TRF4 passou caso triplex na frente de outros 7 processos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: TRF4
 
Jornal GGN – O Tribunal Regional Federal da 4ª Região passou o caso triplex na frente de outras sete ações penais que chegaram primeiro à segunda instância e ainda aguardam julgamento. É o que informa a Folha desta segunda (8).
 
O levantamento é mais um indício de que o TRF4 acelerou o julgamento do recurso de Lula de olho no calendário da eleição de 2018. Mas segundo a Folha, a desculpa da corte – que nega tentativa de interferir no processo eleitoral – é que os casos da Lava Jato são analisados na segunda instância de acordo com sua “complexidade”, e não por ordem de chegada.
 
Na frente de Lula estão processos como o da operação Carbono 14, de setembro de 2016, que condenou José Carlos Bumlai, Delúbio Soares, Ronan Maria Pinto (empresário do ABC) e outros. As outras 6 condenações envolvendo Eduardo Cunha (e a absolvição de Cláudia Cruz), de Marcelo Odebrecht, André Vargas e Sérgio Cabral, entre outros.
 
Folha sublinhou que o caso triplex foi o mais rápido a chegar à segunda instância: em 42 dias, desde que Sergio Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão. Depois disso, levou poucos meses para ser relatado por João Gebran Neto e ter a data do julgamento agendada pelo revisor Leandro Paulsen.
 
O jornal afirma que o TRF4 também acelerou os processos contra Eduardo Cunha e João Vaccari. 
 
O Tribunal também alegou que passou a ter uma maior produtividade ao longo dos anos. Para sustentar a tese, mostrou o dado de que, em 2016, julgou apenas 5 casos que já haviam sido concluídos por Moro. Em 2017, o número saltou para 15. Em 2015, foram apenas 3.
 
O julgamento do recurso de Lula está marcado para o próximo dia 24. 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

18 Comentários

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  1. Julgamento de Lula: o Brasil precisa tremer

    Julgamento de Lula: o Brasil precisa tremer

    https://www.brasil247.com/pt/colunistas/aldofornazieri/335865/Julgamento-de-Lula-o-Brasil-precisa-tremer.htm

    8 de Janeiro de 2018

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    Em entrevista no Estadão (02/01/18), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que uma eventual condenação de Lula seria ruim para o país, para a memória. E acrescentou: “mas não acredito que a população vai tremer nas bases por causa disso. Não acho que o País vai tremer em função disso”. FHC manifestou uma sabedoria intrínseca às elites brasileiras de todos os tempos: façam elas o que quiserem com as instituições, com a democracia, com a república; dêem quantos golpes puderem dar, assaltem quantas vezes quiserem os cofres públicos, elas, as elites, sempre contam com a passividade do povo. Contam com a naturalização dessa passividade ideologicamente construída, que, de fato, foi recorrente nos momentos decisivos da nossa história.

    Pois chegou a hora de fazer o Brasil tremer, de fazer o povo tremer, para dizer não à arrogância e ao arbítrio desmedido das elites. Não se trata de fazer nenhuma revolução, mas de restaurar e defender a democracia, vilipendiada por essas mesmas elites. No Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, da França e de tantos outros países, não tivemos nenhuma revolução política democrática e nenhuma revolução social capazes de estabelecer os direitos, as regras sólidas do jogo democrático, a igualdade perante a lei, um senso reduzido de desigualdade, a justiça e o equilibro social e a dignidade dos cidadãos. Esse estado iníquo de coisas se prolongará pelos séculos vindouros se o povo não se erguer e subordinar as elites predatórias à sua soberania.

    No Brasil, a vontade popular nunca foi soberana. Sempre foi usurpada pelas elites, acostumadas a saquear o tesouro público, privatizando-o, e a manter o povo na pobreza. Não por acaso, existem mais de 50 milhões de pobres e mais 114 milhões de remediados, totalizando 80% da população. Segundo o IBGE, metade da população brasileira tem renda menor que um salário mínimo. Em contrapartida, apenas seis pessoas concentram a metade da riqueza do País. Isto é aceitável? É este o País que queremos no século XXI? Isto não é causa de indignação e revoltas justas que precisam se traduzir em ação? Isto não é manifestação da impiedade e da crueldade dos ricos e poderosos?

