A privatização da Vale e a tragédia em Minas, por Saul Leblon

Antonio Cruz / Agência Brasil

Enviado por Webster Franklin

Da Carta Maior

‘Somos todos idiotas?’

Referência de sucesso da privatização tucana, a Vale distribuiu em 2011 US$ 4 bilhões a seus acionistas, mas não instalou buzinas que salvariam pessoas da lama. 

A ilusão de que a barbárie é um processo incremental que se desenvolve em algum ponto remoto do planeta, ou do calendário, ofusca uma rotina de convívio com a sua plena vigência nos dias que correm.
 
A matança em Paris na última sexta-feira, o avanço de um mar de lama assassina no interior brasileiro, são ilustrações de uma transição de ciclo histórico, cuja raiz é sonegada ao discernimento social pela semi-informação emitida do aparelho midiático conservador. 
 
A cada soluço do inaceitável ergue-se, assim, a boa vontade dos que farejam algo estranho arranhando a porta do lado de fora. 
 
Em janeiro, dizíamos ‘Somos todos Charlie’.
 
Em setembro dissemos ‘Somos todos Aylan Kurdi’ ( o menino curdo de três anos, morto em uma praia na Turquia).
 
Em novembro estamos dizendo ‘Somos todos franceses’, pranteando a centena e meia de jovens assassinados em uma única noite em Paris. 
 
Por que estamos sendo jogados periodicamente a nos identificarmos com vítimas de uma tragédia que se abate sem que se possa detê-la, nem explicar de onde se origina e por que se repete em formas diversas com a mesma gravidade?

 
A lista é interminável.
 
Se a mídia desse a ênfase adequada a outros  dramas equivalentes, por certo teríamos dito também  ‘somos todos gregos’, ‘somos todos sírios’,  ‘somos todos africanos’, ’somos todos desempregados europeus’, somos todos despejados espanhóis, somos todos líbios, iraquianos, iranianos, pretos americanos pobres…
 
Se desse hoje o alarme suficiente à lamacenta catástrofe promovida pela Vale, em Minas Gerais, estaríamos dizendo ‘Somos todos rio Doce’….
 
A solidariedade exclamativa é importante ao evidenciar a nossa inquietação.
 
Mas é insuficiente. 
 
Quando o que está em jogo é a incompatibilidade entre a ganância estrutural dos mercados e a dos impérios, de um lado; e a sobrevivência do interesse público, de outro, a boa intenção exclamativa, a exemplo da caridade cristã, não é capaz de afrontar os perigos que acossam as bases da sociedade e o seu futuro.
 
A desordem mundial, movida a incertezas, brutalidades psicopatas, insegurança social permanente e colapsos recorrentes movidos a forças intangiveis, não retrocederá se não for afrontada com anteparos do interesse público dotado de ferramentas à altura do desafio: Estados nacionais democraticamente fortalecidos.
 
A ausência de coordenação global entre economias, a subordinação da democracia a interesses financeiros que se dedicam a esvaziá-la, a incompatibilidade entre a acumulação irracional e a sobrevivência dos recursos que formam as bases da vida na terra, não serão superados com boas intenções de organismos não governamentais.
 
A crise de 2008 foi o sintoma desse corredor estreito da história para onde estão sendo tangidas referências e conquistas acumuladas pelas lutas democráticas e populares desde os primórdios do século 20 e antes dele.
 
Ao contrário do que recitam colunistas agendados pelos departamentos de economia dos bancos, ela não acabou.
 
O cerco em marcha se estreita, como evidenciam os acontecimentos de Paris, ou seus equivalentes na Síria.
 
A emergência do ciclo neoliberal nos anos 70 deu carta branca à ganância rentista, confiante na expertise do dinheiro para alocar recursos com maior eficiência ao menor custo, tendo o globo como tabuleiro cativo.
 
Os alicerces da democracia social  (o pleno emprego, direitos universais, Estado, partidos e sindicatos forte) foram corroídos.
 
