Registro de reunião liga Temer e Coronel a esquema de propina em Santos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Do Brasil 247
 
A Polícia Federal (PF) encontrou, na sede da Eldorado Celulose, um registro das agendas do ex-presidente da empresa José Carlos Grubisich que reforça as suspeitas de que o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho tenha atuado em negociações relativas ao setor portuário. Lima já foi apontado como operador financeiro de Michel Temer no porto de Santos.
 
De acordo com o registro, Grubisich teria se encontrado com Lima em 28 de julho de 2015, um mês após o porto da Eldorado em Santos ser inaugurado. 
 
Em sua delação premiada, o executivo do grupo J&F, controlador da JBS e da Eldorado, Ricardo Saud relata que as obras do porto para escoar a produção da fábrica da Eldorado foram embargadas pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) um mês após começarem, em 2015, e só teriam sido liberadas após ele procurar o então vice-presidente Temer. O peemedebista teria prometido interceder junto à diretoria da estatal. Na delação, Saud não cita o envolvimento do então presidente da Eldorado. Mas o registro do encontro na agenda de Grubisich reforça as suspeitas e abre uma nova linha de investigação sobre o episódio.
 
No site da Argeplan, empresa de engenharia do coronel Lima, não há nenhuma obra no Porto de Santos entre os projetos executados por ela, e tampouco a Eldorado ou a Codesp aparecem na lista de clientes da empresa.
 
A PF se deparou com a informação ao revirar um backup do computador de Grubisich, que estava em um notebook apreendido na sede da Eldorado, localizada na capital paulista. No registro da agenda do presidente da companhia aparece entre parêntesis, ao lado do nome do coronel, a expressão “indic Celso Grecco”. Grecco é sócio da Rodrimar e investigado no mesmo inquérito que apura se Temer teria atuado para beneficiar a empresa no Porto de Santos.
 
As informações são de reportagem de Mateus Coutinho e Aguirre Talento em O Globo. 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Registro….

    Prenderão Lula enquanto Temer sai candidato à Presidência? Só na Terra da Surrealidade !! Onde está OAB de Temer e Fleury (Comandante-em-Chefe do Massacre do Carandiru)? Processos Tucanos caducam, enquanto mesmo flagrantemente pegos, não são confrontados e presos Coronel e Paulo Preto, Testas-de-Ferro de Temer e Tucanato? E Aécio extorquindo flagrantemente a JBS, por 2 milhões, divididos em Malas-Loures de 500 mil cada? E a Irmã, sem Foro Privilegiado? Até as sardinhas de Santos sabem que não se move uma palha no Porto mais importante da Am. Latina, sem conhecimento e consentimento de AntiCapitalistas Temer e Covas (da turma que faria política de outra forma). A maior porta das Américas para entrada de armas e drogas. Coincidência? Neste país tudo é coincidência. O Brasil é de muito fácil explicação (P.S. Se o problema brasileiro é pobreza. A solução é dividir a riqueza. Quero minha parte nos lucros e faturamento estratosféricos do Porto de Santos. Não irão abrir o capital? Abram o Capital para Todos os Brasileiros. E da Eletrobrás? E da Petrobras? e da Vale do Rio Doce? E de todas usinas Hidrelétricas? e da CSN? E da Embraer? Quero ver dividido toda esta riqueza. Solucionaremos um dos nossos problemas. A pobreza)  

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