Foto: Agência Brasil
Jornal GGN – O relatório da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deve dar a conhecer nesta segunda (10), sobre o caso Temer-JBS, deve ser o primeiro balde de água fria em cima do governo, na Câmara. Michel Temer e aliados tinham expectativa de matar a denúncia da Lava Jato na raiz, mas já admitem que o relatório do deputado Sergio Zveiter [foto], do PMDB, vai ser favorável ao julgamento por corrupção passiva e mais.
Temer já teria recebido informações de que o relator “não se limitará a um texto técnico, mas fará considerações políticas sobre o caso.”
A oposição a Temer tem denunciado que o presidente lança mão de cargos e emendas parlamentares para comprar votos a favo de sua manutenção no cargo.
Apesar da estratégia, a vida de Temer não tem sido nada fácil. Desde o final de semana passado, cresce uma onda favorável à substituição do peemedebista pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Na CCJ, Temer não tem conseguido chegar perto do número necessário para cortar a denúncia. Alguns aliados, com discurso otimista, afirmam que ele tem 41 de um total de 66 votos. Mas o placar apurado pela imprensa dá conta de 30 votos que podem flutuar. Temer precisa de maioria simples para se livrar da denúncia na comissão.
No plenário, precisará de apenas 1/3 dos deputados para não ser julgado no Supremo Tribunal Federal. Mas o movimento pró-Maia pode se tornar um obstáculo.
Embora uma derrota na CCJ não seja determinante para a votação que ocorrerá em plenário, alguns acreditam que será pelo menos um “indicativo” da dimensão da debandada que haverá na base.
A expectativa é de que a leitura do relatório na CCJ comece às 14h desta segunda (10) e, se o cronograma for respeitado, poderá ser votado na quinta (13).
Temer quer votar a denúncia em plenário até 17 de julho, quando começa o recesso branco. Mas Rodrigo Maia deu sinais de que não será possível, contrariando o presidente.
Em contrapartida, o governo ameaça não enviar à Câmara a LDO para votação. Sem que a Lei de Diretrizes Orçamentárias seja aprovada, ninguém entra em recesso, por lei.
Temer foi denunciado como destinatário final da propina que a JBS entregou a Rodrigo Rocha Loures dentro de uma mala. Os R$ 500 mil rastreados pela Polícia Federal eram apenas a primeira parcela. Em gravações, executivos da JBS apareceram discutindo esquemas com Loures que poderiam render a Temer e aliados uma “aposentadoria”. A propina fluiria num volume, em média, R$ 500 mil por semana, ao longo de mais de 20 anos.
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