Procurador da Lava Jato defende punição exemplar

Jornal GGN – A Folha de S. Paulo entrevistou o procurador Deltan Dallagnol, responsável pela coordenação da força-tarefa do Ministério Público Federal para a Operação Lava Jato. Ele defendeu que casos de corrupção precisam ser punidos de maneira que desestimule as empresas de ir nessa direção. Sua expectativa é que essa operação seja apenas o início de uma profunda mudança legislativa, no sistema político e na justiça criminal.

Procurador da Lava Jato quer revisão de leis

Por Mario Cesar Carvalho

Da Folha de S. Paulo

Para coordenador da força-tarefa do Ministério Público, corrupção precisa de punição que desestimule empresas

Deltan Dallagnol diz que a operação da PF causou surpresa porque revelou crimes difíceis de serem provados

A Operação Lava Jato completa um ano na próxima terça-feira (17) com números superlativos: já recuperou cerca de R$ 500 milhões de recursos desviados da Petrobras, colocou sob investigação 50 políticos e levou para a prisão executivos de empreiteiras.

O procurador Deltan Dallagnol, 35, que coordena a força-tarefa do Ministério Público Federal responsável pelas investigações, diz querer mais. Em entrevista à Folha, feita por e-mail, ele afirma que os procuradores pretendem que a Lava Jato “sirva de alavanca para mudanças legislativas em nosso sistema político e no de Justiça criminal”. Leia a seguir trechos da entrevista.

RESULTADO EXPLOSIVO

A comprovação de tantos fatos tão graves, envolvendo simultaneamente a cúpula econômica e política do país, é algo inédito na história. A grande surpresa decorre do fato de que a corrupção é um crime dificílimo de ser provado e da rapidez com que as investigações avançaram.

Esse crescimento exponencial do caso decorreu, em boa medida, do emprego efetivo de colaborações premiadas pelo Ministério Público. Mas o sucesso também decorre da experiência, da qualidade técnica e da sinergia entre as equipes do Ministério Público, da Polícia Federal e da Receita que trabalham no caso, bem como da atuação firme e imparcial do Judiciário.

PROTESTO E CORRUPÇÃO

Os protestos contra o governo decorrem de um conjunto de condições, como crise econômica e equilíbrio entre candidatos na última eleição, dentre as quais se inclui a comprovação do maior esquema de corrupção de que já se teve conhecimento na história do país. O caso indica, contudo, que a corrupção é um fenômeno pluripartidário, o que corrobora a noção difusa de uma crise moral de nossa política. A Lava Jato até agora indignou, mas não transformou o país. Se queremos evitar que a história se repita, precisamos de mudanças legislativas urgentes sobre o processo político e o sistema de Justiça criminal.

DELATORES

A colaboração é uma técnica especial de investigação que tem um papel importante na demonstração da corrução em atos e contratos públicos, o que é um crime dificílimo de ser descoberto e provado. A corrupção é feita entre quatro paredes e envolve um pacto de silêncio entre corruptor e agente público corrupto. Devemos lembrar também que os corruptos escondem a propina que receberam em paraísos fiscais que só cooperam quando tivermos prova da corrupção, a qual não alcançamos sem a cooperação. Mesmo quando descobrimos que o agente público tem muito mais dinheiro do que ele ganhou oficialmente ao longo da vida, é extremamente difícil descobrir quais foram as práticas corruptas em que se envolveu.

Enquanto não for criado o crime de enriquecimento ilícito pelo Congresso, não será possível punir o agente público que tenha uma fortuna ilegal se não conseguirmos identificar quais foram os atos corruptos. Nesse contexto, a colaboração se mostra amplamente favorável ao interesse público. A colaboração deve, contudo, ser revestida de cautelas, como o reconhecimento de valor probatório à palavra do colaborador só quando esta for corroborada por outras provas.

DIREITO AMERICANO

Devemos importar institutos norte-americanos só quando favoráveis à sociedade e compatíveis com nosso direito. Um exemplo é o acordo de colaboração premiada clausulado, que não era previsto em nossa lei até 2013, mas já tinha sido empregado por 17 vezes no caso Banestado, entre 2003 e 2007.

Quanto ao direito brasileiro, precisamos de reformas e com urgência. A luta bem sucedida de Hong Kong contra a corrupção, um exemplo internacional de prevenção e combate, foi baseada em três estratégias e uma delas foi exatamente a punição séria e em tempo razoável desse crime. Em razão dos problemas do sistema de justiça penal brasileiro, em que a corrupção é punida após mais de década e com penas baixas, a corrupção é um crime de alto benefício e baixo risco. Se queremos baixar os índices de corrupção, devemos torná-la um crime de alto risco, sem desprestigiar os direitos dos réus.

