A crônica do vendedor de palavras

Por: Eliana Rezende

Há crônicas que são mesmo fantásticas!

Esta fala das palavras que nomeiam o mundo. Neste mundo onde tudo tem que render um bom negócio, acho que vale à pena esta pechincha!
Considero uma boa forma de pensarmos sobre Informação e Conhecimento. Experimentem…
Leiam comigo!

 
 
 
 

(Por: Fábio Reynol)  

Ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grave falta de palavras. Em um programa de TV, viu uma escritora lamentando que não se liam livros nesta terra, por isso as palavras estavam em falta na praça. O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande, “indigência lexical”. Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma ideia fantástica. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar espaço entre os camelôs.

Entre uma banca de relógios e outra de lingerie instalou a sua: uma mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia: “Histriônico — apenas R$ 0,50!”.

Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta curiosos parasse e perguntasse.
— O que o senhor está vendendo?
— Palavras, meu senhor. A promoção do dia é histriônico a cinqüenta centavos como diz a placa.
— O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de todos.
— O senhor sabe o significado de histriônico?
— Não.
— Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já têm ou coisas de que elas não precisem.
— Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário.
— O senhor tem dicionário em casa?
— Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um.
— O senhor estava indo à biblioteca?
— Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado.
— Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta centavos de real!
— Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la?
— Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá de jogá-la fora e o feijão caruncha.
— O que pretende com isso? Vai ficar rico vendendo palavras?
— O senhor conhece Nélida Piñon?
— Não.
— É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.
— E por que o senhor não vende livros?
— Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado, portanto eu as vendo no varejo.
— E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras, não enchem barriga.
— A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento. Se temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia, trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado. Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela carinha de dona-de-casa ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira. Olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga. Suponho que para cada pessoa que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a roubarão. Então eu provocarei mil pensamentos novos em um ano de trabalho.
— O senhor não acha muita pretensão? Pegar um…
— Jactância.
— Pegar um livro velho…
— Alfarrábio.
— O senhor me interrompe!
— Profaço.
— Está me enrolando, não é?
— Tergiversando.
— Quanta lenga-lenga…
— Ambages.
— Ambages?
— Pode ser também evasivas.
— Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você!
— Pusilânime.
— O senhor é engraçadinho, não?
— Finalmente chegamos: histriônico!
— Adeus.
— Ei! Vai embora sem pagar?
— Tome seus cinqüenta centavos.
— São três reais e cinqüenta.
— Como é?
— Pelas minhas contas, são oito palavras novas que eu acabei de entregar para o senhor. Só histriônico estava na promoção, mas como o senhor se mostrou interessado, faço todas pelo mesmo preço.
— Mas oito palavras seriam quatro reais, certo?
— É que quem leva ambages ganha uma evasiva, entende?
— Tem troco para cinco?

 

O texto é mesmo uma delícia!
Gosto dessa ideia de que as palavras nomeiem o mundo. Isso é fantástico! Ter as palavras significa dar nome a sentimentos, emoções, percepções.

Lembro com carinho quando descobri o mundo das palavras e recordo com encanto o dia em que, através de uma colega, descobri que “beijo” podia ser escrito! Grande descoberta!
As palavras nomeavam e ajudavam a entender o mundo e até sentimentos podiam ser descritos! Não sou capaz de descrever em palavras minha perplexidade e emoção naquele momento.
Acredito que por isso achei tão especial a crônica.

Sugeri que tomássemos o texto também como forma de reflexão sobre o que seja Conhecimento e Informação. O paralelo é interessante e mostra bem o hiato que separa essa duas palavras tão preconizadas, e desconhecidas, pela maioria de seus utilizadores.

Em verdade minhas palavras de hoje não tem nada que ver com histriônico, mas vale à pena estabelecermos suas diferenças. Feito isso, creio que terei conseguido contribuir com algumas palavras para que as carreguem consigo.

Deixo então uma apresentação que gostria que visse no Slide Share. Clique aqui para ver uma diferenciação fundamental.

Entendermos que as palavras podem possuir e ser possuídas por nós como sentido de mundo e como forma de o entendermos e expressarmos é muito rico e interessante. Muitas nos chegam e partem sem nos empoderarmos delas. Mas se entendemos o valor que possuem, e a moeda de troca que representam, ficarão para sempre entre nossos tesouros e como tais poderão inclusive ser compartilhadas.

