Serão os portugueses totalmente responsáveis pelo nosso fracasso como nação?, por Sebastião Nunes

Serão os portugueses totalmente responsáveis pelo nosso fracasso como nação?

por Sebastião Nunes

A atriz norte-americana Carrie Fisher morreu quatro dias depois de sofrer ataque cardíaco num voo entre Londres e Los Angeles. Ela voltava de uma turnê promocional de seu oitavo livro. Misto de atriz e escritora, filha da também famosa Debbie Reynolds, integrava a rede midiática dos EUA que transforma filmes em livros e vice-versa, além de outros produtos de venda garantida. Resultado: milhões de dólares em caixa.

        O primeiro texto que li de Gabriel García Márquez foi um conto em inglês no New York Times Book Review anterior a 1978, sendo que ele só ganhou o Prêmio Nobel em 1982, pelo menos quatro anos depois de se tornar conhecido em inglês. Digamos que já pavimentava sua estrada rumo a Estocolmo.

        Este ano foi a vez de Bob Dylan receber sem ir buscar – esnobando um pouco a ilustre academia sueca –, premiação que seria motivo de polêmicas intermináveis sobre os limites entre poesia e canção popular, caso houvesse ele nascido, por exemplo, num país periférico como o Brasil. Ou profundamente livresco, como a França.

 

E OS PORTUGUESES?

        “George Steiner (estou citando do livro ‘Identidade’, de Zygmunt Bauman), um crítico cultural contundente e altamente perspicaz, apontou Samuel Beckett, Jorge Luis Borges e Vladimir Nabokov como os mais importantes escritores contemporâneos. O que unia, a seu ver, esses três autores em tudo o mais distintos, colocando-os acima dos demais, era o fato de todos eles serem capazes de se movimentar com facilidade em vários universos linguísticos diferentes.”

        Naturalmente faltaram na lista dois escritores brasileiros que poderiam entrar nela, não fosse nosso português uma língua de segunda categoria face ao inglês e mesmo ao espanhol. Não dá para esquecer que Beckett era irlandês (portanto de língua inglesa) e que Nabokov publicou “Lolita” (1955), seu livro mais importante, em inglês, tendo se naturalizado norte-americano em 1945. Aliás, desde pequeno falava russo, francês e inglês em casa, e leu em inglês antes mesmo de conseguir fazê-lo em russo. Quanto a Borges, embora argentino (talvez por pirraça não tenha levado o Nobel), foi educado na Suíça e aprendeu a ler em inglês antes do espanhol, por influência de uma de suas avós, de origem inglesa. Aos sete anos, escreveu em inglês um resumo da literatura grega, veja que precoce. Pela educação europeia, falava e lia várias outras línguas, tendo se interessado especialmente pela literatura anglo-saxã da Alta Idade Média.

 

CADÊ OS PORTUGUESES?         

        Os escritores brasileiros que faltaram na lista dos poliglotas cosmopolitas foram Jorge Amado e Guimarães Rosa. O primeiro, a despeito do fortíssimo apoio durante anos do Partido Comunista (que ajudou sem dúvida na premiação de Pablo Neruda e Saramago) e de passar boa parte do tempo no Exterior, nunca foi além de mero candidato. E o segundo, extraordinário ficcionista, deixou-se enredar na armadilha de pegar jacu que é nosso belo, vigoroso e provinciano idioma e daí – babau! Ou alguém pensa que os eleitores da academia sueca e sua rede de espiões literários iriam se dar ao trabalho de tentar – de ao menos tentar – compreender, o mineirês com que Rosa trasmudou (mutatis mutandis) para nossa língua a epopeia do “Ulysses” e o delírio de “Finnegans Wake”, de James Joyce? Núncaras! Rosa continuará, enquanto houver leitores eruditos em português brasileiro, um escritor para brasileiros. E só.

        Para a língua portuguesa restou o prêmio de consolação do Nobel dado a José Saramago, que eu não colocaria acima de nenhum dos nossos. Além do fato de que o português de lá tem pouco a ver com o português de cá.

 

E OS PORTUGUESES, CACETE?