O que desejamos é que o caso Lava Jato não sirva apenas como diagnóstico de uma doença sombria que corrói as entranhas da República, mas que sirva de alavanca para mudanças legislativas em nosso sistema político e no de Justiça criminal.

PRISÃO DOS EMPREITEIROS

A prisão se justifica para proteger a sociedade e a economia contra a continuidade da prática de crimes extremamente graves. A deflagração da Lava Jato em março de 2014 não foi suficiente para estancar pagamentos de propinas –continuaram sendo feitos, pelo menos, até o fim de 2014. Essas empreiteiras mantêm inúmeros contratos com os poderes públicos federal, estadual e municipal. A única alternativa à prisão seria a suspensão de todos os contratos, o que poderia prejudicar a população, que seria ainda mais vitimada.

PRISÃO PARA FORÇAR DELAÇÃO

O argumento de que prendemos para obter colaborações é desconectado da realidade. Dos 12 acordos que fizemos e já são públicos, dez foram feitos com pessoas soltas que jamais foram presas. Os dois restantes foram feitos com pessoas que estavam presas e continuaram presas após o acordo. As prisões foram submetidas a intenso questionamento. Já temos 165 habeas corpus, uma espécie de recurso, e em uma única situação foi determinada a soltura do preso.

CONFLITO COM GOVERNO

Buscamos caminhar em harmonia com todos os órgãos públicos, embora possamos divergir em dois pontos relevantes. Um diz respeito à legitimidade para isentar as empresas de punição, fora dos parâmetros legais, e outro diz respeito à mensagem que queremos passar para a sociedade e seus efeitos.

Primeiro, entendo que, fora da hipótese de leniência, que legalmente deve ser aplicada de modo excepcional à empresa que contribui de modo relevante com a investigação, e só os investigadores no Paraná estão em posição para avaliar essa relevância no momento, a legitimidade para isentar as empresas de uma punição prevista em lei é do Congresso, que não deveria fazer isso antes de ampla discussão com a sociedade. Foi a empresa que trouxe sobre si a punição quando adotou práticas corruptas.

Em segundo lugar, isentá-las de punição passará à sociedade uma mensagem muito prejudicial a longo prazo, de que pessoas e empresas poderosas podem cometer quaisquer crimes porque, se forem pegas, são grandes demais para serem punidas.

ACORDOS

Entendemos que os acordos de colaboração devem ter três requisitos: reconhecimento de culpa, ressarcimento, ainda que parcial, dos danos, e entrega de informações e provas sobre fatos novos e relevantes. Este último é um requisito essencial. Quando o colaborador traz fatos que ainda não eram investigados, isso abre a possibilidade de potencializar a responsabilização de novos criminosos e o ressarcimento aos cofres públicos por meio de novos processos criminais e cíveis. Se não tivéssemos feito nenhuma colaboração, provavelmente tudo que saberíamos seria o recebimento de propinas por Paulo Roberto Costa, em valor inferior a R$ 100 milhões. Hoje comprovamos propinas na casa de bilhões e já recuperamos R$ 500 milhões. O Ministério Público está aberto a acordos. Contudo, a maior parte das empresas que nos procuraram ou não queriam entregar fatos novos ou não se dispuseram a pagar uma soma razoável a título de ressarcimento.

EFEITO MENSALÃO

O mensalão foi um ponto fora da curva que refletiu um imenso e louvável esforço da Supremo Corte para dar uma resposta aos crimes praticados pela cúpula de um poder. Contudo, o perfil institucional da Suprema Corte não é de um juízo de instrução e julgamento de crimes. Um dos maiores empecilhos para que julgue os casos de modo célere é o volume de trabalho. Enquanto a Suprema Corte dos EUA julga 80 casos por ano, a nossa julga 80 mil. A primeira condenação imposta pelo STF aconteceu 120 anos após a sua criação, em 2010.

Precisamos de reformas legislativas no sistema recursal, de prescrições e nulidades. É importante criar o crime de enriquecimento ilícito, endurecer o tratamento à corrupção de altos valores e ter instrumentos mais hábeis para recuperar os frutos econômicos dos crimes. Tudo isso garantindo os direitos do réu.

DOAÇÃO OFICIAL É CRIME?

Quando o pagamento de propina é disfarçado de doação legal, esse ato constitui lavagem de dinheiro. Embora legal na aparência, ele é ilegal e criminoso. A ideia básica dessa lavagem é fazer a propina parecer doação oficial.

