CHRIS RIDDELL/DIVULGAÇÃO
da Rede Brasil Atual
Em novo conto de fadas, princesa é acordada com beijo de uma rainha
Era uma vez uma rainha que estava preparando os detalhes finais de seu casamento quando três anões lhe anunciaram que uma maldição assolava a cada dia uma nova cidade e fazia com que todos, humanos e animais, dormissem para sempre. Como poderia a rainha se casar sabendo que o mundo todo cairia em um sono eterno? Ela decidiu deixar seu belo vestido de lado, munir-se de armadura e espada e partir para uma viagem cheia de aventuras para combater um mal de origem desconhecida. “Ela mandou buscar o noivo, pediu-lhe que não fizesse cena; disse que ainda se casariam, mesmo ele sendo apenas um príncipe, e ela, uma rainha, e fez cócegas no belo queixo dele, e beijou-o até que ele abrisse um sorriso.”
Esta é a história de A Bela e a Adormecida (Editora Rocco, 70 págs.), do escritor inglês Neil Gaiman. Neste conto de fadas contemporâneo, as protagonistas são mulheres e não é um príncipe encantado que vai salvar a adormecida de seu sono profundo. O autor declarou ao jornal britânico The Telegraph: “Você não precisa de príncipe para salvá-la. Eu não tenho muita paciência para histórias em que mulheres são salvas por homens”.
Mas nem tudo é o que parece na história de Gaiman: a princesa que a rainha vai salvar não é exatamente quem parece ser. Apesar de a ilustração principal mostrar a rainha beijando a princesa, também não se trata de uma história com viés homoafetivo.
Lançado no Brasil no final de 2015, o livro marca um ano em que a discussão sobre gênero foi intensa e produtiva. O que A Bela e a Adormecida faz é desconstruir os “tradicionais” (e ultrapassados) papéis de mulheres e de homens dos contos de fada. E tudo isso com uma história cativante e encantadora, que mantém leitores os presos na trama do início ao fim.
O livro voltado para jovens tem edição em capa dura, sobrecapa em papel transparente e as ilustrações do miolo são feitas pelo famoso artista inglês Chris Riddell, cartunista político do jornal The Observer. As imagens, em preto e branco acompanhadas de pantone dourado, guiam o leitor por reinos e florestas encantadas, repletas de sonâmbulos e teias de aranha.
Não é por acaso que a obra ficou em primeiro lugar na cobiçada lista dos livros mais vendidos do jornal americano The New York Times. Forma e conteúdo têm qualidades indiscutíveis. Só não vale esperar pelo tradicional “E viveram felizes para sempre”. Imprevisível, o final do livro é bem melhor que isso. O autor deixa claro que a rainha tem a coragem e a determinação para decidir seu próprio futuro.
A Bela e a Adormecida
Autor: Neil Gaiman
Ilustrações: Chris Riddell
Tradução: Renata Pettengil
ISBN: 978-85-7980-249-2
Formato: 20cm x 27cm
Páginas: 70
Preço: R$ 49,50
Editora: Rocco Jovens Leitores
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cada tempo com seus mitos
cada tempo com seus mitos e
símbolos prediletos…
só falta agora uma do lobo
engolido pela chapeuzinho vermelho…
Neil Gaiman
Gosto muito dos quadrinhos dele.
http://mentalfloss.com/article/50759/11-neil-gaiman-quotes-writing
Hei, pera la! Angelina Jolie
Hei, pera la! Angelina Jolie beijou e salvou a Bela Adormecida dois anos atraz! (Nada de historia gay tampouco: a Bela era filha adotiva da rainha ma.)
A Disney ja fez isso!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A bela E a adormecida.
Atenção para o detalhe:
Não é a Bela Adormecida.
É,
A bela E a adormecida.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bela sacada !
a bela e a fera
a bela
a bela e a fera
a bela adormecida..
Contos de fadas e contos de fadas
Versão old fashion: o príncipe beija a bela adormecida.
Versão revolucionária: o proletário beija a bela adormecida.
Versão pornô: o macho safado beija a (pseudo-)ninfeta adormecida (preliminares, bem entendido).
Versão gay: a rainhazona beija a princezinha adormecida.
Versão politicamente correta: o sapo beija @ (sem preconceito de beleza!) adormecid@.
Basta escolher a sua!
e quando a vilã beija a
e quando a vilã beija a princesa adormecida? qual categoria entra? rss
Depende…
Depende de se considerar categorias ou subcategorias.
O mais importante é que as soluções pretensamente definitivas conformam apenas uma outra versão: a autoritária.
“Apesar de a ilustração
“Apesar de a ilustração principal mostrar a rainha beijando a princesa, também não se trata de uma história com viés homoafetivo.”
Seria melhor que o autor assumisse de uma vez que a história tem, seja um viés homoafetivo, ou uma pitada de lesbianismo político no mínimo, sem qualquer pré-julgamento a respeito. O que não dá é para fingir que não tem.
Pensando bem, a foto do beijo
Pensando bem, a foto do beijo nao tem explicacao plausivel exceto homosexualismo! Nao tinha pensado nisso antes.