Não consigo me livrar desse poema
por Romério Rômulo
tenho medo.
o medo de viver sob essa pele,
o medo das mulheres que me absolvem do pecado,
o medo do câncer que termina em morte.
medo das estradas sem caminho,
do envolver o espanto do meu olho
e derivar os poemas da noite.
medo dos cachorros é o que tenho.
tenho medo dos cavalos,
da beleza que destilam
quando eu não consigo a coragem de vê-los.
tenho medo do olhar,
de todos os olhares:
a vida lhes pulsa o meu medo
e só me cabe retê-los um pouco.
o grande medo,
o medo que estarrece,
o medo que me promete a explosão da carne,
é o medo da pele que me come
e eu não vejo.
não sei da vida,
não sei da morte e suas atrofias
e me revelo no medo.
tenho medo da loucura,
das mentiras e verdades que me roem,
do meu sono e da minha insônia.
o suicídio é um alento carregado de medo:
o medo do fracasso.
a coragem
é o arremedo
da minha clave escondida.
de todos os medos
arranquei meu dia
e não consigo me livrar desse poema.
romério rômulo
Me ocorreu – descobri, talvez - que o seu eterno poema Evocação do Recife é…
Nem se anunciou déficit, mas meramente uma redução do superávit. E o mundo midiático entrou…
As despesas com juros dos governos cresceram com vigor, a despeito da redução os juros…
Afastados por desacatar o próprio STF, Lorari Flores e Thompson Flores pede que Suprema Corte…
Indicado ao STF por Bolsonaro, Nunes Marques cultiva decisões que favorecem o contraventor que já…
Ataque do Irã não atingiu nenhum alvo como área civil, hospital, escola, sinagoga, padaria, depósito…