    Qualquer liberal autêntico dos séculos pregressos, desde John Locke, justificaria a rebelião contra este estado de coisas inaceitável. Se se quiser ser liberal que se seja, mas que não se seja golpista, corrupto, predatório, sonegador fiscal e sonegador de direitos e da democracia. Se se quiser ser de esquerda, que se seja, mas que não se seja uma esquerda de gabinete, dos aparelhos burocráticos, de pessoas aburguesadas que fazem parte do sistema de dominação que está aí. As esquerdas não podem ser o flanco esquerdo do neoliberalismo, a cereja do bolo dos grandes capitalistas globais, tomados pela falsa consciência ambientalista e social, enquanto continuam a produzir a destruição do planeta e a pobreza e a miséria das pessoas.

    FHC diz ainda que se o julgamento terminar em condenação, tem que aceitar. Pois, não tem que aceitar. É mais do que a pessoa do Lula. É mais do que o líder Lula. Neste julgamento, não há provas e não há provas porque não há crime. O julgamento é puramente político, é um julgamento para decapitar as esperanças do povo, é um julgamento para condenar o próprio povo, é um julgamento para encarcerar a democracia. A condenação não pode ser aceita e o Brasil precisa tremer. Se Lula for condenado, que se formem comitês de defesa da democracia por todo o País e que não se aceite eleições ilegítimas.

    O julgamento é um jogo de cartas marcadas. Não há imparcialidade e nem isenção. Portando, não há Justiça. O presidente do TRF-4 e alguns de seus assessores já manifestaram o seu pré-julgamento condenatório. Moro não poderia ter julgado Lula porque o caso do triplex nada tem a ver com a Petrobras como o próprio juiz reconhece. Portanto, Moro não é o juiz natural para julgar o caso. Há uma ilegalidade de origem em todo esse processo Trata-se de um conspiração política para levar o golpe até as últimas consequências, visando manter a exploração despudorada, a miséria do povo, a naturalização da passividade e a entrega da riquezas públicas a interesses privados e estrangeiros.

    Se as lideranças políticas e sociais e os ativistas progressistas e democráticos não proclamarem e não convocarem o levante popular, as gerações das pessoas que vivem hoje, e que se dizem progressistas e de esquerda, merecerão que em suas lápides se inscreva: “Aqui jaz um covarde”. Seremos cobertos de opróbrio e de vergonha até o fim de nossas vidas, pois capitulamos sem lutar. Não mereceremos lembranças boas das gerações futuras e bem que mereceremos ser condenados a um esquecimento eterno. O que está em jogo, antes de tudo, é uma questão de dignidade pessoal e da dignidade do povo.

    O direito à desobediência e à vingança

    É preciso dizer ao povo que ele tem o direito de não aceitar um julgamento que é uma farsa porque aqueles que julgam não são juízes justos, mas golpistas, representantes das elites predatórias aquartelados nos tribunais. É preciso dizer que o próprio STF não tem moral porque rasgou a Constituição para proteger Aécio Neves e outros criminosos. É preciso dizer ao povo que ele tem o direito e o dever de não abrir as portas da misericórdia e do perdão para aqueles que sempre o fazem sofrer, para aqueles que lhes tiram o pão, o leite, o remédio, a moradia, a educação, o salário e a cultura. Para estes predadores não pode haver o dia do perdão, mas o dia da vingança.

    É preciso dizer ao povo que ele tem o direito à vingança justa, pois a vingança pode ser o instrumento da justiça quando se vive sob a égide da injustiça. O oposto da justiça não é a vingança, como acredita a esquerda mi,mi mi, mas a injustiça. O povo tem direito de odiar. De odiar aqueles que o relegaram a uma vida indigna, cheia de misérias, de sofrimento, de dor, de falta de assistência e de oportunidades, enquanto esses exploradores se banqueteiam às custas do suor, do sangue e das aflições dos trabalhadores e dos pobres. Aqueles que vivem definhando e penando não podem amar aqueles que lhes tiram o alimento e os direitos para se regozijarem na riqueza e na luxo. Aqueles que pranteiam seus mortos, vítimas da violência, que são milhares, aqueles que padecem os sofrimentos dos seus doentes desassistidos, que são milhões, não podem amar os políticos que lhes negam segurança e atendimento, pois eles são criminosos que precisam ser castigados. O Brasil é o país que mais mata no mundo, mais do que os países em guerra. A miséria, o abandono, a desassistência, a falta de direitos, a exclusão e um Estado violento, predatório e injusto são fábricas da morte.

