os bois do meu irmão, senhores, ouvem
na pastaria a quinta de beethoven
são bois eternos, astros, uns cavalos
com mozart a nutrir os seus embalos
cada boi desses (decerto eu lhes diria)
fez sopitar a quinta sinfonia
um deles jura, na arte da bebida
que por um dia se casou com frida
e outro, puro astro, já me disse
que é o autor dos olhos de clarice
os bois, estes bois são o abismo
movidos por vestais do seu batismo
com as aguadas duras das cabeças
em catedrais vertidas, tão imensas
são bois terríveis os do meu irmão
com o coração no olhar do coração.
romério rômulo
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