Promoção da paz social é o tema do encontro do Papa com Lewandowski

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do site do CNJ

Presidente do CNJ e Papa Francisco discutem o papel do Judiciário na promoção da paz social

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, foi recebido nesta quarta-feira (18/2) por Sua Santidade, o Papa Francisco, em audiência privada. Durante o encontro, ocorrido na Santa Sé, Lewandowski e o Papa Francisco trocaram impressões sobre o papel do Poder Judiciário na promoção da justiça e da paz social e na garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana.

A atual conjuntura do Brasil e da região também foi tema de debates entre o ministro e o Santo Padre, especificamente no que diz respeito à necessidade de garantir a melhoria progressiva das condições de vida nos países da América Latina, sobretudo para os grupos sociais mais frágeis e desassistidos. O Papa destacou ainda a necessidade de conciliar o desenvolvimento social e a proteção ao meio ambiente.

Radicalismos – Após a audiência com o Papa Francisco, o ministro Ricardo Lewandowski foi recebido pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, no Palácio Apostólico. A garantia do pluralismo em tempos de radicalização social, política e religiosa – uma das preocupações da comunidade internacional na atualidade – foi um dos temas abordados durante a conversa. 

O cardeal Parolin destacou o papel do Poder Judiciário brasileiro na preservação da harmonia e da estabilidade social no país. Lewandowski reforçou o compromisso do STF com a garantia aos direitos fundamentais da pessoa humana e o Estado Democrático de Direito e afirmou que o Brasil pode ser considerado um exemplo de convivência pacífica e harmônica entre as diversas religiões. 

A visita de Lewandowski ao Vaticano faz parte de uma série de compromissos oficiais que o ministro cumpre na Itália e na Inglaterra desde o último dia 12. Na terça-feira (17), Ricardo Lewandowski se encontrou com o vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura, Giovanni Legnini, onde discutiu a possível celebração de um protocolo voltado para a cooperação institucional entre os dois órgãos, por meio da troca de experiências, jurisprudência e boas práticas. 

Durante o encontro, Lewandowski relatou a Legnini o processo de criação do CNJ, o desenvolvimento e os atuais desafios enfrentados pela magistratura brasileira. Disse ainda que a atual gestão tem como prioridade o estabelecimento de um planejamento estratégico para o Judiciário nacional. Ao ressaltar as semelhanças culturais, sociais e jurídicas entre o Brasil e a Itália, Legnini expôs ao ministro o modo de atuação do Conselho Superior da Magistratura, órgão italiano equivalente ao CNJ. 

Lewandowski e Legnini discutiram ainda o relevante papel de seus órgãos para a redução do tempo de tramitação dos processos e para a busca de meios alternativos de solução de conflitos, como a mediação e arbitragem. Nesta quinta-feira (19/2), o presidente do CNJ visitará a Corte Constitucional Italiana, onde participará da conferência “O papel da Corte Constitucional no Direito Italiano”, proferida pelo juiz Giorgio Lattanzi, vice-presidente da Corte. 

Inglaterra – Em Londres, os compromissos de Lewandowski estarão relacionados ao Global Law Summit, evento marcado para celebrar os 800 anos da Magna Carta de 1215, considerada um marco no surgimento do Direito Constitucional. Lewandowski participará da abertura do Global Law Summit e será palestrante em um dos painéis temáticos. O evento contará com a presença de autoridades, advogados e empresários. 

O presidente do CNJ e do STF será ainda recepcionado no Palácio de Buckingham, na próxima segunda-feira (23/2), em compromisso oficial onde está prevista a presença da Rainha Elizabeth. 

Agência CNJ de Notícias

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

10 Comentários

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  1. Duas figuras admiráveis, um

    Duas figuras admiráveis, um pela coragem de enfrentar com firmeza os inimigos internos da fé metidos em batinas o outro por não ser metido como aqueles que o vêem como inimigo apesar dele ser apenas um amigo do Estado de Direito. 

  2. papa com lewandowski on the rocks falha na promoção suprema

    papa com lewandowski falha na promoção suprema

    tem que se autopromover com a paz total e geral!

    de pouco adiantará a promoção da paz social

    se não se autopromover a paz domestical,

    no lar doce lar da vida privada bestial:

    espaço teatral da guerra dos sexos!

  3. Stf
    Deveriam olhar com os próprios olhos o problema carcerário no país. A cúpula do Vaticano tenta alcançar o céu. Mas as prisões são mais realistas. Muito pior da visao do Inferno.

    Ainda que, daqui a pouco vem um reacionário laico dizer que é intolerável, e tem cortar a cabeça do Minstro.
    Talvez além daquilo que o post publicou, foram simplesmente rezar.

  4. Sem dúvida duas belas

    Sem dúvida duas belas figuras. Mas, o mundo continua caótico e piorando. Nem sei o que o papa pode fazer além de falar, de orar e de adotar algumas ações no ámbito do Vaticano, cujo alcance e eficácia não sabemos de fato.  Quanto ao presidente do STF, desconheço a extensão do seu poder. Estranho, e muito, a sua inação com os excessos do “Rei” da Lava Jato, o juiz paranaense. Será que no judiciário,  um poder independente, tb tem segmentos autônomos?

  5. O PAPA E O BRASIL

     

    PORQUE  SERÁ  QUE  O  PAPA   CONVIDOU  O  LEWANDOVSKI  E  NÃO  O  JB  ,QUE  ESTÁ  AÍ  SOLTO,

    APOSENTADO , DANDO  PALPITE ?

     

  6. Barbosa é realmente uma triste lembrança

    O presidente do CNJ e do STF será ainda recepcionado no Palácio de Buckingham, na próxima segunda-feira (23/2), em compromisso oficial onde está prevista a presença da Rainha Elizabeth. 

    Os beiços do Gilmar estão no chão. Amuou!

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