Sob explosões de bolhas, bombas, desemprego, náufragos,  governos e nações acuadas por defenderem a destinação social do desenvolvimento, o século 21 assiste agora aos efeitos colaterais dessa troca.
 
Um poder de chantagem ímpar, dotado de mobilidade sem igual na história do capitalismo ungiu o bunker financeiro em carrasco das nações.
 
O preço da mutação é o novo normal sistêmico.
 
A desigualdade cresce, o emprego definha, o endividamento asfixia famílias e Estados, a política se desmoraliza, fundos e acionistas enriquecem em uma sociedade que vegeta, e sobretudo, quando ela empobrece.
 
A barragem acumula rejeitos de todas as raças, cores e religiões.
 
Não há lugar para todos serem a mesma coisa em parte alguma nessa engrenagem seccionada por diques que separam vidas sólidas de massas líquidas  lamacentas.
 
Se o Estado é capturado integralmente pelos mercados, as pontes para a construção de laços de valores compartilhados entre as nações e dentro das nações ficam intransitáveis.
 
Os terroristas que mataram 127 jovens em uma só noite em Paris diziam exatamente isso enquanto disparavam: 
 
‘Vamos fazer com vocês o que vocês fazem na Síria’, em alusão ao intervencionismo aberto do governo Hollande que se estende da Síria ao Iraque, do Iraque a nações africanas.
 
Estamos falando de um governo socialista, ou melhor, de mais um sintoma da doença maligna que faz da política o novo idioma do caos. 
 
A chave religiosa apenas reforça esse hospício ordenado pela razão financeira, que instala uma guerra social aberta de abrangência global, em nosso tempo.
 
Frentes conflagradas espalham-se pelos mapas das nações e dentro de cada uma delas, nas periferias urbanas onde os rejeitos humanos dos embates se acumulam. 
 
Volta e meia ali também as barragens se rompem.
 
A UE tem hoje 8 milhões de imigrantes sem papéis; 120 milhões de pobres e 27 milhões de desempregados.
 
Após seis anos de arrocho neoliberal para curar a trombose de 2008, o desemprego, a desigualdade, o futuro obscuro, o esfarelamento do padrão de vida dos trabalhadores e da classe média –condensado em uma geração de jovens que dificilmente repetirá a faixa de renda dos pais–  turbinou a rejeição ao estrangeiro, criou o medo da  ‘islamização, alimentou a extrema direita e liberou a demência terrorista dos alijados.
 
Não necessariamente nessa ordem, mas com essa octanagem. 
 
A consciência dessa longa travessia é um dado fundamental para renovar a ação política num tempo de supremacia das finanças desreguladas, ungidas à condição de um templo sagrado, dotado de leis próprias, revestido de esférica coerência endógena, avesso ao ruído das ruas, das urnas e das aspirações por cidadania plena.
 
Corta. Feche o foco agora no Brasil dos dias que correm.
 
É nesse cenário de guerra aberta que o conservadorismo e seu jornalismo de propagação ‘acusam’ o governo de não ter jogado o país ao mar em 2008, como tantos ‘estadistas’ do ajuste fizeram.
 
O custo de não tê-lo afogado na hora certa –vertem boquirrotos economistas de bancos– acarretou os custos insustentáveis que ora explodem em desequilíbrios fiscais e orçamentários
 
O ‘voluntarismo lulopopulista’ terá que ser pago a ferro e fogo, lambuza nossos ouvidos a voz pastosa do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, com seu conhecido domínio da macroeconomia.
 
Recomenda-se vivamente beber a cota do dilúvio desdenhada em 2008 de uma talagada só, como Joaquim Levy gostaria, encorajado pelo poleiro de tucanos da Casa das Garças.
 
Só há um jeito de escapar da loucura disfarçada de racionalidade: tirar a economia do altar sagrado da ortodoxia e expô-la ao debate democrático do qual participem todas as forças sociais, unidas em uma frente de propósitos específicos.
 
Novo corte para um close na gosma em movimento no Brasil.
 