        Citei na última semana um texto de Lima Barreto sobre a fuga de D. João VI para o Brasil, expulso pelos franceses de Napoleão: “Para bem ver a terra, então, ele se esqueceu das quinze mil pessoas que o acompanharam desde as margens do Tejo, daqueles quinze mil ‘desembargadores e repentistas, peraltas e sécias, frades e freiras, monsenhores e castrados – enxames de parasitas imundos’, como diz Oliveira Martins, que aportou em São Sebastião para esvair quotidianamente a Ucharia Real e enchê-la em troca de zumbidos de intrigas, mexericos e alcovitices”.

        Aí estão os portugueses. 209 anos depois, aí estão eles, multiplicados por milhões e milhões, infiltrados em todos os setores que decidem e que mandam, decidindo e mandando por seus herdeiros e sucessores. Aí estão eles, que somos nós hoje, pois não passamos de portugueses misturados com negros, índios, italianos, japoneses etc. etc., mas eternamente portugueses, ladrões e usurpadores, os mais espertos de nós passando a perna nos mais bobos, que serão sempre a maioria de nossos patrícios.

        Mas nem isso tem mais importância. O “estado brasileiro” acabou, ou agoniza, ou estertora, ou está em coma – alguma coisa do tipo. O país como nação acabou, retalhado em milhares de subsistemas políticos, sociais e culturais, cada qual reivindicando para si a hegemonia num país que nunca soube o que é hegemonia.

        Sobra o território, um dos maiores de mundo, um dos mais exóticos do mundo, um dos mais diversificados do mundo, um dos mais ricos do mundo, mas, infelizmente, um dos mais sucateados do mundo. Eta, povinho mané, sô!

        Haveria a língua para nos representar lá fora, se ela tivesse alguma importância. Só que não tem. Então nos resta lamber as feridas e – cada um por si e Deus por todos – continuar sonhando com um implausível e inviável país do futuro.

        E se alguém acha que estou brincando, acertou. Magoado e ferido, mas brincando. Pois, como profetizou Millôr Fernandes, “temos um enorme passado pela frente”.

Sebastiao Nunes

24 Comentários

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  1. Acho que o pensamento

    Acho que o pensamento português é aquele pensamento individualista, cada um na sua quinta… E isso pode sim ter influenciado o pensamento do povo brasileiro… Mas não diria em sua maioria, pois há muitos brasileiros que vivem e criam o seu próprio mundo e suas próprias crenças… Mas de certa forma é uma característica portguesa que pode ter sido inserida em nossos códigos genéticos e em nossa forma de pensar e administrar o país… Basta ver o tanto de conchavos e diz que me disse… Coisa de português… Mas acho que o povo brasileiro, ainda assim, é mais aberto…. É mais expanssivo… É mais generoso com os outros… Pois sabe dos problemas que tem em si mesmo… E as coisas vão andando, aos trancos e barrancos sem ninguém para responsabilizar ou culpar… Ou pelo contrário, responsabilizamos e culpamos mas nunca olhamos para o próprio quintal… Talvez o povo português seja mais responsável por sua quinta e suas coisas… Enquanto nós vivemos no oba-oba, nada é de ninguém… Tudo é de todos… POrtanto, que se desvie a vontade a coisa pública enquanto der na telha… Somos conquistados por pouco… COmo os índios o foram pelos portugueses… Acho que nos comparar aos portugueses é um erro… Acho que os portugueses são um pouco mais sensatos e responsáveis…

      1. Depende. O português do Norte

        Depende. O português do Norte é mais amigável e simpático. 

        O lisboeta, sim, é mais chato. 

        Uma característica portuguesa que eu deploro é o complexo de inferioridade, que se desdobra em duas coisas: aceitação passiva em ser humilhado ou agressividade sempre que alguém fala algo menos bom de Portugal. São hiperssensíveis às opiniões que estrangeiros têm deles. 

  2. Toscos ao cubo

    A influência atual do trio Beckett, Borges e Nabokov cabe num dedal analógico. Beckett ainda possui um nicho no teatro, onde masturbadores cosmopolitas de antanho estão presos num profundo isolamento da realidade. Borges de vez em quando é relembrado no rodapé de alguma crítica literária de acadêmico pré-digital. Nabokov continua onde sempre esteve, nas bordas dos delírios pedofílicos. Este possui seguidores na deep web e em prisões ao redor do mundo. Abençoado por eminências carmesins.

