Jato, a Polícia Federal não apresentou, como alegado na decisão judicial, qualquer fato novo que justificasse as medidas de força cumpridas, totalmente desnecessárias e, por isso mesmo, ilegais.

    Na realidade os únicos elementos novos apresentados agora representam manifesto equívoco de interpretação de fato:

    – O “depósito” supostamente feito pela Odebrecht na conta da empresa Canyon View Assets S/A, apontado como um dos principais fundamentos para a decretação das prisões, e amplamente difundido pela imprensa nos últimos dias como prova irrefutável de corrupção, não é um depósito. Trata-se de um investimento realizado por um dos réus da Lava Jato em títulos privados (bonds) emitidos por uma empresa da Organização Odebrecht e livremente negociados no mercado internacional, obrigatoriamente por meio de instituições financeiras e sem qualquer controle ou envolvimento da Odebrecht.

    – Quanto ao e-mail de 21/03/2011, trocado entre nossos executivos, também amplamente divulgado pela mídia como prova de ilicitude, esclarecemos:

    * a sequência de mensagens que antecede o referido e-mail, constante do Relatório Policial, mas omitida na decisão proferida, deixa claro que se tratam de discussões técnicas entre os executivos para a preparação de proposta visando a contratação de operação de sondas, entre partes privadas, sem qualquer ilegalidade. O uso isolado de apenas uma das mensagens trocadas retirou do seu real contexto a comunicação ocorrida.

    * o termo “sobre-preço” utilizado no e-mail nada tem a ver com superfaturamento, cobrança excessiva, ou qualquer irregularidade. Representa, apenas, a remuneração contratual que a Odebrecht Óleo e Gás, como operadora de sondas, propôs à Sete Brasil, e que compreende o reembolso do custo de operação e manutenção (cost) das sondas, acrescido de uma remuneração fixa sobre o referido custo. Ou seja, representa a tradução do termo usual de mercado “cost plus fee”.

    – Quanto à suposta vinculação da Odebrecht com empresas do Sr. João Antônio Bernardi Filho e com a Sra. Christina Maria da Silva Jorge, esclarecemos que o Sr. Bernardi deixou de integrar qualquer empresa da Organização Odebrecht há mais de uma década, e que a Sra. Christina nunca foi nossa integrante. A Odebrecht não possui, nem nunca possuiu, qualquer relação com as empresas das referidas pessoas.

    A sustentação de prisão para evitar a reiteração criminosa, por não terem as autoridades competentes proibido a Construtora Norberto Odebrecht de contratar com a Administração Pública, principalmente no que concerne o último pacote de concessões que no momento é apenas um conjunto anunciado de intenções, é uma afronta aos princípios mais básicos do Estado de Direito. Tanto assim que a Controladoria Geral de União, a Advocacia Geral da União e o Ministro da Justiça afirmaram publicamente que as empresas somente podem sofrer restrições para contratar com a Administração Pública após julgadas e condenadas com observância do devido processo legal.

    Outra afronta ao Estado de Direito é a presunção do conhecimento de fatos supostamente ilegais pela alta administração das companhias como medida suficiente para justificar o encarceramento de pessoas. 

    Ainda, a afirmação da decisão judicial de que as empresas da Organização Odebrecht nada fizeram para apurar em seu âmbito interno as supostas irregularidades não corresponde à realidade. Todas as nossas empresas possuem e praticam um Código de Conduta e um Sistema de Conformidade (compliance), efetivos e amplamente divulgados, em total alinhamento à legislação anticorrupção brasileira e internacional. Exemplo desta prática é a publicação de Fato Relevante pela Braskem na data de 02/04/2015.

    Quanto aos pagamentos supostamente realizados pela Constructora Internacional del Sur, a Odebrecht reitera que nenhuma de suas empresas possui, nem nunca possuiu, qualquer vínculo nem efetuou qualquer pagamento à referida empresa.

