remonto a musa pelo seu joelho
junto bedéis, verrumas, um artelho
um gato vil, cruel como abril
feitiço nu bordado no espelho
nonada. a musa é a dura madrugada
que te consome a carne numa espada
que te corrompe o corpo feito nada
que te arranca o olho na mirada
comidas as missões, puros espaços
montadas solidões dos meus abraços
rimadas as monções e os seus traços
soçobram os navios nos bagaços
somados os pedaços, todos lassos
a musa te arquiva entre os devassos.
0 Comentário
Faça login para comentar ou Registre-se
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.