    Guimarães Rosa escrevia para os seus iguais. Jorge Amado após abandonar a ideologia tornou-se o autor de uma única narrativa. Alternando apenas a quantidade de suor e os aromas tropicais. Do cacau ao xibiu. Tudo devidamente registrado pelos orixás.

    Como os portugueses entram nesta história de culpa literária? Pelo complexo de vira-latas, do também volatilizado Nélson Rodrigues. Os nossos colonizadores originais são tão culpados pelas nossas mazelas e atrasos quanto os marcianos. Há quase duzentos anos não respondemos a Lisboa. O estamento que deles recebemos como legado persiste firme, forte e sufocante, mas a metrópole agora é outra. A mesma que comanda e controla quase todo o globo, sufocando além da inculta e bela os demais idiomas periféricos. Ave Washington.

  3. Todos os grandes escritores
    Todos os grandes escritores apareceram em momentos de decadência ou o registraram.
    Dante Alighieri viveu e expressou a decadência do Latin como veículo de cultura nas cidades italianas.
    Camões publicou sua obra no momento em que a dinastia de Aviz deixa de existir e Portugal se tornou um puxadinho da Espanha.
    Shakespeare produziu sua obra num país que lambia as feridas produzidas pelas guerras religiosas e dinásticas.
    A decadência da Espanha nos deu Calderón de La Barca.
    A decadência romana foi registrada com humor por Petrônio.
    Amamos as múltiplas facetas de Fernando Pessoa justamente porque Portugal era pobre e provinciano o suficiente para dar-lhe o segundo lugar num concurso de poesia.

    A Rússia já não era um império muito vistoso quando os grandes escritores começaram a brotar na estepe como se fossem cogumelos.

    O Brasil ainda não afundou o suficiente na decadência para produzir literatura digna de ser considerada universal. Somos bem sucedidos demais, tanto que nos acreditamos fracassados como se isto fosse nos impedisse de ganhar um prêmio Nobel de Literatura.

  4. Patriotismo

    O grande segredo dos ingleses, dos americanos, enfim povos anglo saxões é seu patriotismo. Isto vem da idade média, quando o norte da Europa era fustigado pela perseguição da “santa ” inquisição. Naquela época, houve aldeias inteiras que foram destruidas pela inquisição.

    Os alemães, e ingleses se organizaram contra isto então. Se não se organizassem, seriam torturados e mortos da forma mais brutal possível. Somente uma união em torno do patriotismo poderia dar-lhes chances de sobreviver.

    Maquiavel, por volta de 1500 chamou os alemães de o povo mais organizado da Europa, com suas fortalezas, celeiros com provisões para anos de guerra e seus treinamentos militares frequentes.

    Os ingleses seguiram a mesma linha, e os americanos herdaram este senso de urgência sobre o patriotismo.

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    A maioria dos países desenvolvidos, que amadureceu, foram marcados por guerras, ou fome, ou pestes. exemplos da europa, EUA e Japão.  

    ———

    Os portugueses nunca tiveram grandes sobressaltos, os brasileiros idem. O Brasil, com clima ótimo, terras férteis em abundância, abundância de minérios e petróleo, enfim, tudo do bom e do melhor, acabou por não ter urgência para evoluir. Raramente um povo evolui espontâneamente sem uma situação que o obrigue a tanto.

    1. Satisfaça nossa curiosidade

      Satisfaça nossa curiosidade incauta e nos desvende o fato de haver patriotismo antes de estados nações fortemente estabelecidos, isso na idade média…

      Confundir povo (ethos) com Estado (ética, Hegel) é algo qu enossa parca intelegência não consegue assimilar…

  5. problema é a religião
    Enquanto o judaísmo e o protestantismo anglo saxão (não confundir com o crentismo evangélico nacional) pregam a prosperidade dos fiéis, o cristianismo latino pede voto de pobreza e alimenta o crescimento do rebanho com “crescei e multiplicai-vos”

    A igreja romana foi o maior desserviço para a cultura ocidental que poderia haver. Por conta dela houveram a inquisição, cruzadas, assassínio de culturas inteiras na america latina (incas, aztecas, maias) “em nome de Jesus” sem contar a escravidão negra, o assalto as colônias e vilanias em geral.