Pode-se identifica-la literalmente na massa de lama derramada de uma barragem da mineradora Vale, que já atingiu nove municípios de Minas e do Espírito Santo e avança para matar 880 kms de rios, riachos, ribeirões e fontes.
 
Referência de sucesso da privatização tucana, recordista em distribuir dividendos a seus acionistas, a Vale durante anos só deixou 1% do lucro obtido na mineração de Mariana/MG ao município.
 
Em compensação, despejou agora 60 bilhões de litros de lama tóxica no seu entorno, uma lava que  viaja  pelo Rio Doce para compartilhar com o Espírito Santo a maior catástrofe ambiental da história brasileira.
 
A devastação está apenas no começo.
 
A convalescença pode demorar séculos.
 
Esse é o tempo –advertem geólogos– para que a lama cuspida pela incúria gananciosa se transforme em solo fértil outra vez.
 
A Vale não vai cuidar do interesse público nessa longa mutação. 
 
O governo Dilma já deveria ter montado um gabinete de crise para enfrenta-la e coagi-la a assumir custos, no limite com intervenção na empresa para saber a extensão das ameaças que esconde.
 
No vácuo, o prefeito Neto Barros (PCdoB-ES), de B.Guandu (ES), fez o que cabe diante das dimensões de um roteiro que começa com o colapso do abastecimento de água, avança para doenças, inclusive câncer, encerra a destruição de cadeias alimentares, representa a falência de agricultores e de cidades, e desemboca em desemprego, revolta e migrações para periferias conflagradas.
 
Neto Barros fechou a ferrovia da Vale com a patrulha de máquinas da prefeitura até que a presidência da empresa aceite negociar.
 
Pergunta: isso é terrorismo? É atentado? 
 
Não. 
 
Mutatis mutante isso é a reação desesperada à supremacia dos interesses de mercado sobre a segurança da sociedade, o bem-estar das populações, a preservação das fontes da vida e o direito ao futuro sonegados por um bombardeio de lama.
 
Numa entrevista famosa em 2009, ao portal da revista Veja, FHC justificou a venda da Vale do Rio Doce – que tinha em Serra o defensor mais entusiasmado, entregou o ex-presidente– entre outras razões, ao fato de a 2ª maior empresa de minério do mundo ter se reduzido – na sua douta avaliação – a um cabide empregos estatal, ‘que não pagava imposto, nem investia’. 
 
Filho dileto do ciclo tucano das grandes alienações públicas, Roger Agnelli -presidente da Vale do Rio Doce de 2001 a 2011 — foi durante anos reportado ao país como a personificação da eficiência privada reconhecida nessa transação.
 
Com ele, graças a ele, e em decorrência da privatização-símbolo que ele encarnou, a Vale tornou-se uma campeã na distribuição de lucros a acionistas. 
 
Vedete das Bolsas, com faturamento turbinado pela demanda chinesa por minério bruto, que o Brasil depois reimportava, na forma de trilhos, por exemplo, –a única laminação para esse fim foi desativada pelo governo FHC– a Vale tornou-se o paradigma de desempenho corporativo aos olhos dos mercados. 
 
Um banho de loja assegurado pelo colunismo econômico, ocultava a face de um negócio rudimentar, um raspa-tacho do patrimônio mineral alçado à condição de referência exemplar da narrativa privatista. 
 
Agora se vê o mar de lama acumulado por debaixo do veludo.
 
A ‘eficiência à la Agnelli’ lambuzou o noticiário pró-mercadista durante uma década de fastígio. 
 
Da cobertura econômica à eleitoral, era o argumento vivo a exorcizar ameaças à hegemonia dos ‘livres mercados’ pelo lulopopulismo. 
 
Projetos soberanos de desenvolvimento, como o da área de petróleo, eram fuzilados com a munição generosa da menina dos olhos do neoliberalismo: a Vale de balancetes nas nuvens.
 
A política agressiva de distribuição de lucros aos acionistas –na verdade um rentismo ostensivo, apoiado na lixiviação de recursos existentes, sem agregar capacidade produtiva ao sistema econômico– punha na Petrobrás o cabresto do mau exemplo. 
 