    A Odebrecht nega ter participado de qualquer cartel. Não há cartel num processo de contratação inteiramente controlado pelo contratante, como ocorre com a Petrobras, onde a mesma sempre definiu seus próprios orçamentos e critérios de avaliação técnico-financeiro e de performance.

    Além disso, a Organização Odebrecht nunca colocou qualquer tipo de obstáculo às investigações. Ao contrário, seus executivos sempre se colocaram à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. De fato, quatro dos cinco executivos presos já compareceram à sede da Polícia Federal em Brasília e prestaram depoimentos nos inquéritos da Lava Jato que tramitam perante o STJ e o STF. No âmbito da Justiça Federal do Paraná, forneceram todos os documentos solicitados e ofereceram-se formalmente para prestar depoimentos– depoimentos estes para os quais nunca foram convocados, e que teriam certamente esclarecido todos os pontos.

    Ainda que profundamente perplexos e indignados pelo ocorrido, não nos deixaremos abater. Nosso modelo de gestão, baseado nos princípios de delegação e descentralização, assegura que nossas 15 áreas de negócio e mais de 100 empresas, lideradas de forma plena e independente por nossos executivos e por suas equipes, prossigam normalmente com o cumprimento de nossas obrigações, como sempre o fizemos, de forma reconhecida ao longo dos mais de 70 anos de nossa história, dos quais metade dela com presença no exterior.

    Este é o nosso compromisso com os Clientes, Sócios, Investidores, Instituições Financeiras, Fornecedores, Usuários de nossos Serviços e Comunidades nos 21 países onde atuamos. Estamos convictos de que nossos mais de 160 mil integrantes manter-se–ão ainda mais unidos pela prática de nossa cultura empresarial e pelos laços de confiança que nos unem, reservando o orgulho de pertencer à Organização Odebrecht.

    Finalmente, neste momento, expressamos a nossa solidariedade irrestrita e apoio às famílias dos executivos que injustamente tiveram cerceado seu direito constitucional de liberdade. Seguiremos juntos na defesa de nossos integrantes, e para tal continuaremos ainda mais à disposição das autoridades colaborando para que todas estas questões sejam rapidamente esclarecidas, convictos que a verdade virá à tona e que a justiça prevalecerá, pois acreditamos que os fatos ocorridos decorrem de equívocos de informação e interpretação.

     

  5. Agora o vira-latismo passou dos limites… Fora MPF lesa pátria.

    BRASIL PEDE APOIO AOS EUA CONTRA SUA MAIOR EMPRESA

    :

     

    Segundo informa o jornal Estado de S. Paulo, o Ministério Público Federal que atua na Operação Lava Jato decidiu pedir ajuda aos Estados Unidos, “onde está a mais eficiente rede de combate à corrupção do mundo”, para investigar a Odebrecht, maior exportadora de serviços do País, com mais de 100 mil empregados; preso pelo juiz Sergio Moro, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, iniciou sua carreira nos Estados Unidos, onde a empresa construiu obras importantes, como o Aeroporto de Miami, deslocando concorrentes norte-americanos; Barack Obama agradece, até porque jamais pediria a outro país para levantar provas contra empresas americanas, como a Halliburton, que foi uma das financiadoras da invasão ao Iraque

     

    22 DE JUNHO DE 2015 ÀS 08:10

     

     

    247 – O Ministério Público Federal quer ajuda de autoridades norte-americanas para investigar a maior empresa brasileira. É esta a manchete desta segunda-feira do jornal Estado de S. Paulo, que defende o apoio formal à Lava Jato dos Estados Unidos, onde, segundo a publicação, está a “mais eficiente rede de combate à corrupção do mundo”.

    Uma investigação norte-americana contra a Odebrecht, que atua com êxito nos Estados Unidos há vários anos, pode ter efeitos devastadores para a companhia. Foi lá, por exemplo, que Marcelo Odebrecht, preso pelo juiz Sergio Moro na décima-quarta fase da Lava Jato, iniciou sua carreira, participando das obras do Aeroporto de Miami.

