A verdade de Ruffato expõe também a pobreza da literatura brasileira

 
    LucianoAlvarenga 
O discurso do escritor Luiz Ruffato na Feira do Livro de Frankfurt merece comentários, como, aliás, muitos estão fazendo, contra e a favor. Quem é contra vê em sua fala críticas aos poderosos de plantão e, ao não enxergar as melhorias dos últimos anos; quem foi favorável vê em seu discurso a denuncia de uma realidade atrasada, arcaica e desigual que não muda. 
O discurso de Ruffato é de uma verdade incontestável. E é a verdade do discurso que, inclusive, evidencia o estado secundário da literatura brasileira no plano internacional e o estado de crise da cultura nacional. O discurso do Ruffato não está à altura da Feira de Frankfurt nem à altura do que deveria ser o discurso de um escritor. Ruffato fala verdades, mas não as fala como escritor. Sendo escritor deveria ter dito o que disse em outro diapasão, de outra forma, mas não, seu texto parecia um editorial de jornalão. 
Ruffato ter dito o que disse da maneira como fez nos coloca em linha com o que está acontecendo no país em termos de cultura e de literatura. Há tempos que a literatura nacional não alcança o nível do que vem sendo produzindo no mundo. Jonathan Franzen, Javier Marías, Orhan Pamuk, Herta Müller, Philip Roth, Michel Houellebecq, Lionel Shriver, entre outros, não tem pares no Brasil. Chama a atenção a distancia destes autores e aquilo que se produz por aqui. Sim, a inexistência de público letrado e leitor, como Ruffato chama a atenção, explica muita coisa sobre o estado da literatura nacional. Mas o fato de os escritores brasileiros não suportarem o peso da solidão e da criação literária no país da felicidade, de se sentirem impelidos incuravelmente a serem aceitos na agremiação, também os torna muito menores do que poderiam ser e também contribui pra o estado paupérrimo da literatura por estas plagas. 
A cultura literária no Brasil ainda não se resolveu do fato de ser ostentação, inclusive entre os próprios escritores, verniz de distinção numa cultura de analfabetos funcionais. O discurso do Ruffato, que será esquecido antes mesmo de ter terminado a feira onde ele foi proferido, revela um país de ressentidos. Escritor ressentido não contribui pra alta literatura.
Ressentimento é aquilo que emerge como resultado da apatia, da incapacidade, da fraqueza em mudar uma dada realidade que nos sentimos afetados. É o discurso do Ruffato. Dizer no fim do discurso que é filho de pessoas pobres sendo ele filho dessa condição é tornar uma realidade, ela mesma material e plasma da literatura, naquilo que impede que a literatura aconteça. 
De repente, nos vemos no Brasil entre o pobre que melhora de vida e que, portanto, está redimido de tudo e passa a ser a medida de todas as coisas ou, de outro lado, uma parcela cínica e também desinformada, vendendo meritocracia como justiça quando as condições em que vivem uns e outros, mais uns que outros, são completamente desiguais. A literatura entre nós ou, é literatura de correção, ajuste social, o pobre redimido ou, autismo biográfico de escritores que pouco tem pra dizer. O problema da literatura brasileira não é língua, como disse Ruffato em certo momento do discurso, é o monolinguismo da nação e a incapacidade de produzir literatura que supere a barreira da língua e, isso só é possível com literatura de alta qualidade.
A literatura começou a se tornar proibitiva no Brasil a partir do momento em que ou, era (é) instrumento de mudança social ou, meio em que muitos escritores têm de se afastar da realidade iletrada da maioria e criar seu mundo próprio e autorreferenciado onde só entram os iguais. 
A realidade denunciada por Ruffato é verdadeira, mas o é na medida em que evidencia a pobreza da literatura nacional. É a pobreza da literatura nacional que empobrece a realidade de onde ela não consegue extrair literatura. 

 

Redação

20 Comentários

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  1. Gostei do post mas…

    Louis-Ferdinand Celine era uma pessoa terrívelmente ressentida, tanto que abraçou as ideologias da extrema-direita europeia dos anos 1930. Mas assim mesmo escreveu obras-primas do seu tempo, se não de todos os tempos.