Era a resiliência estatista nacionalisteira, evidenciada em planos de investimento encharcados de preocupação industrializante e ‘onerosas’ regras de conteúdo local. 
 
A teia de acionistas da Vale, formada por carteiras gordas de endinheirados, bancos e fundos, com notável capilaridade midiática, nunca sonegou gratidão .
 
Enquanto o mundo mastigava avidamente o minério de teor de ferro mais elevado do planeta, a Vale era incensada a cada balanço, seguido de robustas rodadas de distribuição de lucros e champanhe. 
 
No primeiro soluço da crise mundial, em 2008, a empresa administrada pela lógica pró-cíclica dos rentistas reagiu como tal e inverteu o bote: foi a primeira grande empresa a cortar 1.300 trabalhadores em dezembro daquele ano, exatamente quando o governo Lula tomava medidas contracíclicas na frente do crédito, do consumo e do investimento. 
 
A Petrobrás não demitiu; reafirmou seus investimentos no pré-sal, da ordem de US$ 200 bilhões até 2014. 
 
Se a dirigisse um herói dos acionistas, teria rifado o pré-sal na mesma roleta da Vale: predação imediatista, fastígio dos acionistas e prejuízos para o país. 
 
Em seu último ano na empresa, Agnelli  –apoiador confesso da candidatura derrotada de Serra contra Dilma, em 2010–  distribuiu US$ 4 bi aos acionistas. 
 
Saiu carregado nos ombros da república dos dividendos.
 
Indiferente aos apelos de Lula, manteve-se até o fim fiel à lógica que o ungiu: recusou-se a investir US$ 1,5 bi numa laminadora de trilhos que agregasse valor a um naco das quase 300 milhões de toneladas de minério bruto exportadas anualmente pela empresa. 
 
Com a derrota de Serra, o conselho da Vale destituiu o camafeu ostensivo da coalizão tucanorentista, em abril de 2011. 
 
Agora se sabe que o centurião de alardeada proficiência administrativa, além de recolher apenas 2% de royalties ao país, nunca conseguiu reunir recursos para instalar uma simples buzina, que poderia ter salvo vidas levadas pelo mar de lama que legou ao país, enquanto brindava os acionistas com bilhões.
 
Estamos diante de um exemplo em ponto pequeno da desordem global, que à falta de melhor conceito, pode ser batizada de barbárie de mercado.
 
É rudimentar conceito. Porém é mais encorajador do que dizer apenas e tristemente ‘somos todos idiotas’.
Redação

19 Comentários

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  1. Em 2011 4 bilhões de dólares de dividendos aos acionistas

    E o Sr. Fernando Cardoso vendeu o controle da Vale do Rio Doce por 3 bilhões.

    Um crime que nosso MP, nosso sistema judicial, nossa PF, nosso MJ nào teve interesse em apurar e seputtado com a

    participação ativa de nossa mídia mercantil e tucana.

    Existe um processo dormindo nas gavetas do nababesco sistema judicial a espera de ser devorado pelos ratos.

  2. Perfeito. É um alerta ou se

    Perfeito. É um alerta ou se vai fundo nas causas ou a tendencia é a violencia desmedida das vitimas do capitalismo selvagem partirem para ações mais ainda desesperadas. Guy Fawke, o terrorista da mascara,   o homem que tentou explodir o Parlamento inglês no momento em que o Rei Jaime I abriria, formalmente, os trabalhos, em 5 de novembro de 1605, porque o Rei continuou a politica de Elizabeth I de perseguir cruelmente os católicos, quando levado à presença de Jaime,   perguntado do  porquê o objetivo era matar tanta gente – a família real, todos os parlamentares etc respondeu:

    “Tempos desesperadores exigem medidas desesperadas”.

    Acuados é como sempre respondem as vitimas desde que o mundo é mundo, com violencia, com terrorismo.