Sempre espero que teu dia encontre muitas palavras e que você as consiga levar todas sem as abandonar pelo caminho.

 

Desejo que tenham sempre muitas palavras para construir seus mundos.

Leitura recomendada

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Publicado originalmente no blog Pensados a Tinta

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Redação

10 Comentários

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    1. A crônica do vendedor de palavras

      Ol@ MRE…

      Sim, ela de afto é uma delicia… e foi tbm uma desculpa para eu entregar novas palavras a todos. 

      Viu o slide share? Lá deixei uma coisinhas…

      Abs

      Eliana

  1. Relutei, mas vamos lá: um “Agente Cultural” quer que eu vá preso

    Ontem à noite eu recebi um telefonema de uma figura muito estranha dizendo que queria fazer um curta metragem com o conto de minha autoria que se encontra abaixo. Só tem um pequeno detalhe: o “Agente Cultural” teve a promessa de uma fundação administrada por um banco de que o dinheiro seria liberado (R$ 80 mil reais, segundo ele) quando eu colocasse minha a assinatura no contrato, junto com a dele, claro, dizendo que o dinheiro seria utilizado com aquela finalidade (a de fazer o curta)

    E eu disse para ele: olha, cara, eu não quero um tostão desse dinheiro. Agora, quem vai realizar a obra é você. Se você quiser eu assino uma declaração dizendo que liberei o texto para você fazer o curta. Agora, o que você na realidade está querendo é que eu seja seu fiador. 

    E depois de mais de meia hora de papo ao telefone, o cara disse para mim: você está perdendo talvez a única oportunidade de se tornar um cara famoso. Sem um “agente cultural” um contista como você não vai a lugar nenhum.

    E eu gargalhei, ao telefone, com a piada. Segue o conto para quem ainda não leu. E leiam antes que eu vá preso por ter sido o fiador de um estranho AGENTE CULTURAL. O conto se encontra publicado no site Palavras, todas palavras.

    PARTO PREMATURO conto de otaciel de oliveira melo
    por Equipe Palavreiros da Hora em abril 23, 2008 12:57 pm

    Encontrava-me na casa de um amigo, no Recife, preparando-me para retornar na madrugada do dia seguinte para Fortaleza. Na noite da véspera da viagem ligo para uma cooperativa de taxistas e, à mulher que me atende, explico que preciso de um táxi por volta das três e meia da manhã, para me levar ao aeroporto dos Guararapes. Confirmo a corrida ao me acordar naquela madrugada, como ficou acertado, e trinta minutos depois me encontro defronte ao prédio da Rua da Hora, Espinheiro, onde me hospedara.

    Aproxima-se um táxi, um Gol bege, dirigido por uma mulher, que pára e me pergunta:“Senhor Jaciel?”. Meu nome na realidade é OTACIEL, mas como ninguém nunca compreende este nome à primeira vez que o pronuncio, eu respondi “sim”.

    Acomodei-me no banco traseiro com minha bagagem de mão e, a pedido da motorista, tracei o percurso a ser percorrido: “Estrada dos Remédios, Afogados, Avenida da Imbiribeira, Aeroporto”.

    Mal tínhamos alcançado a Estrada dos Remédios quando a motorista virou-se para mim e disse que estava passando muito mal. Foi nesse momento que observei que ela estava com uma barriga enorme, e imediatamente perguntei:

    – A senhora esta grávida?

    – Sim, estou.

    – De quantos meses?

    – De oito, se não me falha a memória.

    Diante daquela declaração inesperada de aparente sofrimento, conjecturei que aquilo poderia ser um assalto programado e que a qualquer momento ela frearia o carro e apareceria um sujeito com uma arma apontada para minha cabeça, exigindo a entrega de todos os meus pertences, e me deixando, na melhor das hipóteses, numa esquina qualquer daquela estrada, sem remédio. Imediatamente ordenei àquela mulher que parasse o táxi, que me entregasse as chaves do carro e que passasse para o banco dianteiro de passageiros. Ela me obedeceu sem comentários, e seguiu-se o diálogo:

    – E por que a senhora, grávida, dirige um táxi numa cidade violenta como Recife, e logo de madrugada?