    Estaríamos muito melhores se fossemos “WASPs”

  6. Credo Cruz!

    o marido pega e esposa em flagrante adultério no sofá e manda queimar o sofá?

    E onde estão os portugueses:

    No comunista de carterinha José Saramago.

    Prémio Nobel de Literatura 1998

    E Jorge Amado foi um injustiçado Deveria ser laureado na década de 1940-50, mas ficava extremamente deselegante para o Estado Brasileiro.

  7. Se há alguma responsabilidade

    Se há alguma responsabilidade dos Portugueses, foi o de dar origem a Plutocracia Brasileira. O resto é com a gente.

    Ao início, deram terras na colônia para privilegiados com influência sobre o Rei. Preguiçosos como qualquer privilegiado, tentaram escravizar os índios, depois trouxeram os negros escravos e alguns despossuídos/degredados da metrópole para fazê-los trabalhar. Vieram também burocratas, funcionários públicos para fazer o papel de policiais, cartorários, juízes, etc, todos a serviço do reino.

    Aí a origem de tudo: uma plutocracia dona do País, preguiçosa e privilegiada, e uma massa que trabalha por ela.

    Ao longo da história se juntaram à plutocracia, além dos donos de terras, os banqueiros, os donos de jornais (depois da mídia como a conhecemos), funcionários públicos de “alta patente” (juízes, promotores, diplomatas, ministros…), militares de alto posto (principalmente após a guerra do paraguai)…

    Deposto Dom Pedro II e instalada a república, quem eram os representantes no “legislativo, executivo e judiciário”?  Os descendentes/representantes da massa trabalhadora? Óbvio que não: somente donos de terras, militares, altos funcionários públicos, etc.

    Sempre foi assim e assim é. Nas poucas vezes que alguém desafiou esses poderes difusos, caiu: Getúlio, Jango, Dilma.

    As vezes me falam: o PT foi poder por 13 anos, porque não mudou as coisas?

    Oi? O PT foi poder executivo. Um dos poderes. Tinha contra si: o poder legislativo, conservador; o poder judiciário, conservador; o poder da mídia, conservador; ; o poder do MP, conservador; o poder da burocracia estatal, conservador; O poder econômico todo (agronegócio, bancos, indústria…), conservador. Mexeu um pouquinho, pouquinho mesmo, com eles: caiu.

    E todos esses poderes são herança longínqua dos colonizadores portugueses: uma nobreza preguiçosa que originou a nossa plutocracia que acha que o País lhe deve algum tipo de tributo eterno por serem o que são. Lhes devemos nosso trabalho, nossa veneração, nossos impostos e nosso agradecimento (!!).

    Então: os portugueses estão na origem…mas cada um faz o que quer com sua herança, não é mesmo? E, sinceramente, já há algum tempo tenho a convicção que o Brasil não tem povo, tem gado. Convicção reforçada a cada almoço de família quando ouço o parente sem dinheiro colocar a culpa “na esquerda” e defendendo as teses da plutocracia que lucra com seu desespero.

    O aeroporto é a saída.

    Porque a escandinávia é tão fria?!!

  8. “Língua Portuguesa”

    “Última flor do Lácio, inculta e bela. És, a um só tempo, esplendor e sepultura” — Olavo Bilac, Soneto.

     

    Nassif: nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Por isto, mesmo concordando com certos particulares do Sebastião, acho que as tintas do artigo estão um pouco carregadas, sem deixar de ser interessante e instrutivo.

    “Fulanizando”, como diz você, já pensou que somos nós, do Brasil, que ainda não valorizamos os nossos à altura? Tire futebol, como as controvérsias costumeiras, e veja o que sobra. Nossos “grandes”, nas artes e nas ciências, quem somos?

    E se a questão se resume em “venda garantida” o poder aquisitivo da população explicaria parte do problema. Pois artistas importantes (para nós) o temos. Que em nada perde para a literatura sueca.

    Bestseller é questão de marketing.

