Suíça investiga pagamento de propina pela Odebrecht a ex-dirigentes da Petrobras

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Ministério Público da Suíça afirmou ter encontrado indícios de que a Odebrecht usou contas bancárias no país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras, esquema investigado no Brasil pela força-tarefa da Lava Jato. Nesta quinta-feira (23), os jornais Folha de S. Paulo e Estadão informam que a Procuradoria de Berna não citou nomes de executivos do grupo Odebrecht, mas confirmou o uso de vários bancos por subsidiárias da empresa.

Em delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa admitiu ter recebido mais de US$ 20 milhões em propina da Odebrecht na Suíça. Pedro Barusco, ex-gerente da estatal, delatou outros US$ 97 milhões recebidos de fornecedores da Petrobras no exterior, entre eles a Odebrecht. A empresa nega as operações ilícitas.

“Com base nas descobertas feitas até agora, a suspeita é de que subsidiárias da Odebrecht pagaram propinas via contas suíças para contas em nome de ex-diretores da Petrobras, também com contas na Suíça”, afirmou o Ministério Público em comunicado, de acordo com o Estadão. Os suíços enviaram ao Brasil no início da semana um pedido de cooperação internacional e apontaram que as contas sob suspeitas implicam pelo menos Paulo Roberto Costa e Barusco. 

“A suspeita é de que o intermediário desses pagamentos seja Bernardo Freiburghaus, um operador que vive em Genebra desde a eclosão do caso e que chegou a fazer parte da lista vermelha da Interpol. Questionado pela reportagem, ele afirmou que ‘não existem provas’ das acusações. Mas, nas delações premiadas, ele aparece como o elo entre os pagamentos e contas em bancos como o Julius Baer, Royal Bank of Canada e Banque Cramer & Cia.” Ele foi esquecido pela Lava Jato por ter cidadania suiça e não responder, portanto, às leis brasileiras.

Ainda segundo informações do Estadão, a Suíça já havia congelado US$ 400 milhões e identificou mais de 300 contas relacionadas ao esquema na Petrobras. Berna já devolveu US$ 120 milhões ao Brasil e alerta que um total de mais de 30 bancos suíços foi usado por ex-executivos da estal e fornecedores para pagar e receber as propinas.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Do arco da velha
    Há pelo menos 30 anos ouço casos de empreiteiras, obras superfaturadas e relações promiscuas com políticos. Já se falava na época dos governos militares das orgias em Brasília patrocinadas por essas empresas, da mesada para 45 deputados e tantas outras picaretagens. É sabido também que os grandes parceiros políticos dessa corja sempre foram os integrantes da direita, hoje representados por demotucanos. OAS, Mendes Júnior, Camargo Correa, Cowan, Andrade Gutierres são “parceiras” há décadas de tucanos, DEM, PFL, PDS, PR, PP entre outros. De repente, em um lapso de ética e oportunismo resolvem “investigar” esse esquema e relacionar e incriminar atual governo e seus aliados. Ainda por cima ccontinuam sendo omissos, cúmplices e coniventes com essa turma que se enriqueceu ao longo desse passado sombrio. Isso é de uma tremenda hipocrisia e safadeza. Assim, não passaremos o país a limpo. Cansamos de ser enganados!

  2. Vejam o resultado das

    Vejam o resultado das lambanças do governo Dilma:

    2 estatais sofrendo ações judiciais nos EUA, PETROBRÁS E ELETROBRÁS por fraude contra os acionistas

    a MAIOR EMPREITEIRA DO Brasil sendo investigada na Suíça e em Portugal pr lavagem de dinheiro e corrupção.

    E no meio disso o Lula como garoto-propagenda da Oderbrecht.

     

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