RISCO DE NULIDADE

O Ministério Público está seguro de que todo ato da investigação foi absolutamente legal, e de que o caso não será anulado. O juiz Sergio Moro é imparcial, muito técnico e tem grande conhecimento jurídico. Diz-se que há 60 escritórios de advocacia, os quais o analisam o processo com lupas em busca de falhas, e já houve mais de 165 habeas corpus questionando diferentes aspectos e o processo se mantém hígido. Dos 165 apenas dois foram concedidos, um que soltou Renato Duque e outro que mudou uma questão periférica.

Redação

21 Comentários

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  1. Mais um do  judiciário

    Mais um do  judiciário procurando holofotes. O que um garoto como esse pensa das consequências de suas ações para o futuro do país? Deve ser um caipira, daqueles que acham que matando a vaca acabam com os carrapatos.

  2. Mais um que acha que seu

    Mais um que acha que seu ofício é virar celebridade com 15 minutos de fama. Essa prática desavergonhada do MP jå está enchendo a paciência. O ilustre procurador defende rigor pro colega Demóstenes Torres tambēm? E para o colega paulista quee gavetou o trensalão? 

    Esse pessoal tem certeza que,eitor da FSPé tudo otårio mesmo né? 

  3. Depois que esse

    Depois que esse procuradorzinho mandou processar o governador do Acre porque o PR Costa disse que ele recebeu 300 mil do Youssef e o Youssef desmentiu e o governador do Acre tem recibo declarado em campanha da doação da Iesa suas boas intenções valem tanto quanto a isenção do Joaquim Barbosa e do Gilmar Mendes. Confundem preferencias politicas pessoais com a instituição Justiça.

    E quando se considera que ele quer quebrar as empreiteiras sem pensar nas consequências merece desprezo. É fácil desempregar milhares de pessoas quando o paletó dele está pendurado no serviço público enquanto se torna uma celebridade pela imprensa. O futuro dele está garantido com palestras milionárias. Moleque ambicioso.

    1. Palestras milionárias no

      Palestras milionárias no futuro?

      Duvido. Depois do vendaval, volta ao posto apenas com as benesses salariais que já possue. E sem holofotes. Mais adiante, se tiver juízo e algum discernimento, pode até se dar conta que foi mais um otário manioulado pelos mestres da vilania.

  4. punição exemplar

    Eu queria punição exemplar para:

    O caso Banestado. 

    Satiagraha.

    No metro Paulista. 

    Na máfia das ambulâncias.

    Na Castelo de Areia. 

    No mensalao tucano em Minas.

     

    Mas, como admitiu o tucano aí em baixo,  a justiça não pune quem não é  do PT.

  5. Eu defendo que o Ministério

    Eu defendo que o Ministério Público passe por uma rigorosa mudança e deixe de investigar somente aquilo que é do interesse da mídia. Que aja com isenção e não escolha a investigação a ser feita e os investigados que serão alvo das investigações. Defendo que o ministério público, os seus membros mais histéricos e midiáticos deixem de reunir-se com donos de jornais para tratar de assuntos que desconhecemos e que eu coloco sob suspeita. Defendo que esse ministério público passe por um rigoroso controle da sociedade e que o congresso começe a repensar o modelo que lhe deu poder absoluto.  Vou mais além ao dizer que vazar informações sob sigilo de justiça faz do vazador tão criminoso como Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e Barusco. E se ficar comprovado que os vazamentos partem do Ministério Público, para mim é tão criminoso como esta organização criminosa que se alojou na petrobras.

  6. Assusta-me esse procuradores

    Assustam-me esse procuradores parecendo aqueles mocinhos(até na aparência) dos antigos filmes americanos de “caubóis”. 

    Imbuídos do senso de justiceiros, sempre estavam prontos para sacarem seus colts para abater os “bandidos”, por coincidência na maioria “merricanos” ou então mandar balas, por coincidência 2, nos índios.

    Não existe essa, sr. Procurador, de punição “exemplar”. Adjetivações só tem duas finalidades: ou reforçar uma argumentação frágil ou então “hiperbolizar” um sentimento que de outra maneira não afloraria. 

    Ademais, excelência, que tal se resguardar no seu “quadradinho”, qual seja. elaboração das denúncias para, aí sim, e o Judiciário julgar? Nesse estágio é que poderemos falar em punição ou absolvição. 

    Faço votos, como cidadão e brasileiro, que essas investigações cheguem a bom termo; que não se contamines pelo clima político nem que saia do seu escopo. Cada um na sua funçãozinha sem nada de “batmans”, “mulheres maravilhas” e que tais. 

    Um último lembrete: cabrito bom não berra. 