    E se não somos do interesse deles, como língua, ou é questão cultura ou de falta de conhecimento, pois a língua portuguesa é a sexta mais falada, no planeta.

    Lagerlöf, a mais famosa dentre seus artistas literários, tem uma obra intitulada “O Imperador de Portugália” (1914), cujo enredo envolve um sueco demente em terra de Don Diniz.

    A Academia talvez ainda nos tome, como literatura, por fantasia do doido nórdico, personagem do romance.

    Talvez suponha que nossa existência só se justifique para nos vender caminhões e teco-tecos supersônicos.

    Por quê, com parte dos roubos políticos, não instituímos um “Prêmio Brasileiro de Literatura e Ciência”? Gostou? Em dindim bota no chinelo a grana dos caras.

    Pense com carinho na ideia, mesmo com o risco de descambar o caso para outra seara e vermos ser outorgado o prêmio a um Intelectual Tardio, ou até ao “MT”, cuja obra muito sensibiliza aqueles “6” do Çu-premu (ÇTF).

    A bola foi chutada. “Vai que é tua, Taffarel”…

    1. lingua…..

      Responsabilizar os portugueses pelos nossos fracassos já mostra um traço marcante e histórico brasileiro: sua omissão seguido sempre da sua covardia.” A culpa é sempre dos outros”. Quanto à literatura, os portugueses tiveram Pessoa, Camões, Saramago, para citar alguns Quanto aos nossoa amigos da lingua espanhoa, não citemos nem os europeus, a pátria-mãe, berço de milenar cultura. Citemos nosso vizinhos, por quem inflamos enorme preconceito e desconhecimento. Não nos comparemos a vizinhos com enorme distancia intelectual, social, educacional frente à nossa como Argentina, Uruguai ou Chile. Fiquemos entre Peru ou Colombia, países que apesar do nosso preconceito, da sua história e da sua pobreza, tem nível educacional muito superior ao nosso. Países onde já existiam universidades 2 séculos antes que o Brasil. Por que será que a sua lingua escrita pode gerar tanto reconhecimento,´Nobéis e representatividade frente à nossa literatura?  A culpa deve ser dos portugueses….  

  9. Fracasso…

    Muitas origens e comparações impróprias. Entender Portugal nas suas origens e, mesmo antes delas, daria subsídios a uma análise menos superficial. Talvez lhe tenha sido imperdoável por muitos dos que são referenciados com superiores que no século XVI fosse uma potência marítima. O Brasil de hoje se aproxima com a formação de Portugal. Lá foram Romanos, Fenícios, Mouros, Celtas e Iberos, tuido isto em um percurso de mais de 1000 anos. O Brasil nos seus 557 anos foram povoados, além dos seus originais selvícolas, por portugueses, Italianos, poloneses, alemães, holandeses, franceses, japoneses e espanhóis (estes são uns dos que ocorrem agora). Então não considero válida uma discussão que, mesmo que se valha do idioma como ponto de referência, possa chegar a alguma conclusão tão marcante como aqui vista. Matanças nas américas não foram só de portugueses e espanhois

  10. Algumas considerações:

    1- Um país onde mais de 90% da população é descendente de portugueses não pode dizer que a culpa é dos portugueses, como se os portugueses fossem uma entidade alheia a eles. Esta colocação do problema é absurda. Os brasileiros de hoje são os descendentes daqueles portugueses de ontem. Os portugueses de Portugal, de hoje, nada têm a ver com isso. 

    2- A irrelevância da língua portuguesa no mundo deve-se à irrelevância dos países que a falam. O Brasil é um país da América do Sul, grande, um dia pensou em ser poderoso e candidato a potência, mas periférico; Portugal é o país mais pobre e atrasado da Europa Ocidental e um dos mais pobres da Europa como um todo, sem relevância tecnológica, científica e cultural, sendo, portanto, também periférico; os países africanos de língua portuguesa são nações miseráveis, onde falta até o básico, exceto os recursos naturais, que ficam nas mãos de meia dúzia de chefes inescrupulosos. 