    O rei insistiu perguntou: para que tanta pólvora? “Era a maneira mais rápida de mandar todos os escoceses de volta à Escócia”, disse Fawkes.

    Equanto não se enfrentar as causas – extração de petróleo e minerio a todo e qualquer custo – ou seja, o capitalismo selvagem que destroi e mata  não haverá solução. E nãoa dianta Russia, USA, Europa em peso despejar toneladas de bombas na Siria, Libia, Iraque e Afeganistão matando terroristas e pior inocentes, velhos, mulheres e crianças. Sempre sobrará um Guy Fawke sedento de vingança para explodir um parlamento e atirar a esmo em que simplesmente se diverte nas ruas das grande capitais do ocidente.

  3. Mas que texto mais desonesto.

    Mas que texto mais desonesto. Estava demorando para uma bobagem destas aparecer. Até parece que nunca houve nenhum acidente ambiental na Petrobrás. Além disso, o governo ainda é acionista da Vale e recebe gordos dividendos. Sem falar na declaração do prefeito de Mariana afirmando se a Samarco, e não Vale, fechar as operações, a cidade acaba.

    Todas as tentativas espúrias e absurda de desenvolvimentismo levaram a hiperinflação e a miséria dos mais fracos, dos pobres, nos anos 90 e agora na nova matriz econômica.

    Ainda assim, diante de evidências, o colunista convertido insiste no erro.

     

     

  4. Imagine
    Imagine o noticiário e capas da revista Veja por algumas semanas (cada vez mais indistinguíveis) se:
    1- a tragédia tivesse ocorrido em uma empresa estatizada no passado
    2- a tragédia fosse de responsabilidade da Petrobrás

    1. Isso é uma ilação, jamais

      Isso é uma ilação, jamais provada, pelo contrário, vendeu muito bem a empresa, basta ver a cotação das ações após a venda. O que está provado é o roubo da Petrobrás pelo PT, PP e PMDB. Resultado: venda do patrimônio, como a BR Distribuidora, em um momento que as ações estão valendo menos de R$ 10,00. Quem está vendendo a preço de banana a que foi, antes do roubo petista, a maior empresa do mundo, e hoje é menor que o UBER.

      Tivesse privatizado a petrobrás, isto não estaria acontecendo, e o governo teria muito mais dinheiro em caixa, graças aos dividendos, que aliás, ainda recebe da Vale.

      Mas petista não quer pensar, não quer ousar ver o outro lado. O PT não é um partido político, é uma religião. Não é a toa que apoiam terroristas fundamentalistas e ditadores.

      Quero só ver como se posicionarão quando Maduro der o golpe na Venezuela…

       

       

        1. Vamos deixar um petista

          Vamos deixar um petista responder sua pergunta:

          “O Brasil teve prejuízo com a privatização da Vale?
          O petista responde em nome do seu partido:
          “Após a  privatização, e em conseqüência do substancial aumento dos preços do minério de ferro, a Vale fez seu lucro anual subir de cerca de 500 milhões de dólares em 1996 para aproximadamente 12 bilhões de dólares em 2006. (…)De fato, em 2005, a empresa pagou 2 bilhões de reais de impostos no Brasil,cerca de 800 milhões de dólares ao câmbio da época, valor superior em dólares ao próprio lucro da empresa antes da privatização.””

          http://jorgeroriz.com.br/a-verdade-sobre-a-privatizacao-da-vale-contada-pelo-pt/

           

           

  5. Muitas voltas para conclusão errada

    A Samarco foi criada ainda quando a VALE era estatal, como uma estratégia bem sucedida, diga-se de passagem (antes do acidente). Eu trabalhei na VALE, quando ainda estatal e, confesso, não concordei e não concordo com a sua privatização nem com a forma em que ela aconteceu. Mas, assim e tudo, o fato de ser estatal ou privada, em nada influenciam a autonomia operacional da Samarco e, principalmente, não haveria nenhum fato diferente que pudesse prever, mitigar ou evitar o desastre, mas apenas na responsabilidade e, neste ponto, convenhamos, teria sido trágico que a viúva (o Estado), depois de prejudicado ambientalmente, tivesse ainda que pagar a conta.

