carta para lorca e tàpies
por romério rômulo
quando eu fosse menino e te entregasse
o meu coração tumultuado
no rasgo deste mundo desaguado
no travo da paixão que me amarrasse
se o teu olho de fogo me queimasse
e a cinza do sal adormecesse
se a manhã, mais válida, ficasse
num amor tão forte que doesse
se tua noite, teu dia, me esmagasse
e paixão mais dura florescesse
numa pálida visão que me restasse
se na vida, de fato, eu só sangrasse
que faria eu que me ardesse
tão bêbado, no fim, que eu me matasse?
romério rômulo
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