  7. “Cheirosismo” do judiciário nunca fedeu tanto…

    Nas entrelinhas do “cheirosinho”:  “e que se phodam, os que perderão empregos!”… De repente, tanto empreendimento que até esquecem as dezenas de escãndalos engavetados, inclusive, perto dele!… Judiciário levará décadas pra se limpar perante à sociedade do bem, a imensa maioria dos brasileiros…Esse cara tem o mesmo estilo dos promotores da Makenzie paulista no Tremsaão dos Metrôlhas do tucanato. 

     

  8. Entrevista feita na cozinha

    Entrevista feita na cozinha refeitório de uma das empresas listadas no SUIÇALÃO. Que tipo de negociação foi feita entre o procurador e os facínoras? Será que vai sair delação premiada no SUIÇALÃO?

  9. 1. Ele pereguntou para o

    1. Ele pereguntou para o Otávio e o Luis Frias a respeito das contas que eles possume no exterior?

    2. Ele recebe o auxílio-moradia ?

  10. Queria saber por que

    Queria saber por que determinada empresa que gastou R$ 356 mi no financiamento de campanhas até agora não foi mencionada. Será porque o dinheiro não foi para candidatos da situação?

  11. Punição exemplar seria punir

    Punição exemplar seria punir os contraladores com a expropriação do controle acionário e sua pulverização na bolsa de valores preservando empregos e a engenharia nacional. 

     

    []’s

  12. São imbecis como este que

    São imbecis como este que destroem uma nação com as boas intenções.

    Depois de destruírem a economia do país, gerarem centenas de milhares de desempregados e talvez, fazer voltarem ao poder aqueles que durante 180 nada fizeram pelo páís, quem pagará os prejuízos? e o atraso de décadas que se juntará a outras décadas de atraso provocadas pela ditadura militar da qual este coxinha deve sentir saudades?

    É lamentável que pessoas que não tem a capacidade de medir as consequências de seus atos tenham tanto poder.

    Estamos fodidos.

  13. Será que esse “rapaz” viria

    Será que esse “rapaz” viria aqui na minha ou na sua casa, internauta, para a gente trocar algumas idéias e coisa e tal assim como ele fez atentendo ao chamado do sr Frias????

    Como, se encontrar, reunir com sr Frias??? Ele representa um ente público, não pode se expor a PORTAS FECHADAS com membro de familia corrupta e lavadora de dinheiroo no exterior.

    Isso carece de esclarecimento. Esse moço ai recebe de nós para trabalhar para nós.

    Muito oportunista e seletivo pelo meu gosto!!!!

  14. Será que ele ouviu as

    Será que ele ouviu as historinhas de procurador que engavetava?

    Pergunto isso, por que o contexto que ele criou, ou a folha mostrou, é bem restrito!

    É um universo pequeno que não explica as muitas mazelas brasileiras…

    A justiça não pode ser miserável…

    Ela deve ser AMPLA, GERAL E IRRESTRITA!

  15. Outro assunto mas que deve

    Outro assunto mas que deve ser buscado:

    O caso Mauricio DalAgnol em Passo Fundo. O membro doMP do post disse que não e seu parente e acredito ate que se prove ao contrario.

    ______________________

    Tive acesso(leitura) a documento do cofre(atraves midia online) em busca que se deu. 

    E incrivel a falta de informação sobre o processo(e docs em anexo) na sua integra. 

     

     

     

  16. Deixa eu ve se entendi

    Deixa eu ve se entendi: Segundo o portal do MPF os ladrões surrupiaram algo em torno de 2.1 bi da Petrobrás. Mas os nobres engomadinhos do conluio midiático-penal querem imprimir ao pais um prejuizo de trilhões de reais, uma vez que a cadeia do petróleo e gás responde por 13% do PIB. Não seria mais justo se os nobres procuradores se empenhassem no repatriamento dos 20 bi do suiçalão e mais 502 bi de sonegação fiscal so em 2014, segundo a associação nacional dos procuradores da fazenda nacional. As coisas não se encaixam no lavajato do moro, ou se encaixam, claro, com os desejos dos que secularmente roubaram esse pais e não querem saber de alterar o sistema, nada de acabar com o financiamento privado, não é mnesmo dr. Gilmar Mentes….rsss

