O fel onde eu me lavei/pode ser velho e menino
por Romério Rômulo
1.
Um olho que me flagra, inclemente
a mão que é fiel e me sustenta
o braço que me esmaga, de repente:
a moça tem um olho de tormenta.
2.
E se meu rosto púrpura se fosse
na tua efervescência agridoce?
E se a tua mão me desviasse
em contrição perdida e me calasse?
Eu morto, que talvez assim devesse
no fogo miserável onde eu nascesse.
Romério Rômulo
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