Para inaugurar este novo espaço, começo postando algo sobre a atenção, sobre ler nas entrelinhas, com um poema novo:
¿Não ver por entre e sob o estirão da noite
o manto de brumas sobre os olhos
e além do ontem muito adiante
pelas frestas cinzas das finiestras
¿não ver enquanto o corte desangrando
só o dorso forte do machado
única lâmina de múltiplas dores
e das feridas linhas entreabertas
¿não ver o que se sabe e desconhece
mentira há muito ouvidada
a rinha de sorte que representa
novas signaturas indescobertas
¿não ver o riso sempre interdito
Encortinada íris e siso
o véu mais negro desencobrindo
o que é real e não as seitas
¿não ver os nós e a sua desflocularidade
a penumbra do culto que cultua
dois gumes no rumo do murro
a lâmina fria e o que ainda infesta
¿não ver a súplica do que amanhece
a pedra que se ergue em muro
a poeira agora levantada
sobre todas as coisas que ainda restam
¿não ver entre o raro e o trivial
a farsa aninhada na face
máscara invertendo a alma
se quase tudo pertence à besta
ah! não ver nas entrelinhas
é morrer precocemente
ser um inocente útil
excluído da grande festa
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Lindo, Nassif! Muita sorte e
Lindo, Nassif! Muita sorte e bons ventos no novo tempo do blog.
Muito bem, Erlon. Eh isso,
Muito bem, Erly. Eh isso, vamos em frente. E linda a imagem que acompanha. Mas eu, ranzinza que ando, continuo de mau humor com o novo blog. Vamos ver se minha desflocularidade melhora com o tempo…
Muito bom
É… eu também não estou satisfeito com o formato do novo blog. A mim me parece aqueles sistemas feitos por programadores preguiçosos que copiam e colam os scripts. Já fiz isso também. A foto, e o poema também, é de minha autoria