    E nenhum autor brasileiro atual chegou nem perto do Celine…

    1. Ah, qualé, mon ami? Me

      Ah, qualé, mon ami? Me perdoa, mas Nelson Rodrigues era de direita e é um milhão de vezes maior do que o Celine, na prosa ou no teatro – para fica em termos de invenção literária, “Dorotéia” antecede, por exemplo, todo o dito teatro do absurdo europeu, ok? E, alías, o Campos de Carvalho, o Murilo Rubião, o Osman Lins – não ficam a dever nada pra Monsieur Céline, que sem dúvida é um gigante das letras, hei de concordar.

  2. “A cultura literária no

    “A cultura literária no Brasil ainda não se resolveu do fato de ser ostentação, inclusive entre os próprios escritores, verniz de distinção numa cultura de analfabetos funcionais”:

    A ultima vez que eu olhei, a ABL tambem tava cheia de analfabetos.

  3. Mediocrida, haja

    Mediocrida, haja mediocridade! Infelizmente na literatura brasileira não há anos, mas décadas que não se reproduz algo significativo. A cultura no Brasil, de modo generalista, ressoa algo classista, elitista e não há escritor que sintetize o Brasil. Vivemos num apagão artístico e é só verificar a Academia Brasileira de Letras e os seus “jenios” para verificar como estamos bem abastecidos!

  4. literatura e conflitos…

    exageros a parte

    se os seus livros refletem o que foi colocado no discurso, temos literatura em estado puro

    merecedora, aliás, de prêmios e tudo mais, incluindo reconhecimento nacional e internacional

     

    para minha leitura, literatura atinge seu ponto máximo de qualidade quando também é capaz de retirar e estraçalhar todas as máscaras da inspiração, sociedade, e não só quando é capaz retratar sua face

  5. AINDA O COMPLEXO DE VIRA-LATAS GANINDO

    Alguém pode definir o que seja “alta” e “baixa” literatura? E QUEM define esses rótulos? Mais, porque os autores que o Alvarenga cita tem de ter autores correspondentes ou da mesma “qualidade” no Brasil, sendo que tais artistas são de países, linguas, contextos históricos e formações pessoais diferentes? Nessa opinião de Alvarenga, penso, ainda é o velho complexo de vira-latas ganindo dentro de nós. Aliás, tanto em Ruffato quanto Alvarenga a discussão ainda é a do século XIX. Portanto, nada de novo. Mas, ainda que não concorde com Ruffato quanto ao momento da paulada (verdadeira e merecida) que deu (podia fazer isso num bela entrevista ao Der Spiegel, por exemplo), prefiro um brasileiro da boa e velha Minas Gerais à alta literatura de Roth e quejandos. Ruffato é fiel a seu povo e ao seu tempo. Se fosse norte-americano, francês, não seria Ruffato. Portanto, respeitemos o direito de livre-expressão do escritor. Pena que tudo isso tenha ocorrido numa feira em que livros e autores são mera, meríssima, mercadoria.    

  6. Os escritores brasileiros não estão na rede

    ESCREVER É COMPROMISSO COM A SOCIEDADE ? Que discurso dos mais falsos esse do Ruffato.  Ao mesmo tempo em que dia isso, afirmou acreditar no transformador da literatura ao mesmo tempo em que  em tempos de leitura e atualizçaão via internet ele mesmo parece não mover sequer uma palha para que sua literatura chege aos internautas, pelo contrário, fechou-se em copa em 2007, explico:  Ruffato e outros tomaram chá de sumiço em 2007, não sei o motivo da ausência na rede, o sumiço foi de todos ao mesmo tempo, parece que combinaram,  talvez pq o que escrevam guardem como material inédito para futuros lançamentos. Pq os escritores de Portugual não tem este mesmo comportamento? Não fiz um levantamento para ver a dimensação disso, mas ao buscar nas redes sociais escritores brasileiros, pelo menos parte destes que foram a Frankfurt, notei que muitos estão no twitter e facebook, mas não publicam nada autoral. O problema maior é a ausência de portais, sites, blogs. Uma grande maioria encerrou seus blogs em 2007, vai ver que acha chique demais da conta o analfabetismo digital, mas para não ser injusto com todos eles, aqui um  blog de escritor brasileiro

