As ruínas da velha injustiça colonial paulista, por Fábio de Oliveira Ribeiro

sp_bandeira.jpg

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

01 de abril de 2148. Faz 130 anos que a guerra civil finalmente havia devastado as instituições da antiga capitania hereditária que existiam sob um verniz republicano. Levei meu netinho para ver as ruínas do antigo Tribunal de Justiça que durante muito tempo havia legitimado tanto a corrupção desenfreada do Palácio dos Bandeirantes quanto a odiosa brutalidade da extinta Polícia Militar.

As ruínas eram imponentes. Uma das portas de entrada do prédio ainda estava em pé, parcialmente derretida pelo incêndio. Junto a ela uma pequena seção da parede que a sustentava apresentava marcas dos tiros de canhão que havia recebido. Aquele havia sido um dia glorioso. O dia zero do ano zero.

Os livros contam a história em detalhes. Todos os desembargadores e juízes que se recusaram a aceitar a nova ordem foram presos no edifício do antigo Tribunal. Eles foram fazer companhias aos outros detentos que estavam no edifício: coronéis da PM, políticos desonestos, fiscais da receita estadual que haviam enriquecido de maneira duvidosa, a cúpula do Ministério Público e diversos deputados estaduais. As portas e janelas do prédio foram lacradas por fora.

Exatamente às 12 horas de 01 de abril de 2018 as quatro peças de artilharia fixa posicionadas na Praça da Sé começaram a despejar suas granadas explosivas e incendiárias no prédio. Tímido, o incêndio logo se espalhou pelo prédio à medida que as granadas continuavam a explodir e alimentar o fogo.

Os lamentos dos barões da antiga ordem nem mesmo podiam ser ouvidos. O crepitar do fogo e o ribombar dos canhões eram a única música que a população ouvia enquanto dançava e aplaudia a destruição da última instituição colonial que ainda estava intacta. Em algumas horas o prédio todo estava em chamas e logo começou a ruir. Primeiro o teto, depois uma parede lateral.

As equipes dos bombeiros trabalharam muito aquele dia para confinar o fogo ao odioso prédio que espalhava injustiça por todo Estado e que tinha abrigado centenas de desembargadores arrogantes. À medida que o telhado do prédio desabava a população ria lembrando que tinha sido vítima de uma casta que ganhava salários acima do teto. Às 20 horas os canhões silenciaram, mas o fogo continuou a crepitar e o prédio seguiu rachando e ruindo.

No dia seguinte os canhões voltaram a rugir. Centenas de novas granadas incendiárias e explosivas finalizaram a demolição das seções internas do prédio que haviam conseguido resistir ao dia anterior. Nenhum som humano podia ser ouvido nos escombros. Uma chuva torrencial se encarregou de apagar os fogo e lavar a demolição e os demolidores. Todos os beneficiários do antigo regime foram despedaçados ou incinerados. Os que se esconderam nos porões do Tribunal certamente haviam morrido soterrados, asfixiados ou afogados

Não se faz omelete sem quebrar ovos, nem revolução sem destruir os símbolos e os instrumentos humanos de um antigo regime.  As ruínas do antigo Tribunal de Injustiça tinham um valor histórico importante. Por isto, elas foram preservadas. Nada foi construído no local. Uma única providência foi tomada para evitar que o sítio fosse colonizado por ervas tão daninhas quanto as que vomitaram decisões indecentes, injustas e ilógicas naquelas Câmaras de tortura do Direito. As ruínas foram salgadas. Desde então a cada cinco anos uma nova camada de sal é espalhada sobre os escombros.

Os restos daquele prédio tão imponente quanto infame foram preservados para a posteridade para que os novos paulistas pudessem se lembrar que eles haviam destruído o que os antigos paulistas mais amavam: o prédio onde alguns Acórdãos eram copiados e colados de outros e decisões eram vendidas sob encomenda aos donos do mercado e aos políticos corrompidos. Naquele Tribunal a justiça havia sido sacrificada toda vez que um policial assassino tinha sido premiado com uma absolvição absurda, duvidosa ou injusta. Naquele mesmo prédio centenas de milhares de processos das pessoas mais pobres e menos influentes eram menosprezados e julgados sem qualquer rigor.