    As universidades, as ONGs, os sindicatos, as igrejas e parte das esquerdas não podem continuar sendo instrumentos da difusão da ideologia da naturalização da passividade. Enquanto os pobres continuam sendo punidos por um Judiciário iníquo, pregam a impunidade de bandidos e celerados de colarinho branco. Pregam uma concórdia falsa, uma harmonia que nunca existiu, um amor pueril, ao gosto da ideologia dominante.

    Essas elites que estão ai dominando, na política, no Judiciário, no alto funcionalismo público, nos tribunais, nos bancos, na indústria (claro que há exceções e todos esses lugares), estão a serviço de uma ideologia que quer perpetuar e naturalizar a tragédia e pobreza no Brasil. Eles têm os corações vis, dominados pelo egoísmo e pela cobiça. Tal como esse governo, esse Judiciário e esse Congresso, são despudorados. Os integrantes da congregação do golpe anuncia os seus crimes e suas violações em comunicados oficiais, sem rubor e sem que ninguém os molestem significativamente. Não temem a punição, pois diante de um sistema corrompido, somente o povo poderia puni-los. Enquanto o povo não for capaz de lhes impor medo, continuarão na sua soberba desenfreada e na senda de crimes sem punição.

    Por isso, os líderes autênticos precisam chamar o povo a agir, a manifestar a sua ira em atos e aos gritos, pois o povo, no seu silêncio, está irado, mas desesperançado. A ira do povo é santa e por isso deve se transformar em potência e poder, pois só ela poderá plantar as árvores que produzirão os frutos da justiça, da igualdade, da dignidade e da liberdade. Não podemos aceitar a submissão e a passividade eternas, que foram ideologicamente construídas e naturalizadas como instrumentos de dominação de elites pervertidas. Fazer tremer o Brasil e não aceitar a condenação do Lula, não é só por Lula, é pelo povo, é pelo Brasil. Os ceifadores da esperança devem sentir medo de que chegue o dia em que pagarão pelos seus crimes nas mãos de um povo irado.

  2. Regra da Exceção ou Exceção à Regra?

    Nassif: na Corte de Suplicação dos Pampas o caso Lula não poderia ter outro tratamento. É norma da Casa (salvo raríssimas exceções) a condenação (prévia) do Sapo Barbudo (como dizem os de farda) e aos ligados ao deposto governo. Tenho pra mim o acórdão (que parece combinado entre quase todos os “pares”) estaria esboçado desde o surgimento da Suja Jacto. Com retoques aqui a li, conforme mandava a grande mídia e os acordos partidários.

    Por exemplo, essa de passar na frente o caso lembra o adágio — “aos amigos, a Justiça; aos inimigos, a Lei, de preferência lenta e corrupta!” Veja as normas legais para recebimento e andamento dos recursos ordinários. Pergunte ao CNJ se uma Corte pode desrespeitar o ordenamento legal.

    Perceberam o presidente daquela Corte indo a Lisboa para palestrar sobre “saúde”? E patrocinado pelo ministro do Çu-premu ligado ao atual governo.

    Estou pendente a acreditar que já vão adiantados todos os possíveis recursos consequentes, até às Cortes Superiores, desse caso. E nem preciso dizer contra quem…

  3. Por toda a pressão que estão

    Por toda a pressão que estão fazendo já começo a acreditar que têm dúvida no voto do Paulsen.

    Só imaginando que ele pode absolver para jogarem essa pressão no Laus. Não tem outro sentido.

    Talvez também por isso tenham antecipado tanto o julgamento. Pois se ficar 2 a 1, ele recorre a outro julgamento com o acréscimo de outra turma.

    De qualquer forma vamos aguardar.

