A minha alma é crespa. E eu sou ingrato.
por Romério Rômulo
1.
A minha alma é crespa. E eu sou ingrato.
Depois das instâncias de água que nos levam
A vida é aquilo que morre no palato
Sobre pedras e trevas. Ervas ervam.
2.
Não era solidão. Nem é segredo
Que a cava a me lamber a poesia
Carrega o seu véu de fantasia
Fundado na entranha e no degredo.
3.
Veio à socapa. A máscara que surge
É vento e pedra e tâmara e insurge
Sob a mácula da carne, carne pura
Quando a vida te mata e é doçura.
Romério Rômulo
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maravilha de vida em poesia ou de poesia em vida, parabéns nos dois sentidos…
permita-me resumir: como os elos de uma imensa corrente a flutuar, uns sofrem para que outros se libertem enganados
muito obrigado pela oportunidade de ler a exatidão em poesia
Precisa metáfora dos dias atuais. Parabéns por brilhante poema