  6. E ai?

    Vai ter CPI da VALE? E Operação Lama Rio Doce Abaixo da PF?

    http://www.vagalume.com.br/paralamas-do-sucesso/a-novidade.html

     

    PARALAMAS do Sucesso!

    Os Paralamas do Sucesso

     
     

    A Novidade

     

    Compositor: Gilberto Gil / Bi Ribeiro / Herbert Vianna / João Barone

     

    Selvagem?
    A novidade veio dar a praia
    Na qualidade rara de sereia
    Metade o busto de uma deusa maia
    Metade um grande rabo de baleia
    A novidade era o máximo
    Um paradoxo estendido na areia
    Alguns a desejar seus beijos de deusa
    Outros a desejar seu rabo pra ceia
    O mundo tão desigual
    Tudo é tão desigual
    O, o, o, o…
    De um lado esse carnaval
    De outro a fome total
    O, o, o, o…
    E a novidade que seria um sonho
    O milagre risonho da sereia
    Virava um pesadelo tão medonho
    Ali naquela praia, ali na areia
    A novidade era a guerra
    Entre o feliz poeta e o esfomeado
    Estraçalhando uma sereia bonita
    Despedaçando o sonho pra cada lado
    Ô Mundo tão desigual…
    A Novidade era o máximo…
    Ô Mundo tão desigual…

     

  7. E a festa não foi só na Vale não…..Tem também a Sabesp…..

    Somado a  esta nota….”……Referência de sucesso da privatização tucana, a Vale distribuiu em 2011 US$ 4 bilhões a seus acionistas, mas não instalou buzinas que salvariam pessoas da lama…….”

    Tem esta aqui de outra pérola tungana:  a Sabesp !!

     É uma das 20 empresas mais rentáveis do país. Desse montante, distribuiu 3,4 bilhões de reais a seus acionistas — o governo estadual é dono de 50,3% das ações e, portanto, o maior beneficiado pela generosidade. Distribuir dividendos é algo esperado, até porque a lei obriga um pagamento mínimo de 25% do lucro.

    Mas a Sabesp foi muito mais mão aberta do que precisava. Os dividendos distribuídos superaram 48% o mínimo legal. Nenhuma das grandes companhias de saneamento com papéis negociados na bolsa de Nova York deu retorno tão bom em dividendos quanto a Sabesp.

     

  8. Fiscalização
    Na minha singela opinião, não importa se é uma estatal ou empresa privada. Se ela não for fiscalizada pelas agências reguladoras ou qualquer que seja o departamento responsável por faze-lo, mais cedo ou mais tarde acaba em desgraça. Vamos citar Sabesp e a falta de água, incêndio em Santa Maria, Barragens em Minas, plataforma afundada da Petrobrás, acidentes com avião em Congonhas, qualidade nos serviços de comunicação. Tudo tem uma agência que deveria fiscalizar e cobrar com o rigor da lei, doa a quem doer, não importando se é privado, publico, PSDB, PT, PMDB, etc. Mas isso acontece no Brasil? Não, claro que não. Somos imediatistas, corremos atrás do rabo quando da a merda. Prevenção e fiscalização? Precisamos aprender mais sobre isso.

  9. Hmmm… Que
    Hmmm… Que interessante.
    Pelos tantos comentários defendendo o indefensável, tergiversando e abusando de desonestidade intelectual, percebe-se que a Vale investiu bastante em mobilização virtual.
    Tem o até famoso “trabalhei lá” parceiro do “tenho um conhecido que trabalha na empresa ‘x’ e…”

    Vcs são hilários. Quase tanto quanto a militância virtual do Moro nesse blog na seção de comentários… Quá, quá, quá…

  10. Para as pessoas honestas que acessam este site (não para MAVs)

    “A partir de 2009, o grupo que reúne fundos de pensão de empresas estatais controlados pelo PT (Previ, Petros e Funcef) se utilizou da Litel, holding criada por eles mesmos, para assumir o controle da Valepar e por meio dela obter 49% das ações da Vale, o que somados aos 11,5% que já estavam nas mãos do BNDESPAR, braço de investimentos do BNDES, deu ao PT o controle sobre mais de 60% das ações da empresa.

