Enviado por Vânia
Foi mesmo um ano esquisito.
Teve zika e chikungunha.
Foi o ano do mosquito.
Ano do Eduardo Cunha.
Ainda nem acabou.
Mas é como se já fosse.
Um ano que já bastou.
E o que foi ele trouxe?
Um ano de violência:
de tiro e institucional.
Um ano de truculência
lá no Planalto Central.
Teve petralha e coxinha.
Teve pato na Paulista.
Ato de almofadinha
e delação de lobista.
Ano das Óticas Moro,
dos óculos pra um olho só:
se é do PT, tira o coro,
põe logo no xilindró!
Mas… se é do PSDB?
Crime feito por tucano?
A Lente Moro faz crer:
ilusão do olho humano.
Em São Paulo, teve o Dória.
No Itamaraty, o Serra.
Ano pra entrar pra História
com o Brexit da Inglaterra.
Nos States, teve o Trump.
No Brasil, teve o Crivella e…
…com sua cara de “vamp”,
o marido da Marcela.
Amigos se separaram.
Batalha de opiniões.
Amores se apartaram.
Enganos, desilusões.
David Bowie se foi,
e ainda era janeiro.
Prenúncio do que depois
viria no ano inteiro.
Carência de poesia,
afetos em extinção.
E que tanta porcaria
se viu na televisão.
Um ano de solidão.
Um ano de aprendizado.
A vida na contramão
de tanto sonho sonhado.
Reforma da Previdência.
Perversa contrafação.
Congeladas na sofrência
saúde e educação.
As escolas ocupadas,
e na mídia nem um pio.
Promessas desperdiçadas
nas Olimpíadas do Rio.
O ano do desemprego.
Também do empobrecimento.
Um ano de desapego
e das dores sem unguento.
Um ano todo fodido.
Um ano de desemparo.
O dólar enlouquecido.
O ano do Bolsonaro.
Um ano tão xexelento.
No rádio, “Malandramente”.
Um ano pro esquecimento.
Um ano… primeiramente.
Intolerância, atentados,
o terror da morte em Nice.
Na Síria, os refugiados.
A “guerra santa”, sandice.
O ano do mimimi.
O ano do retrofit.
Até Angelina Jolie
virou ex do Brad Pitt.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Fim de ano e a mesmice de começar tudo outra vez….
“Festa estranha, com gente esquisita, eu não tô legal”. Esse ano poderia ser resumido um pouco nessa frase. E foi muito bem descrito pelo Marcel Vieira. E como eu não quero mais pensar nos terriveis meses que viemos de passar e ainda vem pela frente, que tal um dia de graça? Viva o que de temos de melhor: a musica e nossos musicos!
[video:https://youtu.be/nmwZzNSqt7k%5D