    – Porque o meu marido teve um AVC, está com o braço esquerdo imobilizado, e a única fonte de renda que temos é esse táxi, que é alugado durante o dia para outro motorista, conhecido nosso, por R$ 50,00 a diária; mas como as despesas de manutenção são por nossa conta (pneus, amortecedores, troca de óleo, etc.), sobra muito pouco e eu tenho que me virar à noite.

    – Mas por que então a senhora não dirige durante o dia, que é mais seguro?

    – Bem, o problema é o calor, já que este carro não tem ar-condicionado, e, além disso, eu NÃO tenho carteira de motorista. Depois das 22 horas é muito mais difícil ser parada por uma blitz.

    – A senhora não tem carteira de motorista?

    – Não, não tenho.

    – E quem lhe ensinou a dirigir?

    – A necessidade de sobrevivência.

    – Eu nunca ouvi falar dessa auto-escola. Onde a senhora mora?

    – Eu me escondo em Prazeres, numa rua que fica aproximadamente a 4 km depois do aeroporto. Não foi à toa que eu peguei esta corrida para um local bem perto da minha casa. Eu já estava me sentindo mal desde uma hora da manhã, mas me agüentei por causa desta corrida.

    – Este é o seu primeiro filho?

    – É. Apesar de já ter 32 anos, este é o meu primeiro filho.

    – Já sabe o sexo da criança?

    – Menino.

    – E o que a senhora está exatamente sentindo, agora?

    – Sinto que vou parir a qualquer momento, e por isso eu peço ao senhor que me deixe ligar do meu celular para o da minha cunhada, para ela colocar numa sacola plástica as coisas que eu preciso pra ficar um ou dois dias na maternidade, que fica próxima da minha residência.

    Ao ouvir tal frase eu fiquei tão nervoso que mal conseguia manter o pé fixo no acelerador do veículo, de maneira a desenvolver uma velocidade aproximadamente constante. Meus pés tremiam mais do que um martelete desses de quebrar asfalto, eu suava mais do que um tirador de espírito (hoje chamado eufemisticamente de exorcista), e, com um misto de pavor e humor, me escapou o seguinte comentário:

    – Minha senhora, pelo amor de Deus, não dê à luz esta criança dentro desta viatura. Eu juro pela hóstia consagrada que eu nunca fiz um parto em toda a minha vida. Olhe, eu não tenho nesta bolsa de viagem sequer um cortador de unhas. Como eu poderei então cortar o cordão umbilical? Com os dentes?

    Rindo, ela entrou em contato com a cunhada, esclarecendo a situação. Continuei a dirigir o táxi até Prazeres, e naquele bairro do município de Jaboatão dos Guararapes, depois de circularmos por um labirinto de ruas e vielas apertadas, chegamos finalmente à casa da taxista: uma residência simples, em construção, com tijolos desnudos e piso de barro batido. Cunhada e marido estavam a postos e era notória a dificuldade de mobilização do braço esquerdo deste último.

    Os dois irmãos entraram no carro e eu continuei dirigindo até a maternidade. Lá chegando, eu perguntei quanto era a corrida. Eles não queriam cobrar nada e só depois de explicar que aquele era o meu primeiro presente para o garoto que nasceria em alguns minutos, resolveram receber os R$ 35,00 registrados no taxímetro. Solicitei à cunhada o número do seu celular e prometi telefonar na tarde daquele mesmo dia, quando chegasse a Fortaleza, para saber das novidades. Peguei um táxi, dos que estavam parados defronte à maternidade, desta vez observando melhor quem o dirigia, e solicitei ao motorista pressa em direção ao aeroporto. Ali cheguei por volta das 4:30 h, mas como carregava apenas uma bagagem de mão, consegui embarcar no vôo programado.

    Na tarde daquele mesmo dia telefono para a cunhada da “minha passageira”:

    – E então: como está a nossa mamãe?

    – Deu tudo certo: o parto foi prematuro, porém mãe e filho estão passando bem. O menino pesa 3 quilos e seiscentos gramas e tem a cara do pai. A propósito, ela quer saber o seu nome para colocar no garoto.

    – Sério?

    – É mesmo.

    – Meu nome é Otaciel.

    – Como?

    – O-ta-ci-el.

    – Vote (ô), é muito feio! Acho que ela não vai colocar esse nome no meu sobrinho, não.

     

  2. Adoro as crônicas escritas
    Adoro as crônicas escritas pela Eliana. Vou sempre compartilhando com os amigos, pois são simplesmente prazerosas. Muita obrigada não somente por informações mas principalmente pelo conhecimento.