Na placa comemorativa dos 100 anos da destruição do prédio odioso estava escrito em letras góticas: “Aqui jaz aquela bosta chamada Tribunal de Justiça de São Paulo, cuspa nas ruínas aquele que por aqui passar.” Meu netinho rapidamente foi pular os escombros da velha ordem. Ele estava feliz da vida. E eu o deixei fazer aquilo que as crianças fazem bem. Algum tempo depois ele retornou e me perguntou o que eram aquelas pessoas imóveis e retorcidas que se encontravam num pequeno pátio que havia sido cuidadosamente limpo no centro do antigo Tribunal.

-São apenas alguns cadáveres carbonizados que foram encontrados durante a escavação do porão que ocorreu há 50 anos. Seu avô participou da equipe de arqueólogos que realizou aquele trabalho memorável.

-Você vai me contar a história vovô?

-É claro meu neto. Por volta de 2090 o povo começou a perder o interesse nas ruínas e um partido político começou a defender a construção de um novo prédio público neste local. O novo povo paulista deveria sempre recordar como era odiosa, viciada, nojenta e parcial a justiça que saia do prédio destruído. Foi então que a decidimos fazer a escavação para renovar a vontade da população de conservar as ruínas como elas estavam.

-Conta mais vovô…

-Bem. Nós não queríamos colocar em risco o monumento. Então seu avô, que era um jovem arqueólogo, teve uma idéia: escavar o subterrâneo das ruínas construindo um túnel de acesso saindo da praça em frente do monumento.

-O que aconteceu então vovô?

-O projeto levou algum tempo para ser aprovado, mas foi rapidamente concluído. Quando finalmente chegamos ao local onde havia sido a garagem do prédio encontramos os restos de alguns cadáveres. Objetos pessoais também foram recolhidos no local. Então alguém teve a idéia de, a partir dos restos encontrados construir modelos computadorizados em 3 D dos cadáveres nas posições em que eles foram encontrados. Estes modelos foram depois transformados em estátuas por artistas da Lapa. E as estátuas foram colocadas onde você as viu.

-Vamos lá ver mais vovô?

-Vá você meu neto. Eu estou velho e cansado. Ficarei aqui sentado esperando você. Qualquer dia destes o seu pai vai levar você para ver as ruínas da Igreja Nova lá em Sobradinho e do STF lá em Brasília. E então você poderá comparar estas ruínas com duas outras.

0gif-tarja-autores-que-sigo.jpg

Fábio de Oliveira Ribeiro

13 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Caro Fábio, penso que a

    Caro Fábio, penso que a sociedade ainda não alcançou as condições propícias à eclosão de uma guerra civil. Contudo, a dominação do Estado pelos neoliberais, por mais alguns anos, provocará tensões extremas e a consequente ruptura do tecido social. Nessas condições, é provável uma guerra civil, a depender de uma divisão nas forças armadas, o que hoje não parece nada provável.   

  2. Divagações

    Já que é para divagar , vamos incluir aí : tudo isso aconteceu no dia da inauguração de reabertura do prédio , após a reforma para colocação de mármore em toda a fachada , e que durara dois anos e consumiu R$200milhões do orçamento , com suspeitas de superfaturamento  pelo desembargador responsável pela supervisão da obra. 

    No dia da inauguração , entre as autoridades , Moro e Alexandre Moraes estavam presentes . O corpo de Moro nunca foi encontrado, tal foi a canhoada que levou bem na cara , destroçando-o por completo.   E de Moraes apenas a lustrosa careca ficou exposta até hoje no memorial , após submetida aos trabalhos de taxidermia , para estudo dos especialistas  na formação de criatura tão repulsiva ! 

  3. Parabéns

    Parece que somente com uma verdadeira revolução é que teremos um pais de brasileiros novamente.

    Deixe-me dar uns pitacos, também:

    Aconteceu o mesmo com o Congresso e com a Globo!

