Sou eu o meu cordel, sou puro e torto
por Romério Rômulo
E se o vento que bate no meu rosto
Trouxesse a metade da boiada
Cruel que me amarra no desgosto?
Eu, puro e vão, teria uma manhã
Um corpo, um dado, um jogo de amargura
Que derretesse aquela luz pagã.
Sou eu o meu cordel. Sou puro e torto
A besta, o irmão, o ventre, a agonia
A corda e a visão de um rio morto.
Romério Rômulo
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