Serei belo e infeliz, poeta e cão
por Romério Rômulo
A tua dor solene, a minha mão armada
Do fogo de Perseu, de Helena e Tróia
Me valem o segredo de Pistoia
Onde corpos se metem de emboscada.
Vou me matar nos fogos de Homero
Quando eu, ainda herói, serei vilão
Terei todos os amores, os que quero
Um Vinícius em estado de paixão.
Vou ser plural e singular, muito mais belo
Que os cavalos febris de Salomão
Sobre a vida que piso e que martelo
Serei belo e infeliz, poeta e cão.
Romério Rômulo
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