    Resta saber quem comandou a revolução, pois se minimamente as forças armadas tivessem alguma vergonha, JÁ tinham tomado a frente neste nosso cenário de terror atual. Mas nem se prestam a peitar a Globo e soltar o Almirante Othon.

     

  4. Abril de 2048, manhã de sol,

    Abril de 2048, manhã de sol, entro em meu carro, acomodo-me no banco, aciono o “em frente´ e ele sai deslizando pela Avenida Alkmin I. Penso no incômodo d’antanho quando um motorista era necessário. Poderia estar presente. Ao meu lado  a valise que deverá ser entregue no escritorio do advogado José Yunes III. Como esse escritório fica na Rua do PSDB, que se inicia no final da Rua Temer, o Breve, transmito mentalmente o itinerário para o GPS. Seguro no interior do  veículo, fabricado com o material da indestrutível “caixa preta”, vejo a paisagem exterior. Ora esfuziante como o Condomínio DEM, construido pela empresa encaminhante da valise da qual sou o emissário; ora deplorável como a favela PT, feita pelos próprios moradores, um bando de vagabundos que só pensa em procriar para ter auxílio do governo FHC IV. Nem a operosa polícia de Alkmin III,  comandada pelo competente Alexandre de Moraes II consegue extinguir essa raca. Mas deus haverá de nos ajudar, como sempre diz o pastor Eduardo Cunha, o misericordioso, na plenitude de seu saber e em plena forma na sua existência de 1 século. E o imparcial STF, sob a presidência de Alexandre de Moraes I, decidirá pela total retirada dos abusos que protegem essa corja, e que eles chamam de direitos. Não posso me queixar, claro que sempre consegui o que quero com méritos próprios, mas como diz o velho ditado, deus ajuda quem cedo madruga. E daqui a pouco minha missão estará terminada, é a quinquagésima valise que entrego nesta semana, mereco uns dias na civilizacão, descansarei em Miami.

  5. Só nos restou sonhar…

    Sonhar, é a única coisa que nos resta por enquanto. Uma revolução como a proposta pelo autor do post, só aconteceria se fosse dada pelo exército, e apoiada pelo Tio Sam, caso contrário não lograria êxito. Teria de ser uma revolução como a de 64, que invade redações dos grandes jornais na calada da madrugada, aposenta juízes, fecha o congresso, extingue o ministério Público, demite e renomeia Ministros do Supremo. 

    Ressalto aqui que o grau de civilidade de um povo é a ausência de crueldade em suas Revoluções; na Revolução Francesa, escolheram a forma de matar inimigos por juri popular e se condenado era sentenciado a morte por guilhotina, pois supunha-se ser a morte mais rápida e indolor na época. Eles queriam apagar a horripilante  tirania de séculos de inquisição ( os inquisitores foram todos guilhotinados ), por isto baniram a morte por fogo e baniram as torturas. Daquele momento em diante só seriam aceitas execuções rápidas e ” indolores “, para que ninguém escutasse gritos pavorosos dos torturados nunca mais. Estava fundada a Idade Contemporânea.

    Pra que matar um inimigo com crueldade? Não basta que ele esteja morto ?

    ————

    Não creio que o povo brasileiro fosse se enganjar em qualquer Revolução, a menos que fosse conclamado por algum elemento da elite, das forças Armadas ou da mídia. Mas por que a elite, ou as Forças armadas ou a mídia dariam um golpe contra si mesmos ?

     Como dizia um amigo meu, enquanto o povo brasileiro tiver um pedaço de pão seco prar comer, jamais pegará em armas para derrubar governo nenhum.

    Quase todas as Revoluções populares foram feitas por povos famintos, como a Revolução francesa por exemplo. ão Revoluções nas quais o povo já não tem mais nada a perder.

    ———–

    Se tudo não fosse feito ao mesmo tempo durante o golpe de 64, correria-se o risco de a mídia reagir, conclamando a população contra os revolucionários, o que daria uma sangrenta guerra civil. Por isto os militares agiram tão rápido na calada da noite.