    1. A crônica do vendedor de palavras

      Ol@ Auricleide…

      Essa crônica eu não tive o prazer de escrever e sim de divulgar e fazer uma reflexão sobre ela. Mas na medida do possível vou escrevendo minhas coisas…

      Que bom que goste e que seja material para vc trocar entre os membros de sua rede. 

      Sempre será bem vind@ ao blog.

      Abs

      Eliana

  3. Excelente diálogo, talvez o melhor do blog até hoje

    Comunicação se faz por palavras, sem elas é um ambage no entendimento.

    Mas o papo de vendedor ambulante, à la Silvio Santos, também incorpora a estrutura e o tamanho do texto, bem como, se vale do carisma do comunicador.

    Adorei a crônica.

     

    1. A crônica do vendedor de palavras

      Ol@ Alexandre…

      Muito grata de verdade!

      Sim, a counicação e as palavras para a materilizar são fundamentais. 

      A crônica procura mostrar essa importância. Sou facinada pelas palavras, e como sempre digo: pela forma como nomeiam o mundo!

      Abs e que bom te-lo na roda de conversa

      Eliana

      1. Sobre palavras, infelizmente em Inglês

        As you know, Prigogine (1917-2003) divided all structures in the Universe
        into two classes – equilibrium structures (ES) and dissipative structures
        (DS) [1, 2].  ESs do not but DSs do need to dissipate free energy for them
        to exist.  I think the ES-DS theory of Prigogine can be applied to
        linguistics and semiotics generally.

        Thus, we can recognize two classes of “words” —  (i) written words
        belonging to ES, and (ii) spoken words belonging to DS.  Written words
        cannot perform any work since they do not have any energy. They are like a
        hammer, an ES, which cannot move matter until an agent inputs some energy
        into it by, say, lifting and ramming it down on the head of a nail.  But
        spoken words, being sound waves (which are DSs), can perform work because
        they possess energy and hence can move matter, for example, causing the
        ear drum to vibrate.

        So, I would say that

        “Words, as written, cannot, but words as spoken,               (6231-1)
        can, move matter.”

        or more generally

        “Signs as equilibrium structures cannot but                     (6231-2)
        signs as dissipative structures can move matter.”

        A corollary of (6231-2) would be that

        “Since semiosis cannot occur without moving matter,             (6321-3)
        the signs mediating semiosis must be dissipative
        structures.”

        I postulated that all dissipative structures (or ‘dissipatons’, more
        briefly [3]) require both information (gn-) and energy (-ergy), i.e.,
        gnergy, for them to exist.  Discrete units of gnergy are referred to as
        “gnergons”.  Hence, dissipatons are gnergons are more or less synonymous,
        the former emphasizing thermodynamics and the latter both thermodynamics
        and informatics.  Using these neologisms, Statement (6321-3) can be
        re-expressed as

        “Signs mediating semiosis are dissipatons (or gnergons).”      (6321-4)

        Or

        “Peircean signs are gnergons.” [4]                             (6321-5)

        The interesting quotes of Peirce you cite below seem to indicate that

        “Peirce was aware of the essential role                        (6321-6)
        of energy dissipation in semiosis.”

        Hence,

        “Peircean semiotics is consistent with the gnergon theory       (6321-7)
        of self-organization, including semiosis.”

         

        E discutindo o assunto sem concordar:

        This distinction like many is a binary fantasy. A needless distinction. Words written and spoken are the transitional stage between signs and our indexing of them as signs move toward expression and action. They are what we use to limit and make manageable the vague and extensive aspects of signs and enable some consideration of them. All words limit. All words are subject to being understood not as they are intended to be understood but as the hearer or reader perceives them. Between what one says and what one writes there is only a difference of means. It is also the case that when we are hearing or reading words stimulate the creation of signs within us which we name with … more words.  

         

  4. Nada é por acaso !

    Otaciel,

    Beleza de história….pena que o seu nome “não é muito bonito” e aí você perdeu a chance de ter com palavras ( um nome) o significado angelical de ter pré – evidenciado a vinda de uma luz ao mundo. Contudo será sempre lembrado como um Anjo da Guarda.

    E depois, trouxe um presente de Fortaleza para o seu afilhado ou você acha que esta história terminou na porta do hospital ?

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