    Caso seja carimbada como empresa corruptora, a Odebrecht pode ser afastada de licitações nos Estados Unidos e em outros países – o que já vem sendo tentado há vários anos por autoridades estadunidenses. Em 2012, por exemplo, um juiz da Flórida tentou impor sanções a empresas com atuação em Cuba e na Síria – era uma forma de impedir que a Odebrecht atuasse em Miami, tomando o espaço de construtoras norte-americanas.

    Neste fim de semana, a Associação de Comércio Exterior do Brasil e a Associação Brasileira da Indústria de Base publicaram manifesto nos jornais, defendendo a atuação dos exportadores de serviços. Segundo a nota, o financiamento às exportações de serviços pelo BNDES, que tem a Odebrecht como protagonista, garantem 1,2 milhão de empregos no Brasil, na cadeia produtiva do setor de engenharia.

    Destruir o Brasil antes de destruir o PT

    No entanto, setores da direita brasileira hoje consideram que, para destruir o PT, vale até destruir o Brasil. Já entraram em recuperação judicial três alvos da Lava Jato: OAS, Galvão Engenharia e Alumini. A Queiroz Galvão ameaçou parar as obras da Rio 2016 e a Mendes Júnior colocou em marcha lenta a execução do Rodoanel. A UTC Constran, por sua vez, demitiu um terço dos seus empregados. Agora, com Odebrecht e Andrade Gutierrez na mira, duas empresas que serão rebaixadas pela Moody’s, todas as obras do setor elétrico ficam ameaçadas. 

    Com a ação contra a Odebrecht no exterior, as obras executadas por empresas brasileiras em outros países também ficam ameaçadas, colocando em risco, inclusive, um importante avanço geopolítico conquistado pelo Brasil nos últimos anos. Segundo a revista norte-americana Foreign Affairs, bíblia da geopolítica internacional, o Brasil se tornou um “global player” nos últimos anos, graças às posições conquistadas na África e na América Latina por suas construtoras (leia mais aqui).

    O presidente americano Barack Obama agradece, até porque jamais pediria ajuda a outros países para investigar as práticas de empresas americanas como a Halliburton, que financiou a campanha de invasão ao Iraque para, depois de destruí-lo, reconstruí-lo

     

    1. MP vira-lata!

      Isso é o que dá ter um mp vira-lata! Era o que faltava, pedirem ajuda aos americanos; quem sabem pedem ajuda direto aos Snowden e Assange, seria muito mais produtivo!

  6. He, he, he. O cúmulo do vira

    He, he, he. O cúmulo do vira latismo. Esse pessoal nasceu para ser colonizado. Vagabundos, contra o próprio país e a mercê do colonizador. VERGONHOSO. A incompetência desses almofadas dependentes das máfias para se darem bem, é de envergonhar qualquer cidadão bem informado. O analfabetismo político e o interesse antipais, NUNCA APOIOU DEMOCRACIAS. Essa ditadura que se intalou nos órgãos públicos por interesses politicos podres, para “eleger” quem naõ conseguiu através do voto democrático, é típico de justiciarias paraguaias.

  7. Brandes! Tu és um que

    Brandes! Tu és um que envrgonha essa nação. Depender de golpes para eleger teus candidatos…benza deus…Cadê as investigações da zelotes? Cadê a investigaão do trensalão? Cadê a investigaão do que realmente destrói esse país que é sobre os perdedores de eleições democráticas? As privatizações? Os engavetadores da corrupção dos corruptos do psdb não têm mais vergonha na cara e não há posição mais indecente do andar de quatro para nações colonizadoras que assaltam as riquezs do pais. USA manda ficarem nessa posição e eles aceitam, mas o próprio USA os levaria a morte de ousassem fazer isso no USA. Mas esse tipo de criatura acaba, no final, sendo tratado como inferior  e traidor de seu país e o USA intolera traidores, apenas os utiliza quando necessário, depois cospe neles. E pe nesse momento que me sinto vingada. O USA NUNCA respeitou traidores..

    1. Elelê

      Vá cobrar então de quem tem que investigar a Zelotes.

