Acabaram as filas no escoamento da safra pelo porto de Santos

Da Folha

Fim de fila no porto de Santos reduz preço de frete
 
DIMMI AMORA
Alguma organização foi suficiente para que o escoamento da safra agrícola pelo porto de Santos neste ano deixasse de figurar como um problema nacional.
 
Depois de um 2013 tumultuado, quando a chegada de milhares de caminhões sem nenhum controle parou as estradas de São Paulo, em 2014 não foram registrados problemas significativos nas rodovias de acesso ao porto.
 
Dados da SEP (Secretaria Especial de Portos) apontam que, mesmo com um volume maior de carga transportada, o tempo de espera dos caminhões diminuiu.
 
A falta de engarrafamentos e o menor tempo de espera resultaram na redução em 7%, em média, do preço do frete para produtores do Mato Grosso, segundo o Imea (Instituto Matrogrossense de Economia Agropecuária).

 
Dados do instituto apontam que, em março do ano passado, o transporte da soja da cidade de Sorriso (MT), um dos principais municípios produtores do país, a Santos chegou a bater R$ 320 na tabela. Neste ano, o preço ficou em R$ 300. Mas as negociações, em geral, reduzem esse valor ainda mais.
Os dados da Secretaria de Portos apontam que, em 2014, a quantidade de grãos movimentada por Santos alcançou 12,4 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre do ano, um crescimento de quase 1% em relação ao ano anterior.
 
Mas a safra foi mais bem distribuída. O número de caminhões usados caiu cerca de 10% na comparação entre os dois quadrimestres, principalmente devido ao uso de equipamentos de maior capacidade.
 
Mesmo assim, no mês de março -pico das operações- a quantidade de caminhões foi praticamente a mesma nos dois anos. No dia 25 deste ano, o número de caminhões alcançou seu recorde histórico com quase 3.000 veículos.
 
Mesmo nesse dia, não houve registro de problemas, ao contrário do ano passado, quando os engarrafamentos foram rotineiros entre fevereiro e março.
 
A melhor organização fez com que o tempo de espera dos caminhões diminuísse. A redução das chuvas neste ano também contribuiu -a chuva restringe o número de horas em que o porto pode embarcar e desembarcar grãos.
 
Em março de 2013, os caminhões chegavam a perder dez horas no pátio aguardando para descarregar.
 
Neste ano, o tempo médio em março ficou em 6h20min, caindo para 5h50min no mês seguinte.
 
Após os problemas apresentados em 2013, o governo anunciou, em dezembro, medidas para diminuir as filas. A principal solução foi o agendamento obrigatório da chegada dos caminhões ao porto, medida que já vinha sendo implementada há quase uma década em outro porto, o de Paranaguá (PR).
 
Os terminais portuários que recebessem caminhões não agendados foram ameaçados com multas. Uma campanha publicitária informou aos produtores e motoristas sobre o novo sistema. O índice de caminhões agendados chegou alcançar 99% em alguns dias no mês de março, segundo a SEP.
 
Também foram criadas áreas para que os caminhões possam aguardar pelo agendamento, e obras de pequeno porte nos acessos ajudaram a controlar o fluxo de veículos. 

 

Redação

12 Comentários

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    1. Mas que falta de conhecimento.

      Não seja estúpido.

      Ha cerca de 2 meses a ANTT fez a chamada Operação Safra que, entre outras coisas, barrou os caminhões que desciam para Santos sem agendamento.

      A operação mobilizou diversos fiscais em regiões de grande fluxo de carga como o triângulo mineiro.

      Os dados estão disponíveis no sítio da ANTT.

      Criou-se o factóide de que o governo não se move, mas , ações como essa não são mostradas na mídia.

      O governo tomou providencias e elas funcionaram.

      Se vc acha que o fim das filas se deve ao fim da safra somente, compare os meses que elas ocorreram no ano passado e veja se este ano teve alguma notícia igual ás divulgadas no mesmo período de 2013.

      Não morro de amores por este governo, mas gosto menos ainda de injustiças e leviandades como a sua.

        1. Nisso que dá não saber avaliar informações

          Está tão acostumado a ter opiniões prémastigadas que não consegue interpretar nem notícia de jornal (ou será ma fé?)

          Traz uma notícia do primeiro (e único) dia da movimentação, com uma série de desrespeitos, para tentar transformar todo o período neste primeiro dia com as novas medidas. Repetindo: incapaicidade ou ma fé.

          É só ler a própria notícia que trouxe (sobre o PRIMEIRO DIA, apenas),

          “Plano logístico do governo falhou e vários caminhões foram para o porto sem ter agendado o descarregamento” (nota minha: falhou ou houve descumprimento do plano no início? responsabilidade da execuçao: CODESP e P.Rodoviária Estadual …)

          “o problema todo foi decorrente do não agendamento dos caminhões que vieram para os pátios reguladores, instalados em Cubatão. “Não vou dizer que fomos surpreendidos, mas foi um fluxo de veículos acima do normal.”

          “alguns caminhões adiantaram em dois dias a data de agendamento”

          “de agora em diante, além das notificações que já estão sendo feitas, as empresas serão punidas com multas que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil por veículo que descumprir as regras de agendamento “

          “dois terminais (Caramuru e Libra) foram notificados em decorrência de problemas no agendamento, que deram margem aos primeiros congestionamentos.”