  17. Estória apropriada para o momento

    PARÓDIA TEXTUAL E ATUAL DE DIRIGENTES DE UMA NAÇÃO DEMOCRÁTICA A CAMINHO DE UM K…O(s)! OU UTOPIA.
    REFLETINDO O PORQUÊ DESTA SITUAÇÃO, E DA LEI. QUE LEI? PARA REFLETIR.
    TÁCITO JÁ DECLAMAVA EM SUA ÉPOCA: “PÉSSIMA REPÚBLICA É REPÚBLICA DE MUITAS LEIS”. R: TODOS NÓS TEMOS NOSSA PARCELA DE CULPA, NÃO RESPEITAMOS AS LEIS JÁ EDITADAS, NÃO FAZEMOS RESPEITÁ-LAS. AÍ É QUE SURGEM NOVAS LEIS.
    PURA CONFUSÃO ESTA TABELA DA VERDADE (pq-VF).
    SERÁ QUE IRÃO SE LIGAR QUE COMEÇAMOS A NOS LIGAR? MAS SEM DAR NOMES AOS BOIS.
    RELEMBRANDO COISAS DE CRIANÇA ANTIGA – A LÍNGUA DO P.
    TEM UM PAPAGAIO EXPLICANDO MELHOR QUE EU, ISTO.

    Escrevi um esboço rapidamente desta porcaria, digo parodia, na noite de 23/12/2015 e enviei para certo e determinado Jornalista, muito corajoso por sinal, de certo canal de TV Jornalístico, do mesmo jeito, ou seja, sem correções, acho que nem recebeu, após verifiquei que poderia dar uma caprichada e vejam o que saiu, com muito mais erros ainda, principalmente na língua culta. Alguém pode me ajudar a consertar tais erros e por nos eixos estas concordâncias, por favor, ou apenas concordem.

    Luiz M. Soares
    B em D
    PG em GP com ênfase em PP

    Sob a luz da LINDB (Decreto-Lei N. 4.657/42) em seu art. 3º, extrai-se que: “ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. É obrigatória para toda a sociedade em sua coletividade de sã consciência ampla, total e geral, e ninguém poderá alegar erro ou ignorância, muito menos alegar total ou parcial desconhecimento da lei, mas muito menos ainda alguns políticos brasileiros atuais devem escusar-se de cumprir as leis, sendo que estes devem obrigatoriamente respeitá-las, cumpri-las, editá-las, debatê-las, conhecê-las e fazer conhecê-las.
    Como não podem alegar ignorância ou desconhecimento da lei por força deste renomado artigo deste mesmo Diploma citado acima, se valiam da LÓGICA DA TABELA VERDADE DENTRO DA MATEMÁTICA E DE CERTA PARTÍCULA DA GRAMÁTICA (SE), para saídas emergenciais das sujeiras a que se envolveram e que se envolvem. Vamos às fórmulas da tabela verdade em que alguns dos nossos atores ou Pes… as utilizam no atual compêndio da Política Brasileira: é uma relação concomitante entre ALGUNS PARTIDOS POLÍTICOS, ALGUNS EMPRESÁRIOS, ALGUNS POLÍTICOS, ALGUNS EMPREITEIROS, ALGUNS LICITANTES, ALGUNS DAS BANCADAS, ALGUNS FINADOS, ALGUNS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, TODOS OS LOBISTAS, TODOS OS DELATORES (pela expiação), ALGUNS DIRETORES (e ex), ALGUNS PRESIDENTES (gerais e ex), ALGUNS CORRELIGIONÁRIOS, ALGUNS ASSESSORES e ALGUNS ALGUNS, que se torna = (igual) a “rabos presos e/ou bois de piranhas”, em caso de outro entendimento: (bode expiatório). Lógico que, todos dentro da lógica da tabela verdade, muito mais lógico que não generalizando no todo de cada grupo como citado, ou é ou pode ser alguns. Lógico ainda que haja incautos neste meio de referidos grupos, mas os gananciosos de segundas intenções e idolatrados pelos ignorantes necessitados de promoções, quando inquiridos, quando negociando, quando legislando, quando licitando, quando intermediando, quando editando leis etc. e etc., admitem todas as formas e fórmulas de proposições utilizando às na: negação, conjunção, disjunção, condicional e bicondicional.
    Quem nunca errou que de o primeiro tiro, todos erramos, logicamente que espiritualmente todos os dias, mas materialmente devemos nos disciplinar com nossas próprias forças para não incorrermos em erros capitais, mas estes erros abusivos, sabidos, conhecidos e clássicos aqui parodiados, atacaram uma soberania, por isso atiro, afinal temos direito de perder a razão pela lucidez. Vamos às complexidades desta tabela:
    Quando encerram suas negociatas e/ou conversas fraudulentas em F (falso), contradizem.
    Quando encerram em V (verdadeiro), tautologiam.
    Quando em V e F cada um pelo menos 1 (uma) vez contingenciam ou indeterminam.
    E o teor da conversa continua e se resume nas seguintes fórmulas:
    Na negação (não): esta é a preferida, ~p ou ┐p é verdadeira (falsa) se e somente se p é falsa (verdadeira);
    Conjunção (e): é verdadeira se e somente se as proposições forem verdadeiras;
    Disjunção (ou): é falsa, se e somente, as duas proposições forem falsas;
    Condicional (se… então): é falsa se, e somente se, o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso; no meio de toda esta conversa ainda empregam expressões como equivalentes se p então q, aí aparece outro debatedor e indaga: e o p (…ovo) – outro responde incoerentemente, o p (…ovo) pode ir a p porque qp (resumindo:porque p apresenta algumas ignorâncias de seus próprios direitos e deveres) sem disciplinas e educação razoável que governos poderiam satisfazer;
    Bicondicional (… se e somente se…): é verdadeira se, e somente as duas proposições apresentarem o mesmo valor lógico, então p↔q é equivalente a (p→q)˄(q→p) da mesma forma o p (… ovo) continua indo a p porque qp por equivalência (resumindo: ainda em choque, é pXp (no mesmo sentido) por injustas contradições e muitos desequilíbrios entre obrigações e exercício pleno de seus direitos),( melhor resumo: não sabem cobrar e muito menos serem cobrados) governos ainda não investeriram em educação;
    Disjunção exclusiva (ou, ou): será verdadeira apenas quando as duas proposições apresentarem valores lógicos diferentes.
    Ainda mais adiante, na mesma tabela, diante dos termos TODO, NENHUM e ALGUM, cheguei a uma conclusão através do seguinte quadro das oposições: TODOS (aqueles grupos citados acima) podem ter o rabo preso e serem bois de piranhas↔ALGUNS (daqueles grupos citados acima) não tem o rabo preso e não são bois de piranhas; ALGUNS (daqueles grupos citados acima) tem o rabo preso e são bois de piranhas↔NENHUM (daqueles grupos citados acima) tem o rabo preso e não são bois de piranhas.
    Na gramática nos atemos somente para o seguinte quesito: são adeptos daquela conhecida partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito (honesto e/ou não) que é a tão conhecida neste meio que é o “se”.
    Depois de muitas conversas e manobras destes renomados políticos entre seus pares e das aplicações das fórmulas somando-se a conversa de combustível de foguete para ir à lua, da menor distância a percorrer até Marte e de muita conversa pra (P) oi dormir, chega-se ao resumo da obra: “verdadeira m… jogada no ventilador por aqueles em que a casa quedou-se”.