    Só que hoje sem o apoio do Império, se alguém fosse pego tramando tal golpe, seja pedindo apoio dos EUA, seja pedindo apoio das forças Armadas, a represália seria horrível, então, é pouco provavel que tal golpe um dia venha a existir, só nos resta sonhar e escrever histórias pós apocalipticas.

     

    Os militares de 64 estes sim sabiam dar golpes com eficiência,  lamentável foi apenas  sua crueldade desnecessária.

  6. Ano de 7148

    Os anos passaram… Ou seriam séculos e milênios?

    A elite e sua mídia venceram a guerra… Os trabalhadores foram alijados totalmente de seus direitos. Todas as tentativas de revanche foram negadas todas as revoluções foram asfixiadas com mão de ferro.

    O congreesso modificou as leis eleitorais de forma que só reaças pudessem concorrer a um cargo político. A mídia deu pulos de alegria, Sangraram as reservas de petróleo do país, venderam as terras a estrangeiros, sucatearam as empresas. O país após algumas décadas estava mais destruído que ” penico de bêbado “.

    desemprego foi mantido alto por décadas, o PIB continuou a cair por muitos anos até chegar ao fundo do poço, SUS destruído, Previdência antes dos 70 anos agora era só para os militares e altos funcionários públicos, criminalidade explodindo nas alturas.

    Tomaram as terras dos indígenas, dos quilombolas, autorizaram a lei marcial contra quem resistisse. Tudo parecia perdido, mas…

    —-

    Naquele momento em que tudo parecia perdido, as celebres profecias do grande Sábio Leonardo Boff ecoaram novamente e foram relembradas pelo povo:

    Disse Boff:

    ” Quem vencerá o capital neoliberal não será o proletário, mas sim a Terra. “

    ——–

    Ano de 2046. A quantidade de gás carbônico ultrapassa os 500 ppm ( parte por milhão ) Uma grande parte disto, foi causada pelo desmate completo da floresta Amazônica, uma vez que governos neoliberais, incentivaram ” botar tudo abaixo “

    A maior parte do Brasil, notadamente o sudeste e centro oeste, se tornaram desertos, sem a floresta Amazônica. Toda a umidade destas regiões eram provenientes da Amazônia, que não mais existe, pois tentaram transformá-la em pastagens, que agora são desertos.

    As geleiras da Antártida começaram a derreter pra valer, e os níveis dos mares se elevam bruscamente. Em princípio se elevam apenas 10, 15 metros, mas aos poucos, com o passar dos séculos, vão se elevando até os níveis dos oceanos chegarem a 60 metros de altura.

    Todas as cidades costeiras do Brasil ficam definitivamente 60 metros debaixo d’água do mar. E o pior é que o interior é coberto por desertos, então a população não tem para onde ir. A Amazônia se transforma em um braço de mar, é possível tomar banho de mar na fronteira do Brasil com o Peru, ou com a Colômbia.

    A economia do Brasil já arruinada por décadas de neoliberalismo, toma mais um golpe, e não resiste, a população finalmente começa a diminuir.

    ———-

    Com o passar dos anos, o Império anuncia que tomará posse do Brasil, como sua ” colônia ” . Os coxinhas deliram de felicidade, pois acham que vão se tornar ” cidadãos americanos ” Mas depois ficam frustrados, pois descobrem que colônia não é o mesmo que ser parte dos EUA. Colônia significa que o Império poderia entrar e sair daqui quando quisesse, para saquear petróleo, e poderia também montar bases militares sem pedir autorização pra ninguém em nosso território.

    Nem a língua inglesa eles não impuseram para nós, pois isto poderia lhes custar algum gasto extra.

    ————-

    Os milênios passam, agora estamos no ano de 7148. O gás carbônico continuou a aumentar  sem tréguas à  razão de 3 ppm por ano, pois todas as florestas da terra foram desmatadas para fazer dinheiro, e todos os mares se tornaram zonas mortas devido à poluição e pesca predatória.  No ano de  7148 temos mais de 21 mil ppm de CO² na atmosfera. Embora a maioria das espécies já tenham sido extintas, e o planeta Terra esteja quase que completamente desertificado, ainda sobraram algumas poucas espécies, notadamente as criadas pelo homem.