    3- A dificuldade de a literatura em LP ser conhecida no mundo vem tambem daí. Saramago só ganhou o Nobel no fim da vida, com 70 anos, e por duas razões: morava na Espanha (que é muito mais conectada ao resto da Europa e do mundo desenvolvido do que Portugal) e porque era comunista, o que lhe garantia a simpatia dos comunistas da Europa e do mundo todo. E mesmo assim venceu quase como uma excentricidade, vindo de um país longínquo que ninguém conhecia. Lembro bem disso. 

     

     

  11. explorar o exterior

    Dentro da história do ocidente, os portugueses foram os exploradores por excelencia, Status que durou um bom tempo até os ingleses entenderem e coloca los “nos eixos”.  É como os norte-americanos nos dias de hoje em relação á conquista do espaço.

  12. Essa é mais uma daquelas

    Essa é mais uma daquelas lamentações: “se os holandeses não tivessem sido expulsos de Olinda pelos portugueses, hoje seríamos um povo “mais evoluído” porque seríamos colonizados por holandeses” ?

    Que pena que muitos brasileiros pensam assim. A África do Sul foi colonizada pelos holandeses e não é muito melhor que o Brasil.

    O colonizador português foi, de longe, o menos desumano em todo o mundo.

    Veja o serviço dos espanhóis e ingleses nos EUA. Eliminaram TODAS as etnias indígenas. Devastaram praticamente todas as florestas nativas.

    Enquanto isso, aqui no Brasil, Dom Pedro II decretava a lei que protegia algumas espécies de árvores. Daí a expressão “madeira de lei”, ou seja, determinada madeira é protegida por lei.  

    1. Platitudes infantis

      Sinceramente, você já abriu algum livro de História? Ou já visitou EUA e algum país vizinho do Brasil?

      O colonizador português foi tão horrendamente desumano quanto qualquer outro. Vá ver o que fizeram na África e depois falamos.

      Os espanhois eliminaram todas as etnias? Então por que o Brasil é o país da A.Latina com menor % de indígenas? Porque em nossos vizinhos grande parte das populações fala os idiomas nativos?

      E D. Pedro II, caso não tenha pesquisado ou estudado, era brasileiro. Acho que isso se aprende na terceira série do Fundamental. 

    2. Colonizado o Sucateado

      Sabe de nada inocente Portugal foi a PIOR coisa que nos sucedeu  que pena que não fomos Conquistados pela Espanha fomos descobertos por un Espanhol Vicent Pinzón infelizmente não nos colonizarão Portuguses foram os mais brutais e os que mais faturaram com o comercio de Escravos que eram tratados de forma Demoniacas Doentes lançados ao mar Mulheres Estupradas crianças açoitadas  Portugal  foi a PIOR coisa que nos aconteceu que nos asedia até os dias atuais  Nosso Libertador foi Tiradentes e mais ninguem traicionado por um canalha e enforcado  Portugueses exterminaram Indigenas Roubaram Pedras Preciosas e na dita “Independencia” jajajajaja  Independencia jajajajja Que Droga de “Independencia”  donde un  Principe Pervertido e obsceno grita as margen de um Rio  Independencia  o Morte  mais para não perder seu mando no País Tropical deixa um ‘Reizinho” seu filho no lugar jajajaja Que drogha de independencia é esa ?Dom Jooão Sexto Leopoldina Dom Pedro 1 seu filho e todos seus Nobres toda a Corte e Soldados e toda sua decendencia deviam desaparecer regresando a Portugal e nunca mais retornaraem para nada Até Hoje a família dita Real é sustentada com um Laudemio aqueles Parazitas dos Orleans de Bragança Disser que Portugal foi a Colonização mais “humana” é mais Piada que uma Piada de Portugues Foi a mais Sangrenta Corrupta e Brutal de todas as outras Países Da Africa colonizados por Portugal Moçambique Cabo Verde Angola nada mais eram que entrepostos centrais de abastecimento de mão de obra escrava Esquertajarão nosso Libertador Roubaram Violaram Matarn fizeram atrocidades das quais nem sabemos e foram os mais Humanos ? o Brasil escravizizou até quase o fim do seculo 19 e Escravizaria até este se não fossem Os Ingleses  Faça me o favor querer justicar o injusticavel Portugueses foram Demonios em nossas vidas e na alma do Brasil 

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