    De antemão os Ministros, Procuradores, Desembargadores, Juízes e Promotores deverão se cientificar desta famosa tabela verdade para chegarem a vários denominadores comuns, tais como associação lógica e implicação lógica através das premissas que geram uma conclusão verdadeira (argumento válido), identificando as proposições e partindo-se da conclusão verdadeira buscando identificar o resultado (verdadeiro ou falso) de todas as proposições, se precavendo ainda, para com a geração de uma determinada premissa conclusivamente falsa ou ambígua (verdadeira e falsa ao mesmo tempo) devendo aí concluir que o argumento é inválido, alem da (ilação=presunção=dedução), como determina a lei, e lógico que dentro da lei, e ainda do livre convencimento do juiz natural, como manda a lei, logicamente que padronizada pela CFRB, para uma determinada sentença final.
    EX: se o réu propuser uma delação premiada então… é condicional, temos o “…se…então…”. …se o réu fulano delatar o comparsa e somente se… estamos diante de uma bicondicional, caso não, lógico é uma negação, ou disjunção tudo pelo “ou”, diante da conjunção “e”, estas ações, estas conversas, estes atos se estenderão ao longo de muitas aplicações por dentro desta tabela verdade e de muitas interferências internas por longos anos. Tarefa dura para estes Magistrados e Procuradores e Promotores, alem do mais, dura Lex, sede Lex.