      “Matando” um dos poucos juiízes federais que faz o seu trabalho ao invés de cobrar que todos façam o seu você ganaha o que mesmo ?

      Que USA ? Desencana.

      Se  os yankees quisessem desestabiliar o Brasil faziam isso em duas semanas.

      Na Copa tivemos que pagar UM BILHÂO de dólares para eles virem aqui fazer a segurança. Com o nível de segurança que temos neste país, onde bandidos andam com dinamite prá cima e prá baixo explodindo caixas de banco, era só os caras promoverem dois ou tres atentados a bomba e tava resolvido o problema, o governo do PT caia em tres dias. Muita mais fácil do que fizeram na Ucrânia.

      Você acha que os caras iam perder tempo patrocinando uma investigação criminal que já tem mais de cinco anos ? 

       

      1. Rasgar a Constituição não é

        Rasgar a Constituição não é fazer trabalho de Juiz. Nunca se pediu que a ilegalidade , a injustiça fosse distribuidas para todos e, sim, a JUSTIÇA. Ninguem ganha  com a injustiça que enche as prisões imundas do país com pretos, pobres e putas. O que exigimos é o minimo, respeito aos direitos mais basicos – presunção de inocencia é um – de  TODOS, independentemente de cor, raça, opção sexual, ideologia, gênero, condição social, etc. Mas a monumental ignorância, o analfabetismo e o ódio que acomete  os coxinhas impedem de ver o obvio. Fugidos do Mobral é dificil entenderem que ninguem está incolume diante da barbarie. Não se faz Justiça com justiceiros, mas com JUÍZES. A má-fé impede que entendam, nem desenhando conseguirão entender. Desejo que a injustiça mora um dia te pegue. Ai veráo quão importante são os direitos e a necssidade de existir JUIZES em Berlim e, não, justiceiros.

      2. Com três atentados a bomba o

        Com três atentados a bomba o governo do PT caía em três dias? Você dá provas de que é muito macho mesmo e diz na bucha tudo aquilo que tem prá dizer. Mas é míope e não tem condição alguma de avaliar a realidade além de seus próprios desejos.

    2. Cara Janete

      Ignore este palhaço. Não perca tempo com merda. Quanto mais mexe mais fede. Deixa ele se enforcar sozinho. Faça como eu, eu estou ficando seletivo. Pulo aqueles que já viraram notório enchedor de saco! Quem sabe assim ignorados, eles cansam e param de escrever bobagens aqui e valtam para o ninho deles, os blogs limpinhos e cheirosos

  8. depois de feito o estrago com os votos do mensalão…

    juiz inteligente deixou de ser o que trabalha cheio de dúvidas e passou a ser o que trabalha cheio de si

    mandar prender alguém sem pensar deveria ser crime

  9. Andrade Gutierrez, Moro e PF do Paraná são tucanas
    Esse pessoal não doaria para ninguém que não fosse ligado à corja de Aético Neves. Andrade Gutierrez é totalmente tucana e só faz negociata com quem está do lado dessa turma. O juiz tucano Moro, pelo conjunto da obra, por ser um operador tucano, tem que ser investigado.

  10. Pau que bate no PT não bate no PSDB

    Empresa que passou a ser investigada na 14ª fase da Lava Jato e teve seu presidente, Otávio Azevedo, preso na última sexta-feira foi a maior doadora de recursos da campanha do senador Aécio Neves em 2014; de acordo com dados obtidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 322 doações para o então candidato do PSDB à presidência em 2014, somando mais de R$ 20 milhões; já a Odebrecht, que também virou alvo da investigação, doou mais de R$ 9 milhões para o PSDB, contra R$ 3,5 milhões doados para o PT; com a investigação mais próxima da oposição, as doações legais de campanha, devidamente registradas na Justiça, também serão consideradas propina, como ocorreu com o PT?

     

    http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/185614/Andrade-%C3%A9-a-empreiteira-mais-pr%C3%B3xima-a-A%C3%A9cio-Neves.htm

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