Troca no Ministério da Justiça pode destravar acordo da Lava Jato com Suíça

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Algumas trocas em cargos de direção do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça pode destravar a tentativa da Lava Jato de criar uma força-tarefa com o Ministério Público da Suíça. Segundo o Estadão, essa pauta está parada desde que autoridades brasileiras questionaram quem estaria na mira de uma eventual investigação, o que fez os procuradores do País europeu recuarem com suas informações.

Por Frederico Vasconcelos

No Estadão

A recente mudança na direção do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão do Ministério da Justiça, pode vir a eliminar a trava que paralisou o acordo de cooperação com a Suíça para acelerar investigações de casos de corrupção na Operação Lava Jato.

No último dia 16, o Blog registrou que o Ministério da Justiça autorizou a cessão dos delegados da Polícia Federal Luiz Roberto Ungaretti de Godoy e Tácio Muzzi Carvalho e Carneiro para os cargos, respectivamente, de diretor e diretor-adjunto do DRCI.

Luiz Roberto Ungaretti de Godoy foi diretor-executivo da Polícia Federal em São Paulo e participou de ações da Operação Lava Jato no Estado. Tácio Muzzi Carvalho e Carneiro foi Chefe da Delegacia de Combate a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos.

O Blog apurou que estaria no DRCI o obstáculo à criação de uma equipe conjunta de investigação com a Suíça.

O travamento do acordo foi revelado em reportagem de Jamil Chade, publicada neste domingo (22) no “O Estado de S. Paulo”.

Segundo o jornal, “a proposta da Procuradoria-Geral da República brasileira é criar uma força-tarefa com o Ministério Público do país europeu para depurar milhares de páginas de extratos bancários, levantar identidade de suspeitos e tratar de acordos de delações premiadas ainda não celebrados”.

Ainda segundo o jornal, “uma troca de e-mails cujo conteúdo o Estado teve acesso revela exigências feitas pelo governo brasileiro para as autoridades suiças”.

“Para dar prosseguimento à parceria, lançada em março do ano passado, o Executivo do Brasil pediu o nome de suspeitos e a lista de potenciais alvos que poderão vir a ser investigados. A condição causou estranhamento, e o pedido não foi acatado”.

Ao “Estado“, o Ministério da Justiça informou que colabora com todos “os esforços e garante auxílio integral às investigações relacionadas à Operação Lava Jato”.

Consultada no último dia 16, a Polícia Federal não forneceu informações ao Blog sobre a cessão dos dois delegados ao DRCI.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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