          “nada menos que 12 mil caminhões vieram para a região, muitos deles sem nenhum tipo de agendamento,”

          Enfim, critica (sem fundamento) o que funciona e elogia/apoia o que sua corrente política nem faz, além de sugar $$$ e dar prejuízos coletivos).

          Lamentável

    2. Mas que falta de conhecimento.

      Não seja estúpido.

      Ha cerca de 2 meses a ANTT fez a chamada Operação Safra que, entre outras coisas, barrou os caminhões que desciam para Santos sem agendamento.

      A operação mobilizou diversos fiscais em regiões de grande fluxo de carga como o triângulo mineiro.

      Os dados estão disponíveis no sítio da ANTT.

      Criou-se o factóide de que o governo não se move, mas , ações como essa não são mostradas na mídia.

      O governo tomou providencias e elas funcionaram.

      Se vc acha que o fim das filas se deve ao fim da safra somente, compare os meses que elas ocorreram no ano passado e veja se este ano teve alguma notícia igual ás divulgadas no mesmo período de 2013.

      Não morro de amores por este governo, mas gosto menos ainda de injustiças e leviandades como a sua.

    3. Motta Araújo, você é doente,

      Motta Araújo, você é doente, cara. Vá se tratar antes que seja tarde.

      Ser contra um governo é direito de todos, mas não querer enxergar o que ele faz de bom é doenca.

    4. Eu ainda não descobri se ele

      Eu ainda não descobri se ele é um perfeito idiota ou um idiota perfeito. Se não sabe de nada de bom  que se passa no Brasil ou, como a mídia, finge que não sabe e não mostra.

  1. Sem contar que ano passado

    Sem contar que ano passado havia uma guerra contra o projeto do governo que transitava na camara, tentando se barrado pelo grupo do bandido banqueiro

     

  2. O texto não explica qual “governo” tinha “jestan”

    tão vistosa, que precisou descobrir:

    “A principal solução foi o agendamento obrigatório da chegada dos caminhões ao porto, medida que já vinha sendo implementada há quase uma década em outro porto, o de Paranaguá (PR).”

    Dou uma dica: é o mesmo que controla a sabesp…

  3. Quem administra o porto de

    Quem administra o porto de Santos é a Codesp. Agora, quem é responsavel pela formulação de  politicas publicas para os portos no Brasil, é o Governo Federal. No artigo, a Folha da como responsavel o Governo Federal e apresenta dados da SEP. No mais, faltou falar um pouco mais de como estão os portos apos as concessões e os gargalos nos principais portos brasileiros. 

     

  4. e

     

    Enquanto isso:

    http://portogente.com.br/noticias/dia-a-dia/dragagem-que-nao-aprofundou-o-porto-de-santos-ainda-sem-explicacao-81855

    Dragagem que não aprofundou o Porto de Santos ainda sem explicação

    Escrito por 

     

    Em 2013, Portogente perguntava quem começaria a dar as devidas e necessárias explicações sobre a dragagem de aprofundamento que não aprofundou o canal de navegação do Porto de Santos (litoral paulista). A questão continua valendo. Aliás, está aí um bom início de trabalho para o novo presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo e Oliveira, empossado 24 de abril último.

    Portogente, em novembro último, denunciou, em primeira mão, que a dragagem de aprofundamento do maior porto do Brasil e da América Latina, tinha sido uma ilusão passageira. Ao final de três anos, desde que iniciada a obra, em 2010, que deveria deixar o canal de navegação com -15 metros, a profundidade está pior do que antes do serviço: -12,3 metros. Metragem que pode ser ampliada para -13,3 se a maré estiver alta, como justificou o ex-presidente da Codesp, Renato Barco, em janeiro último.

    “Vendida” como uma obra – que custou aos cofres públicos R$ 199,5 milhões – que mudaria a navegação do País, hoje a Secretaria de Portos (SEP) da Presidência da República “patina” num processo licitatório para completar ou deixar menos pior o trabalho. E o Porto ainda não pode receber navios com dimensões e capacidade maiores. Tanto que, em 19 de julho do ano passado, a Capitania dos Portos do Estado de São Paulo baixou a Portaria nº 52, onde determinava restrições às manobras de entrada e saída de navios de certos tamanhos, o que impõe dificuldades às embarcações maiores – neste caso, as de mais de 306 metros de comprimento.

    Portanto, não é de agora que o complexo portuário santista obriga as embarcações maiores zarparem ou atracarem sem a sua capacidade total ocupada. Para quem acompanha o dia a dia portuário nacional, sabe que esta é uma realidade que existia antes da implementação do Plano Nacional de Dragagem (PND) e continua imutável mesmo depois de tantos milhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serem “despejados” no serviço realizado pelo Consórcio Draga Brasil.

  5. Uma coisa não entendo, e

    Uma coisa não entendo, e talvez seja porque as estatisticas escondam o essencial. Qual o tempo medio de embarque ? Provavelmente permanece o mesmo, pois o tempo de espera que antes era nos acostamentos das rodovias, transferiu-se para os pátios pre determinados. As rodovias descongestionaram-se, e isto é ótimo. Porem quais investimentos foram feitos no recebimento da safra, de forma a aumentar a capacidade de vazão da mesma ?

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