    Com 21 mil ppm de carbono começa a extinção da humanidade por asfixia respiratória. Em princípio milhões de pessoas invadem os hospitais e pronto socorros com sintomas de asfixia respiratória. Logo a verdade vem a tona, e a revolta popular é horrível, porém inútil . A acidose respiratória aguda causada por alta concentração de CO² na atmosfera provoca fortíssimas dores de cabeça e asfixia.Uma extinção horrível, lenta e dolorosíssima, não só para a humanidade como para a maioria das espécies animais da Terra. Séculos, e milênios  dura esta extinção. Alguns animais resistem e não se extinguem como as aves migratórias de alta altitude, que possuem pulmões adaptados para maior eficiência respiratória.

    Terríveis guerras pelas ” fábricas de oxigênio ” são travadas. Só os ricos e os que trabalham para eles conseguem respirar atmosfera condicionada com oxigênio fornecido por máquinas. Os que não conseguem empregos, são deixados para morrer aos poucos de asfixia. Pessoas se matam por um simples tubo de oxigênio.

    No ano de 11148 estamos com 33 mil ppm de CO²… No anos de 20148 estamos com 60 mil ppm de CO²…Respirar 60 mil ppm de gás carbônco gera morte em poucos segundos.

    Após séculos, milênios os recursos vão acabando e nem os ricos conseguem mais manter suas ” fábricas de oxigênio ” , pois as peças de reposição que dependeriam de outras fábricas e de recursos minerais raros, se esgotam. Com a diminuição da população da terra, a tecnologia vai se acabando, ficando esquecida, e a última fábrica de oxigênio pára, morrendo os últimos espécies da humanidade.

    Perante a história da Terra fomos apenas uma nota de rodapé nas páginas do Livro da vida. A humanidade se extinguiu de forma suicida, e ninguém sentiu saudades por ela. a espécie ” mais inteligente ” que já existiue que  teve a extinção mais estúpida de todas.

    ———

    As ruínas da civilização aos poucos vão sendo esquecidas, após a extinção completa da humanidade. Com os milênios, as florestas repovoam a Terra, – sem nós – pois sem a humanidade para cortar as árvores elas crescem livremente.

    Em poucos milênios a fotossíntese das florestas recicla o carbono em oxigênio novamente, e os poucos animais resistentes à asfixia repovoam a Terra. A atmosfera com oxigênio é restituida pelas plantas.

    Novamente a Terra parece um Paraíso, os oceanos estão povoados novamente, florestas cobrem quase todos os continentes. Novas espécies surgem pela evolução e seleção natural. As ruínas da extinta civilização humana são decompostas pelo tempo e pelos elementos.

    Por 100 milhões de anos prossegue a vida na Terra, em Profunda Paz e Harmonia. Até que o calor do sol aumentando, acaba por extinguir toda a vida na Terra.

    ———–

    O calor do sol prossegue aumentando, por milhões de anos. A um determinado tempo, os oceanos começam a ferver. O campo magnético da Terra se extingue, e a atmosfera é varrida para o espaço, pelos ventos solares. Quanto mais o sol queima seu combustível, hidrogênio de fusão nuclear, e transforma ele em Hélio, mais quente fica, pois a queima do Hélio gera muitíssimo mais calor.

    Daqui há um bilhão de anos a temperatura na Terra é de 700 °C. O sol aumentou tanto o seu tamanho e sua temperatura que engoliu Mercúrio e Vênus e a Terra. Após 7 bilhões de anos  sol explode, e se torna uma anã branca, estrela pequena e de pouca luminosidade, os outros planetas do sistema solar, congelam.

    Por centenas de bilhões de anos a anã branca que um dia foi o sol prossegue com sua luz fraca, até que se apaga, se tornando uma anã negra. estrela apagada.

    Após trilhões de anos, o sistema solar cai em um buraco negro e é fundido a temperaturas de dezenas de milhões de graus.

    ——–

    A vida reinicia em algum outro planeta Terra, em algum outro ponto do universo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador