Livro expõe males que atingem trabalhadores na era dos monopólios

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – Quantificar e analisar as doenças resultantes das excessivas e reincidentes cargas trabalhistas nos tempos atuais foi o papel do médico Herval Pina Ribeiro, que ao longo dos anos pesquisou as origens político-sociais na saúde dos profissionais. O resultado desse olhar é a obra “De que adoecem e morrem os trabalhadores na era dos monopólios – 1889/2016 – volume 2”, publicada este ano.
 
Trata-se de uma reedição de livro já editado pelo autor, sob o mesmo título, que analisa as ameaças à saúde do trabalhador, mas compreendendo os períodos de 1980 a 2014. Esta primeira publicação identifica os males LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e Dort (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), juntamente com transtornos mentais e aspectos físicos, resultantes de cargas horárias nas diferentes funções, desde as fábricas até o uso das tecnologias e comunicação, que somatizadas afetam o corpo e a mente.
 
Sinopse “De que adoecem e morrem os trabalhados na era dos monopólios”
 
“De que adoecem e morrem os trabalhados na era dos monopólios” (1889/2016), obra coletiva, coordenada pelo médico Herval Pina Ribeiro, seu principal autor, é profunda e abrangente. Suas pesquisas vêm de considerações sobre as necessidades primárias dos trabalhadores – alimento, trabalho, educação, seguridade social e assistência médica e de hospital. Trata-se de ciência com base no cotidiano; é estudo que se enraíza nas questões ligadas às sociopatias na produção e no trabalho de vários ofícios, quando o médico do trabalho e demais profissionais da saúde nas ocupações devem analisar os transtornos coletivos e suas origens de ordem político-sociais.
 
Os pesquisadores dizem, de forma eficiente e lógica, qual a natureza dos conhecimentos científicos nessa área de que precisamos. Ao lado de graves denúncias, discorrem sobre a importância de se buscar mais reflexões sobre o tema e apontam para a busca de ações que antecipem e tornem objetiva a saúde coletiva, direito de todo trabalhador brasileiro: o de vir a ter assistência digna e decente à sua saúde que começa com a prevenção de sociopatias na produção e no trabalho.
 
Sobre o autor: Herval Pina Ribeiro é docente e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1956), especialização em Pediatria pela Universidade Federal da Bahia (1964), especialização em Pneumologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1970), especialização em Administração Hospitalar pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1997). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: Saúde e trabalho, Lesões por esforços repetitivos, Violência do Trabalho.
 
Durante 20 anos foi proibido, pela Ditadura Militar de exercer o oficio de médico ou de professor de medicina em qualquer atividade pública.  Finda a ditadura, jamais recebeu indenização pela perseguição de  tantos anos. Foi secretário estadual de Saúde na Bahia (1987/1989) no governo Waldir Pires.
 
 
Acesse aqui artigo do próprio autor Herval Pina Ribeiro sobre o primeiro livro publicado em 2014:
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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