    Atualmente os teores das conversas destes referidos grupos ainda se estendem em outros recintos usando as proposições da lógica dentro desta famosa tabela dificultosa que, na maioria das vezes cai em todos os concursos públicos deste país, e onde há o P do Prédio da PF consequentemente há P de prisão e P de punição, há também PD (prisão domiciliar) juntamente com CMP do PR junto com PT (diga-se: prisão com tornozeleira), e propositalmente ainda é a proposição mais usada quando se referem a V ou F iniciando na maioria das vezes em P, vejamos uma destas conversas:
    − Se então, o P vier a se beneficiar pela DP dizendo que é V, mas é F sobre uma acusação V, partimos então com o P para certa compra de seu S, ou com a P em contrário. − Mas este DP não irá aceitar por motivos de sua F e também de sua empresa pelo motivo do alcance da L (Leniência, será?), e a P em relação ao alcance deste DP deve ser atingida a CA, MA ou LA (onde A pode ser P). − Mais provável alcançar a todos de forma AG. − Mesmo assim alcançaria eu, ou, ou as iniciais do alfabeto inteiro dentro de todas as proposições? − Mas este P, se e somente se, esta sendo beneficiado pela PT podendo progredir para PD, ou é apenas um embuste. – Sei não. – É mais e o P. – Não, este P não, que vão a P porque QP. – Sim, vemos que este P cada dia que passa está indo a P porque QP numa constância V e devem eleger nossa turma em próximas eleições para mantermos nossas estratégias lucrativas e, logo, TODO, NENHUM ou ALGUM destes tantos Pes debatidos cairia em esquecimento e/ou não de todos estes fatos relacionados a tantos Pes, e, em algum momento, ou a CP ou a MP ou a LP. − Só que…se e somente se… falo do outro P, dos Pes que estão seguros, que não foram citados, nem notificados e nem intimados, será que vazarão mais algumas delações se referindo a alguns destes? − Mas de qual P poderá vazar alguma coisa, da P (Petróleo da Petrobras, será?), ou vc fala dos Pes. das casas, aqueles da R do S e da C. − Também não, me refiro ao P (de P ou LJ). − Ah pensei que era sobre os Pes (partidos). – Não destes Pes especificamente, eu falo dos Pes (Políticos) que concorrerão às próximas eleições, será que serão reeleitos? − Sim, pois o P ta nem aí com essa p… toda, logo caem em esquecimento. − Putz (olha aí outro P) tem alguém batendo aí na porta. − Í é a P. − Que P. − O J. − Que J, o Juiz. – Pô meu, se você fala JD eu entenderia de imediato, fala logo quem é. Não, este não, é o PFJ da PF da J do P. − Mais é V ou F, fala sério V (velho), digo, fala a verdade. − É, é ele mesmo cumprindo mais um mandado de P por ordem do J juntamente com mandado de B e A, também pelo J. − Que p… de P e de B e de A e de J é essa. − Prisão ora, juntamente com Busca e Apreensão expedidos por um Juiz. − Pupa pipa pil (3 Pes aí), e agora, estamos enrascados pela tabela (da) verdade e por este AFJ da PF linha de frente que nos levará até o E J da JF da comarca de C do estado do P para sermos inquiridos. Liga aí, vamos tentar negociar com D ou M ou E ou L ou R (falta alguma proposição aí será? Digo letra inicial do alfabeto?) para possível interferência em nosso favor ou entre eles mesmo ou junto aos Ds dos Ss e aos Ps dos Ps, lógico que dentro da tabela verdade. Será esta tabela Relativa ou Absoluta, ou vice versa, logo então se R≥≤±µ×®≠A, poderemos ganhar algum tempo numa das casas, assim poderemos tentar chegar a algum resultado satisfatório para toda esta M no V de longos anos, pensa aí qual proposição deveremos usar de início, mas dentro da L da CFRB, nunca saia e nunca se esqueça da L da CFRB no curso deste nosso mandato lucrativo, e por quem nós fomos eleitos, pois estamos aqui legislando e lutando pela supremacia do interesse público e coletivo da sociedade brasileira e não individual, e nem empresarial, e nem partidária, e muito menos siglas de partidos, nem de classes, e nunca times de futebol, mas muito menos de clubes viu, inclua aí também, nem estado X e nem Y como alguns queiram e teimam em atuar desta forma, e nem para distribuir cargos, explica a eles que somos federados e CFRB é erga omnes, e deveremos aplicar, respeitar e fazer respeitar os devidos princípios basilares da AP, aqueles do art. 37 da CFRB, relembremos juntos: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, publicidade e eficiência, e vamos deselitizar nossa forma de governar e dar muito mais ênfase na Supremacia do Interesse Público e assim governaremos pelo interesse coletivo, pois Governo Democrático deve ser oponível a todos e não de bancadas partidárias e muito menos religiosas, pois o “FILHO DO DONO DO UNIVERSO