Jornal GGN – Saiu em coluna da Folha desta sexta (8) que o procurador de Curitiba Diogo Castor de Mattos, um dos algozes de Lula na Lava Jato, lança livro na próxima quinta (14) com ajuda dos colegas Deltan Dallagnol e Carlos Fernandos dos Santos Lima, que participam de um debate em livraria da rede Saraiva.
Dallagnol escreveu o prefácio e o juiz Sergio Moro – abandonando qualquer distância entre o julgador e o acusador – jogou confete afirmando que a obra “descreve, com palavras fortes, quadro desalentador de impunidade em diversos casos criminais que envolveram grande corrupção e delitos conexos”. Quadro este que, segundo Moro, está a caminho da reversão – graças à Lava Jato.
O que a Folha “esqueceu” de publicar em seus 14 parágrafos sobre o lançamento é que o autor é alvo de polêmica no lado B da Lava Jato. Até o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, cobrou publicamente à Procuradoria Geral da República que investigasse situações que se enquadram na chamada “indústria da delação premiada”.
No caso de Castor, o que ocorre são suspeitas de que seu irmão, o advogado Rodrigo Castor de Mattos, atuou por debaixo dos panos da delação premiada do casal Mônica Moura e João Santana. Quando a história veio à tona, com o escritório já assumindo publicamente seu papel na defesa dos ex-marqueteiros do PT, o procurador da Lava Jato alegou que não atuava especificamente neste processo. Santana e esposa foram condenados por Moro mas já estão em prisão domiciliar, após delatarem Lula e Dilma.
O GGN abordou o escândalo em torno do procurador no artigo “Xadrez da Lava Jato em família”. Confira aqui.
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