    MENALTON BRAFF

    http://blogdomenalton.blogspot.com.br/

    Notem que Menalton compartilha muito de sua obra em seu blog, vejam os blogs dos escritores linkados no próprio blog de Menalton Braff, na aba direita:

     Affonso Romano Sant’annaAntônio TorresBiblioteca Livre de SerranaBlog do Luiz RuffatoBlog do SacolinhaCarlos NejarClaudio WillerFlora FigueiredoHenrique SchneiderIgnacio de Loyola BrandãoLivros e PessoasMarcelino FreireMilton HatoumMusa RaraMárcia Tiburi

     

    Notem que estes blogs de escritores linkados pelo Luis Ruffato foram encerrados em 2007:

     

    Amores ExpressosAdriana Lisboa (Paris)Amilcar Bettega (Istambul)André de Leones (São Paulo)Antonia Pellegrino (Bombaim)Antonio Prata (Shangai)Bernardo Carvalho (São Petersburgo)Cecília Giannetti (Berlim)Chico Mattoso (Havana)Daniel Galera (Buenos Aires)Daniel Pellizzari (Dublin)João Paulo Cuenca (Tóquio)Joca Reiners Terron (Cairo)Lourenço Mutarelli (Nova Iorque)Luiz Ruffato (Lisboa)Paulo Scott (Sydney)Reinaldo Moraes (Cidade do México)Sérgio Sant`anna (Praga)

    Agora vejam vcs que coisa interessante: Em Portugal ocorre o oposto: Lá há blogs e mais blogs de escritores, estranho a abdução dos nossos escritores, não é mesmo, repito, estes são de Portugal:

     

     

    Sites e blogues de escritores portugueses

     Alguns escritores gostam de criar os seus sites e/ou blogues de forma a expressar os seus pensamentos, as suas opiniões , a sua paixão pela escrita, entre outros aspectos.Trata-se , talvez de uma forma de aproximação ao público-leitor. Se está a ler uma obra , com certeza que já sentiu curiosidade e vontade de se aproximar do escritor e saber um pouco mais sobre ele, a sua realidade , a sua inspiração , a sua(s) obra(s). Deixo assim, alguns sites de autores portugueses que poderão aproximá-lo da realidade dos autores e dos seus “universos literários”.

     

    Daniel Sampaio – http://danielsampaio.no.sapo.pt/David Mourão-Ferreira – http://www.astormentas.com/mouraoferreira.htmEugénio de Andrade – http://www.fundacaoeugenioandrade.pt/

     

    Fernando Pessoa – http://www.fpessoa.com.ar/

     

    José Rodrigues dos Santos – http://www.joserodriguesdossantos.com/José Saramago – http://blog.josesaramago.org/Lídia Jorge – http://www.lidiajorge.com/blocodenotasTeolinda Gersão – http://www.teolinda-gersao.com/Tiago Rebelo – http://www.tiagorebelo.com/

     

     

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    http://viajarpelaleitura.blogspot.com.br/

     

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  7. A verdade de Ruffato…

    Não conheço a obra do escritor Ruffato. Aliás, não tinha ouvido falar dele. Mas o seu discurso é deslocado, foi rude e grosseiro com o Brasil, com o governo que financiou a sua viagem. Realmente, parece editorial panfletário de jornal ligado aos tucanos.  Pelas suas discordâncias, ele não deveria ter aceito essa viagem oficial paga com dinheiro público.

