New York Times coloca Clarice Lispector na lista dos melhores livros de 2015

 Divulgação/Rocco)

Jornal GGN – Publicada neste ano nos Estados Unidos com o título “The Complete Stories”, a coletânea de contos da escritora Clarice Lispector (1920-1977) foi classificada como um dos 100 melhores livros de 2015.

O ranking é elaborado pelos editores do suplemento “The New York Times Book Review”. O jornal afirma que “a brasileira foi uma das verdadeiras [vozes] autênticas da literatura latino-americana”. “The Complete Stories” ainda não tem edição brasileira, mas a editora Rocco pretende lançar o volume por aqui em abril de 2016.

Enviado por Gilberto Cruvinel

Do G1

Clarice Lispector tem livro na lista de melhores de 2015 do ‘New York Times’

Coletânea de contos ‘The complete stories’ saiu lá fora neste ano.  ‘Voz autêntica da América Latina’, diz jornal, citando ainda Machado de Assis.

Uma coletânea de contos de Clarice Lispector (1920-1977), publicada em julho deste ano nos Estados Unidos com o título “The complete stories”, entrou na lista dos 100 melhores livros de 2015 feita pelo jornal americano “The New York Times”.

O anúncio foi feito na sexta-feira (27). Quem vota são os editores do suplemento “The New York Times Book Review”. As obras não aparecem em ordem de colocação e se dividem em dois segmentos: Ficção & Poesia e Não Ficção (clique aqui para ver a lista completa).

A editora Rocco planeja publicar a versão nacional de “The complete stories” em abril de 2016. O título da versão nacional ainda não foi definido. Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnick, na Ucrânia. Seu nome de batismo era Haia. Ela se mudou com a família para o Brasil em 1922 e aqui ganhou o nome de Clarice.

Em sua lista de melhores do ano, o “New York Times” escreve que “a brasileira foi uma das verdadeiras [vozes] autênticas da literatura latino-americana”. O jornal cita como exemplos desses “inovadores” o argentino Jorge Luis Borges (1899-1986), o mexicano Juan Rulfo (1917-1986) e o também brasileiro Machado de Assis (1839-1908).

O trecho está na crítica de Terrence Rafferty publicada em 27 de julho, na época do lançamento de “The complete stories”, que tem tradução de Katrina Dodson e edição de Benjamin Moser, biógrafo de Clarice.

Na resenha, Rafferty escreve ainda que o livro é “notável” e que “há um sopro de loucura na ficção de Clarice Lispector”.

“Frase por frase, página por página, Lispector é arrebatadora e sedutoramente estranha, mas as perceções dela surgem tão rápido, trafegando tão selvagemente entre o mundano e o metafísico, que depois de um tempo você não sabe mais onde está, se no livro ou no mundo [externo à obra]”, diz o crítico.

Redação

3 Comentários

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  1. Enfim.

    Tem dois componentes nesse atraso absurdo para a edição da obra Clarice Lispector nos Estados Unidos. Alias, essas novas edições se devem em parte pela paixão que Benjamin Moser tem pela obra da escritora. Eu acho que dois fatores pesaram para essa demora para a descoberta de Clarice:

    – Mesmo no Brasil, Clarice sempre encontrou enormes dificuldades para imprimir seus livros. Ele “entrou na moda”, de fato, à partir dos anos 70;

    – Outro fator, o que realmente importa nesse caso, é que as traduções eram catastroficas. Em francês também. Se Clarice era “dificil” de se entender em sua propria lingua, imagina em traduções mal feitas.

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