  4. tudo tão previsível…

    há certas coisas no fascismo que jamais mudam………………………

    em qualquer tempo, quem pedir justiça, por exemplo, terá sempre um não como resposta

    juízes fascistas são tão ou mais irretocáveis do que suas sentenças

  5. TRF4…

    Não culpem o Poder Judiciário !!! É a celeridade da Justiça Tupiniquim. Qualquer Brasileiro que já precisou do Poder Judiciário sabe muito bem como eles trabalham em Janeiro !!!  Não estão fisicamente nos Fóruns ou Tribunais, mas estão ‘espiritualmente comprometidos’ a partir de Europa ou Disneylândia. Tamanha celeridade já consertou uma grave injustiça: a ampliação de Auxílio-Moradia a todos Juízes Brasileiros. O que seria deste país sem Justiça, não é mesmo? 

  6. Condenação de Lula
    O ex presidente Lula já está condenado pelo TRF 4. Esse julgamento é só formalidades. É a conclusão do golpe, é o fim da lava jato que tem como objetivo principal deixar o és presidente Lula inelegível.

  7. A Justiça está correta ao
    A Justiça está correta ao julgar, adiantadamente, a ação do Lula, no TRF4, no proximo dia 24. O povo brasileiro tem ânsia para saber quem serão os nossos candidatos a Presidência, num momento tao crucial da política nacional. Com essa avalanche de processos; com esse vai e vem de audiências; a condenação em primeira instância; pesquisas demonstrando crescimento em relação a seu nome; sua petulância inesgotavel, além da incorrigível militancia, e claro que qualquer cidadão, antipetista, e que ama este país,ficará atônito diante de tudo isso.

    1. O povo “consciente e não
      O povo “consciente e não hipocrita” vê toda essa mobilização como manobra para tentar retirar Lula do pleito de 2018, isso está mais claro que água cristalina… Já todos os comentários em contrário são claras mostras do apoio que essa classe golpista dá à Maçonaria Nacional e Internacional, que está realmente por trás de todo esse aparato que iniciou com as mobilizações patrocinadas por essa Maçonaria passando pela entrega do capital nacional ao capital estrangeiro, até essa tentativa de retirar Lula do pleito com objetivo de colocar outro presidente, da Maçonaria para continuar a entrega do nosso capital nacional ao estrangeiro, sacrificando o emprego e a renda do povo brasileiro. Simples assim. Só não vê, quem não quer …
      É Lula presidente 2018 …

    2. Supremo deveria fazer o mesmo que o Trf4.
      Após à certa condenação de Lula no Trf4, o STF deveria fazer o mesmo que fez o TRF4, passar este caso do Lula na frente de todos os outros processos “à jato” e inocentar Lula para que ele possa concorrer ao pleito deste ano…
      LULA PRESIDENTE EM 2018.

    1. Quem Sabe Sabe…

      Vânia: tenho pra mim que você seja sacerdotiza no templo de Atena. E acho que nem a famosa deusa teria tanta genialidade em interpreter este julgamento como a sua charge. Precisa e perfeita. Parabéns!

  8. Jogo de búzios

    Muita calma nesta hora. O nosso país é assim mesmo. Lula vai conseguir se candidatar, vai ser eleito, vai se aliar a uma turma de congressistas para poder governar, vai aprovar a reforma da previdência,  também aprovará a lei de abuso de autoridade e a lei de regulamentação das comunicações. De sobremesa tentará com seus aliados cassar a concessão da Globo. Isto é bom ou é ruim? Os búzios não emitem opiniões sobre previsões.

  9. Vai dar 2×1.
    Este é o motivo
    Vai dar 2×1.
    Este é o motivo da pressa. Dando o resultado por maioria o Lula terá direito ao recurso de embargos infringentes. Este recurso será julgado por um grupo de câmaras (2). Onde a defesa do Lula apresentará suas razões, a procuradoria posteriormente apresentará as suas, será designado novo relator, novo revisor, será marcado novo julgamento.
    A pressa é que tudo aconteça antes das eleições.
    Caberá a defesa de Lula entrar com alguns mandados de segurança à instância superior e adiar o novo julgamento.
    Ao que tudo indica o Desembargador Victor Laus abriu para os colegas da 8a. Câmara que iria discordar e estes (relator e revisor que também é presidente) resolveram apressar para que a condenação pelo grupo de câmaras saia antes das eleições.

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