Catarina e Jarirí – uma paixão sobre-humana, por Cafezá

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Catarina e Jarirí – uma paixão sobre-humana, por Cafezá

Entoncis, Mestre Bódim acordô antis du Sól nascê, eile tava préucupadu co istado di saúde de Tuxo, o quar tava deitadu na cama qui eiles tinha cólócadu na varandinha. A températura dacuela hóra tava alta, u calor du dia tinha atravéssadu pá noite. Mestre Bódim feizi um café fórti, cumeu uma broa di milho cum quejo e foi ixaminá Tuxo, qui durmia e tava cocorpo quasi todo enfaixado. Pôs a mão na tésta deile i viu quele tava ardeno di fébre. Éra nórmal, pensô. U corpo deile tava todo esfolado, chei di firidas i tinha tantas manchas roxas e inchaços qui nem dava pá contá. A fébre éra sinal di qui o corpo tava tentanu réajir, lutanu contra as inféquição. O impórtanti é qui eile num tava cum hémorrajia interna, maisi o mestre olhô pás mão deile i viu dois dedos qui tavam pinganu sangue, pur causa das zunhas qui tinham cido arrancadas. Pegô argumas folhas di angico, colocô sobri os dedo i enfaixô cum as tiras di lençól.

Adispois, mestre Bódim ficô pensativo, avalianu sobri o qui ãinda tinha di sê feito i concluiu qui tudo tava correndo bem, qui Tuxo iria se arrécuperá i qui a sórte é qui Tuxo era saudável e tinha só vinte anos, se tivéssi maisi di quarenta, jã teria murrido.

Indaí, pegô um banquinho, andou uns duzentos métro e sentou-se, pá assistir o Sól nascê. As cortinas do dia lógo se abririam e eile num quiria perdê nada. Quiria sentir o premero vento e ver a premera folha, da premera arVe, a se movimentar e ser iluminada.

Redação

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