  8. Interessante isso a

    Interessante isso a literatura brasileira atual está mesmo muito abaixo das estrangeiras até mesmo das lusófonas como Portugal e Moçambique. A safra não é boa não sei se é uma crise de criatividade dos autores brasileiros  a questão do analfabetismo não se sustenta pois no passado o Brasil tinha um número muito maior de analfabetos e  era muito mais pobre e no entanto produziu :Guimaraes Rosa, Mário de Andrade, Oswald de Andrade ,Graciliano Ramos  (  Clarice Lispector não pois que ela teve uma bagagem cultural não- brasileira) mas é verdade: PAULO LINS é mediano Ruffalo é mediano e Paulo Coelho não é escritor rabisca livros de auto -ajuda .Desde o fim da geração mimeógrafo   o Brasil não produz mais literatura como produzia antes  e mesmo quando surge um livro bom ele ainda assim fica abaixo dos melhores do exterior.

    1. Permita-me discordar, amigo.

      Permita-me discordar, amigo. Sem dúvida a literatura de expressão portuguesa produzida na África está recebendo uma merecida e oportuna abertura em nosso mercado. Eles são muito bons mesmo. Mas, no Brasil, a coisa é um pouquinho diferente. Existem excelentes escritores, poetas e contistas SEM EDITORA. É um mercado cruel. O que acontece é que as editoras é que dão a letra (sem trocadilhos). E não são apenas os jovens talentos, há escriores na faixa dos 40 até 60 anos que estão à margem do mercado e, por isso, muito distantes de Frankfurt e Parati.

  9. Eu, por exemplo, que sou um

    Eu, por exemplo, que sou um “wannabe” da literatura, disponibilizo meus dois mais recentes livros para leitura grátis, através do Widbook.com, com links no meu blog O Cubancheiro. Às vezes acho os literatos uns chatos!Mas só às vezes.

  10. Obra prima

    O problema do discurso do Ruffato é ter se tornado sua obra prima…

    Uma obra prima do narcisismo: tudo no Brasil está errado, sorte nossa que ele escreve para nos redimir!

  11. Com essa Celeuma do Ruffato,

    Com essa Celeuma do Ruffato, em meus pensamentos mais conspiratórios, confesso que cheguei a pensar  se nosso escritor (que é excelente sem dúvida), não estaria se cacifando com vista a uma indicação ao Prêmio Nobel de Literatura… Mas, voltei ao real e sei que não é assim tão simples.

  12. Na semana passada Leda Nagli,

    Na semana passada Leda Nagli, em seu programa da tarde da TV Brasil, entrevistou Ricardo Santana, que é Diretor de Negócios da APEX. Quem assistiu ao progrma extraiu ideias diametralmente opostas do que falou esse Ruffato sobre o Brasil. Peguei o final das entrevistas, que durante essa tarde se dedicou inteiramente a apresentar ao público um Brasil produtivo, invejável por muitos outros países. 

    Nós exportamos moda e cosmético para o mundo porque são produtos de qualidade. Segundo Ricardo Santana, quem mais aprecia nossa Cosmetologia é o povo árabe e japonês.

    As sandálias Avaianas são tão internacionalizadas que lá fora custam caríssimas, tal a procura pelo produto, que há décadas se transformou na cara do Brasil por onde passamos. A sandália, em si, é a mesma de quando surgiu pela primeira vez, mas há que se cuidar de falar dos atributos que todos os dias são dados a essas sandálias para que ela se torne a cada dia mais e mais atrante. 

    Esse defensor do Brasil como um país importante para o mundo, disse muita coisa importante, mas uma me ficou para sempre. Ele contou que certa vez, estando no aeroporto de Guarulhos com uns árabes, apareceu um avião da Embraer. Todos queriam saber que empresa era aquela. Uma vez respondida a pergunta, os estrangeiros arregalaram os olhos, im pressionados, pois desconheciam a capacidade do Brasil em construir aviões. Aí, diz o Ricardo: “Imagine se ele soubesse quem foi Santos Dumont!”.

    Esse Ruffato precisa se encontrar com o Diretor de Negócios da APEX. Quem sabe, ele passe a ser mais otimista em relação ao Brasil, e possa transmitir melhor a nossa realidade, quando estiver em outras feiras no Estrangeiro.

