TCU: obras do Comperj devem ser próximo alvo da Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

Por Daniel Mello

As obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) devem ser um dos próximos alvos da Operação Lava Jato, segundo o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.

“Pasmem, iniciou a obra com um orçamento de R$ 15 bilhões e, hoje, tragou dos cofres públicos mais de R$ 120 bilhões, e não concluiu a obra”, disse ao fazer palestra promovida pelo Instituto dos Advogados de São Paulo.

Segundo o ministro, a auditoria do TCU detectou muitos problemas. “Existem diversos indícios de sobrepreço. Claro que isso não está definitivamente julgado, mas não causará surpresa a ninguém se nós tivermos aí um novo foco para as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal”, ressaltou.

Bruno Dantas destacou que todas as empresas responsáveis pela construção do complexo foram citadas nas investigações que apuram o cartel formado para fraudar contratos da Petrobras. “Funcionam na construção do Comperj as mesmas empresas”, disse o ministro.

De acordo com ele, os problemas foram detectados porque o tribunal tem analisado os contratos envolvendo as companhias suspeitas de irregularidades no esquema da Petrobras.

“Esse caso do Comperj nós temos nos debruçado com muito cuidado. A nossa equipe de auditoria tem esmiuçado todos os contratos, porque é uma demonstração cabal do descalabro que tem, infelizmente, tomado conta de alguns setores da nossa administração”, disse ele.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Tem certeza, Ministro?

    “Pasmem, iniciou a obra com um orçamento de R$ 15 bilhões e, hoje, tragou dos cofres públicos mais de R$ 120 bilhões…”

    Vou guardar esta frase, pois tenho certeza qque o “excelentíssimo”, seja por incompetência ou má fé, errou (e feio).

    A discrepância de valores é gritante e, se realmente aconnteceu, o que duvido, o TCU, o foi conivente, ou prevaricou.

    Não há outa razão. Ou ainda é factóide (os valores, não desvio)…

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