ATRAVÉS DO MAIOR LIVRO DESTE PLANETA NOS DEU O LIVRE ARBÍTRIO” e a CFRB não institui nenhuma religião oficial para este País, este País pode ser laico, mas a Constituição de 1988 foi promulgada sob a proteção de nosso “GRANDÍSSIMO DEUS”, e o livre arbítrio tem validade até que todos O conheçam e O reconheçam e, após o conhecimento e o reconhecimento intercedida por JESUS CRISTO seu Filho, este livre arbítrio é ab rogado para sempre. (Olha a Utopia começando aí gente) − Ah anuncia aí, legislamos daqui por diante erga omnes e devemos nos abster de legislar inter partes, bem como burocraticamente e de infinitos protocolos de formalidades para embolar alguns meios de campo para não ir e não ficar ao mesmo tempo, e deveremos deixar de agir e atuar paliativamente quando se tratar de benfeitorias lícitas, e se possível avise a todos do P(… ovo) que nos ajude que se abstenham de vender seus votos daqui por diante, que parem de p… o saco de P ou de qualquer um, ou um de outro descaradamente, pois eles se tornam mais sem vergonhas por isso, tanto aquele que puxa como daquele que é puxado, e o que faz o homem se tornar um arrogantemente humilde e descarado são os apoios dos p… saco, daqueles que os idolatram, ou seja, estes que se apresentam humildemente arrogantes. – Hum, CFRB é, será que é absoluta ou relativa? Será que este P(… vão) irá começar a se ligar daqui por diante, e poderão e/ou não nos corrigir nas urnas pela honestidade e nos ensinar a sermos honestos? É…, só alguns do povo se tornando também honesto daqui por diante e parar de idolatrar uns e outros… se e somente se… seremos vencidos, se atingirem uma maioria de 50+1 de honestos com moral e ética em nível avançado e satisfatório, será que da para medir isto? − Poderíamos fazer todos ou alguns atravessarem em uma feira da vaidade, aquele que enroscar e aquele que praticar alguns dos pecados capitais desmedidamente está fora, que tal? (Outra Utopia em vista aí p…). Ou mudar de partido e/ou fazer nascer outro, como estratégia, pode vir nos fazer a se estabilizar numa promissora e futura chapa diferente daqui por diante, caso não, logo então, deverão (emos) continuar com o P, se… e somente se P, por que P indica em sua maioria a letra inicial das siglas partidárias, e também das Propinas; do Paraíso Piscal na Puíça (-P+F e S); Petrobrás; Pava Pato (LJ); Poleiros (D); Petroleiros; Poços Perfurados; Postos; PF; Promotoria; Promotor; Procuradoria; Procurador; Padvogados(-P) Particulares; Padvogado(-P) da Punião(-P); Partidos; Partidários; Políticos Presos (se p então p); Petrolão; Pixuleco; Pacotes; Prêmios; Pelação (D) Premiada; Pônus (B); Porrupção (-P+C); Paraná; Povo P… da cara; P de boi, digo de boi de Piranha; Pernoites nas ceias, digo celas; Parlatórios; Prisões; Prisão; Prontuários; Pinheiros, (digo Dinheiros Sujos de roupas a lavar); Porradas e Pancadas de Propinas em Pólares(D) nos Pofres(C) dos Propineiros; Pensalão(M); Phantagem(C); Porcariadas e Porcarias (das granjas de porcos); Pelefone Prampeado ou Pinterceptação Pelefônica (apenas um equivoco entre P e T+G e P e P) (pescuta telefônica- mesma sugestão P e T); Provas; etc e pal… e coisa e pal… Pizza? Opas, falho tudo, deveremos acordar, não servirão mais Pizzas daqui por diante, deveremos mudar para C, C de comida de Cadeia, de CPI, de Confissão, de Confinamento, de Carceragem, de Caguetagem, de Cerve…, de Col…, hein, cerveja a estas horas servida na Colônia Penal é ruim em. Por favor, acionem nossos PADVOGADOS para nos defender, ou o CC (será o Chapolin Colorado?) do México devido ao uso da proposição e conjunção em C daqui por diante, e aqui mesmo em C onde nos encontramos.
    Por fim, é extensa esta conversa dentro de uma tabela verdade, podendo ser infinita.
    Quem se encorajar tenta dar seqüência nas proposições iniciadas, pois podem alguns destes Pes, futuramente começar a encomendar Pes (Presuntos ou Pescoços) ou de porcos ou de perus, dos de dentro desta tabela do P ou quem às domina, pode isso, se é que já não começaram.

    OBS: Tem um P, de Papagaio Puro, que tenta explicar melhor sobre tudo e sobre este parodiado citado, não se entende nada conforme ele mesmo declara, ou devemos parodiar esta explicação dele também! A parceira dele faleceu em 2012 com aproximadamente 42 anos, de morte natural, assoviava e cantava o hino nacional brasileiro, já este orador e explicador o dos porquês dos Pes sendo ele P, nos deixou em 2014 com quase 45 anos, também de morte natural. Eram 2 (dois) patriotas mesmo, até nas cores. Esta no YOUTUBE talvez.

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