    Começou, então, a pressão de Lula sobre Agnelli para que a Vale fizesse mais investimentos no Brasil, principalmente na aquisição de siderúrgicas e na encomenda de navios, mesmo que os similares estrangeiros custassem a metade do preço.

    Lula também tentou fazer um certo Eike Batista chegar à presidência da Vale. Não conseguindo, tentou substituir Agnelli por Sergio Rosa. Também não conseguiu.

    A despeito das pressões, Agnelli continuou seus projetos na Vale, incluindo a encomenda de navios na China e na Coreia do Sul, o que enfureceu Lula. Em 2011, logo após a Vale registrar um lucro trimestral quase 300% acima do trimestre anterior, Agnelli foi demitido.  Seu sucessor e atual presidente, Murillo Ferreira, foi indicado por Lula – e até dois meses atrás, Ferreira também ocupava uma cadeira no conselho de administração da Petrobrás. Desde então, os rumos da Vale são ditados pelos interesses PT.”

     

    http://www.institutoliberal.org.br/blog/rompimento-das-barragens-por-que-ninguem-sera-punido/

  11. O ENGODO DA PRIVATIZAÇÃO

    Empresas estatais que foram privatizadas já deram provas sobejas que não investem em manutenção, tampouco em prevenção de acidentes e catástrofes, peloc contrário, mostram-se soberanas e quandose trata de concessionárias de serviços, como ocorre com as fornecedoras de eletricidade o que se vê são idiotas invadindo residências e impondo os exageros dos imperialistas. Estes estão dissimulados como empresários sob a égide de que se preocupam com a sociedade e com o emprego. Aos desavisados e desconhecedores só resta aplaudirem as privatizações sem sequer se darem conta de que esta é um mal à população, uma ferramenta de capitalização aos extrangeiros e uma fonte de renda aos políticos.Eis, a prova de que privatização não resolve questões de más gestões. Ademais, prlo Estadoas peivatizar é demonstração de incompetência. Privatiza-se sob o amparo de que a empresa não está dando lucros. Esta é a primeira mentira, pois, só empresas rentáveis são privatizadas. Depois. vem o argumento de que não são bem administradas pelo Estado, esta é a prova de incapacidade de uma gestor público, pois, se não está funcionando, basta colocar que façafuncionar. Por fim, somente a que irá auferir lucros interessa desfazer-se de patrimônios públicos.

  12. O ENGODO DA PRIVATIZAÇÃO

    Empresas estatais que foram privatizadas já deram provas sobejas que não investem em manutenção, tampouco em prevenção de acidentes e catástrofes, pelo contrário, mostram-se soberanas e quando se trata de concessionárias de serviços, como ocorre com as fornecedoras de eletricidade o que se vê são idiotas invadindo residências e impondo os exageros dos imperialistas. Estes estão dissimulados como empresários sob a égide de que se preocupam com a sociedade e com o emprego. Aos desavisados e desconhecedores só resta aplaudirem as privatizações sem sequer se darem conta de que esta é um mal à população, uma ferramenta de capitalização aos estrangeiros e uma fonte de renda aos políticos.Eis, a prova de que privatização não resolve questões de más gestões. Ademais, privatizar é demonstração de incompetência. Privatiza-se sob o amparo de que a empresa não está dando lucros. Esta é a primeira mentira, pois, só estatais rentáveis são privatizadas. Depois. vem o argumento de que não são bem administradas pelo Estado, esta é a prova de incapacidade de uma gestor público, pois, se não está funcionando, nomeie quem faça funcionar. Por fim, somente aos que irão auferir lucros interessa entregar de mãos beijadas os patrimônios públicos.

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