     

  13. Livros de não ficção lançados por jornalistas
    A biblioteca de não ficção nem um pouco palatável à grande imprensa, por abordar casos que tem sido motivo de esconde esconde, por se tratar de denúncias que envolvem aliados dos grandes meios de comunicação.  O Miguel Do Rosario é um deles http://www.ocafezinho.com/2013/09/20/novo-projeto-cafezinho-2-livros-em-novembro  Outro escritor do qual me lembro agora, que marca presença na blogosfera: Urariano Mota (

    http://www.diretodaredacao.com/?buscar=author:Urariano%20Mota%20-%20Recife)

    Temos também os jornalistas que ora ou outra escreveram, como o Paulo Moreira Leite, Luis Nassif..,

    Obras do Nassif:

    O Menino do São Benedito e Outras Crônicas (2001, Ed. Senac, São Paulo, 456 pp.) – 126 crônicas com as reminiscências e impressões pessoais de Nassif sobre diversos temas, como a infância em Poço de Caldas, MPB, esporte e o país.O Jornalismo dos Anos 90 (2003, Ed. Futura, 320 pp.) – analisa a cobertura da imprensa em diversos episódios como o impeachment de Fernando Collor, o caso da Escola Base, o do Bar Bodega e outros.Os Cabeças-de-Planilha (2007, Ed. Ediouro, 312 pp.) – analisa a economia nos governos de FHC e traça um paralelo entre a Política do Encilhamento de Rui Barbosa e o Plano Real comPedro Malan e Gustavo Franco.

    Um livro recente do Paulo Moreira Leitte:

    http://www.viomundo.com.br/politica/paulo-moreira-leite-a-outra-historia-do-mensalao.html

    Também o Palmério Dória, que acabou de lançar uma não-ficção, O Príncipe da Privataria

    http://www.jornalopcao.com.br/colunas/imprensa/livro-de-palmerio-doria-diz-que-reeleicao-de-fhc-foi-comprada-com-cheque-pre-datado

    O Amaury Ribeiro Jr, autor de A Privataria Tucana, que virou best seller

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Amaury_Ribeiro_Jr.

       

  14. Do blogueiro Marco Aurélio

    Do blogueiro Marco Aurélio Mello:

    Não sei para onde minhas escolhas vão me levar, mas é para lá que quero ir. Quando escrevi esta frase adotada como “abre-alas” do blog, não entendia direito seu significado. Veio de inspiração, um espasmo. Não construí e não tive nenhum controle sobre ela. Simplesmente brotou de mim, como uma das tantas nascentes que formam o rio São Francisco, lá na Serra da Canastra, de onde vieram meus ancestrais.

    Há duas semanas, mais ou menos, parei de atualizar o blog. As causas são muitas, mas a principal delas é que o trabalho preencheu um espaço grande da minha rotina e as novas escolhas que fiz recentemente demandaram agora outras prioridades. Por isso, tenho preferido mais “passear” pelas redes sociais. Mesmo porque, uma postagem em rede social é mais rápida e muito, mas muito mais interativa.

    No entanto, tenho ouvido dizer que alguns posts ficam inacessíveis aos meus contatos e, hora ou hora, sou bloqueado sem explicação, passando alguns dias “fora do ar”. Tudo isso causou uma certa fadiga, uma indisposição em continuar tão empenhado. Começo a pensar também se o tipo de causa que abracei não é dispendiosa demais para um resultado tão insignificante.

    Não sei por quanto tempo ficarei nesta “dormência” e espero que os amigos compreendam que, nem sempre, somos previsíveis e estáveis. Aliás, não existe coisa mais chata do que envelhecer sabendo como será cada passo. Prefiro não saber de nada e é isso que vim hoje dividir com vocês.

    Esta experiência do blog tem sido uma das mais importantes de toda a minha vida e os cerca de dois mil visitantes que passam por aqui todos os dias – independentemente de eu atualizar ou não – são a causa das minhas desculpas e de tanta gratidão. Valeu, gente! Vocês preenchem um vazio enorme da minha existência.
     

    A espera do trem do Metrô a caminho do trabalho

    – See more at: http://maureliomello.blogspot.com.br/2013/10/passadinha.html#sthash.W153fLM8.dpuf

    http://maureliomello.blogspot.com.br/2013/10/passadinha.html

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